Muito bem.
Eu já havia comprado envelopes, selos e folhas de papel de carta colorido. Verde com vermelho.
Achei que a caneta de tinta verde iria combinar bem, pois escrever em vermelho é exclusividade do Papai Noel.
Perto da livraria, uma agência dos Correios, memorizei, iria precisar.
Mensagem pronta, palavras de carinho e a caligrafia ensaiada, diria desde o Primeiro Grau.
Do lado da agenda de endereços, uma velha revista veio a calhar, onde achei assim de primeira um desenho de árvore de Natal, bem facinho de copiar.
Ainda não havia decidido se o colocaria no final da mensagem ou no canto superior direito, quando lembrei que alguns endereços ainda estavam no computador.
No computador? Uhm. Por que não converter tudo em e-mail? Acho que dá no mesmo, pois não saberei mesmo se receberão ou não minha mensagem natalina. Nunca respondem, não é mesmo?
No tempo do cartão, a gente enviava um e recebia outro de troco. Lembra? Mandava um simples frente-e-verso e, saia justa, recebia um desdobrável, dourado, com presépio completo, musiquinha de Natal e tal. No caso, tentava compensar mandando um complementar de Ano Novo, mais bonito. Competição. Agora, o cartão que vale mais é o de crédito = presentes.
Sob o pinheirinho, natural, os cartões. Confesso que acrescentava alguns de outros anos, mas de tão bonitos ajudavam a compor a base. Uma vez uma vela caiu e... perda total.
Tela à vista, sem vencer a tentação, procurei um fundo para o e-mail. Agora a coisa ficou mais prática, sim, com motivos apropriados à data prontinhos para usar. Dei um olhar de despedida para a selarada e papelada. Quanto à grafia, letras corridas existem, comparadas com o meus rabiscos verdes, muito mais bonitas e ... verdes também.
Mas como é mesmo? O que faço para mandar e-mails em série? Todos ao mesmo tempo com o risco de esparramar spam? Ou num moroso esforço de um por um?
Mensagem massiva é crime? Viu nas eleições? Vou pra cadeia?
A decisão foi interrompida pelo ping do Whatsapp anunciando a primeira mensagem de Boas Festas. Era de um "amigo“ oferecendo descontos de até 30%. Nossa, como o mundo evoluiu...
Vou evoluir junto. Simplificar. Entrar na onda de marcar, copiar, colar, pedir perdão pela pirataria, apor meu nome (Rogerio Bonilha), marcar com xis os amigos e…vamos lá!
Feliz Natal para todos!!!
Pra você também!

Não consegue ler? Vai no BoniBlog.


Para conquistar a atenção do eleitor, mexer com sua emoção e obter sua conversão, batalhas de horror foram travadas nas infovias, neste ano decisivo para a democracia do País. Fake news e pesquisas duvidosas espalharam-se livres e soltas, tendo por alvo a dignidade, o bom senso e a verdade.

Ativistas de poltrona, sem princípios, fizeram da desinformação e da distorção sua principal arma, forçando vitórias a qualquer preço, até mesmo disparando fogo amigo e produzindo grandes danos na percepção dos eleitores.

Eleição vazia de ideias e convicções, preenchida apenas pelas palavras de ordem do sectarismo e pelos percentuais de presumidos vencedores, assim foi conduzida, atendendo à cobiça de grupos organizados, influenciados e marionetados pelas velhas e matreiras raposas políticas.

Mais do que antes, coincidindo com o aumento do numero de internautas e com o aperfeiçoamento e disseminação da mídia social, ganharam espaço as fake news e as pesquisas suspeitas, integrando a prática da propaganda eleitoral desavergonhada. Ocultando-se dados reais, colocou-se em fuga pontos que interessariam pautar e discutir numa campanha eleitoral séria.

É o bullying ganhando um novo campo, o da luta pelo poder, impulsionado de mão em mão, transitando entre telinhas iluminadas de dispositivos eletrônicos energizados pelo mal das mensagens maliciosas.

Oxigenação 

Pelo menos no campo das pesquisas de opinião, o caos eleitoral ganha agora um dispositivo de correção e represamento. Trata-se de um projeto de lei que institui o reordenamento dessa ferramenta, cujo abuso vem desvirtuando sua real finalidade: informar e dar voz aos cidadãos, sem subterfúgios ou ardis, resgatando a credibilidade de um instrumento que tem servido para fins controversos.

O propósito dessa iniciativa que começa a tramitar na Câmara dos Deputados é garantir plena liberdade da atividade, ao mesmo tempo em que busca a implementação de medidas saneadoras dos  estratagemas usados para ocultar e distorcer a produção e a divulgação de informações reais e confiáveis.

Percebendo a oportunidade do momento, seus criadores, os deputados federais João Arruda e Aliel Machado, apostam corajosamente nesse projeto inovador que garante a liberdade de pesquisa do comportamento dos eleitores assegurando, ao mesmo tempo, a qualidade da informação destinada a eles por meio de um rigoroso controle técnico.

Saiba mais: https://tinyurl.com/ycq6k4o5

Fake news & fake surveys. Projeto propõe minimizar impacto na próxima eleição.


Os deputados João Arruda (MDB) e Aliel Machado (PSB) apresentaram em 20 de dezembro de 2018, projeto de lei que disciplina a realização das pesquisas eleitorais no país. A proposta reúne instruções e resoluções anteriores do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e regulamenta desde o registro de instituto responsável pelo levantamento, registro de pesquisa, divulgação, acesso aos dados, impugnação e penalidades.

Segundo João Arruda, agora ocupando a presidência do seu partido no Paraná, a pesquisa eleitoral se transformou em dispositivo importante em campanhas eleitorais e na divulgação dos nomes de candidatos de pré-candidatos e de partidos políticos. "A proposta de transformar a resolução 23549/2017 em projeto de lei, é fruto de um debate intenso sobre a importância das pesquisas e da proteção, tanto dos pesquisadores, dos institutos, quanto do consumidor", disse.

"Hoje, diversas pesquisas são censuradas quase que diariamente em campanhas eleitorais. Como isso acontece com muita frequência, entendemos que é muito importante nesse momento disciplinar a realização delas", disse o deputado João Arruda.

Na justificativa do projeto, os deputados defendem "a proliferação das pesquisas eleitorais" e a quebra do oligopólio de "meia dúzia de institutos que dominam" o mercado. Como também "a disseminação das auditorias e a ampliação da regulamentação para maior precisão e confiabilidade".

Sem censura

O projeto, segundo os autores, inova no sentido de ampliar o conceito de pesquisa eleitoral abrangendo também a modalidade qualitativa. Os deputados ainda argumentam que há uma série de projetos já apresentados ou em trâmite no parlamento, mas que carecem "de justificativas técnicas, algumas no limiar da ingenuidade, outras agridem a liberdade de informação".

"Este projeto opta pelo caminho do aperfeiçoamento das pesquisas eleitorais, valoriza a introdução de mecanismos padronizados de controle de qualidade, forma que vem sendo cada vez mais apreciada em países onde a pesquisa é considerada fonte de informação indispensável, proveniente do eleitorado e a ele destinada", afirmam João Arruda e Aliel Machado na justificativa.

Os deputados consideram reprováveis as tentativas de controle ou domesticação da informação proveniente da sociedade e voltada a ela. "É muito simplista o pensamento de que a exclusão da pesquisa do horário eleitoral gratuito protege o eleitor, sabendo-se que, no mesmo período, no rodapé dos noticiários da televisão, percentuais são exibidos durante o dia todo, ao lado das manchetes e matérias. Elementar ainda a conclusão, desprovida de fundamento, de que os eleitores são impactados apenas pelas posições de liderança dos candidatos reveladas pelas pesquisas".

Em tramitação na Câmara dos Deputados um projeto inovador que moraliza e aperfeiçoa a pesquisa eleitoral no País.


Não acredita? Veja as primeiras pesquisas tendo por alvo 2020. Cedo? Somente para você. As pesquisas ajudam a consolidar, junto à opinião pública, os nomes sobre os quais você fará a escolha final na próxima eleição.

Dentre os aspectos políticos, legais e éticos desse fato, destaca-se a questão de quem faz as pesquisas.  É lamentável que empresas sem origem acadêmica ou sem dominar competência técnica, estejam encabeçando muitas dessas pesquisas prévias. Atuam no período pré-eleitoral e no eleitoral sem nenhum compromisso com a qualidade e precisão, apenas como forma de comércio.

A inevitabilidade dessa situação, eleição após eleição, impõe a exigência de um maior controle da lisura e da qualidade metodológica por parte da justiça e das entidades de classe. Não menos importante, como fator de exposição das virtudes e defeitos das pesquisas eleitorais, caberia uma discussão mais aprofundada, levantada pela mídia, com a participação de especialistas, abrindo os olhos dos seus (e)leitores para a abrangência e a representatividade dos resultados publicados.

Somente com fiscalização, auditorias e debates é que possíveis descuidos, imperícias e falsidades venham à luz e sejam evitados.

A corrida de nomes para 2020 começou em 2018.