A inteligência (rara), por trás da tomada de decisões que impactam a economia e a sociedade, a exemplo da Copa do Mundo e suas consequências, será tema das campanhas eleitorais de 2014. A imposição e o acolhimento de padrões, por parte de agentes externos ou internos, expõe a fragilidade das lideranças e das instituições nacionais. FMI e FIFA são capítulos da mesma fábula, onde o cidadão, seu principal personagem, vive momentos de fantasia, frustração e fúria




Startup Grind, impulsionado pelo Google for Entrepreneurs, é a maior mobilização do gênero no mundo. É uma comunidade envolvendo 75.000 empresários iniciantes, de 100 cidades de 42 países. Estivemos na abertura e constatamos que a participação é fácil e motivadora.

O depoimento da Gradys Maioto, criadora e CEO da JáEntendi, plataforma para estimular cérebros de alunos e capacitar profissionais, empolgou a plateia.

Startup Grind é mais uma porta aberta para quem quer se realizar como empresário. Conta com apoio do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade - IBQP.

Sandro Nelson Vieira, Presdente do IBQP; Rodrigo Alvarenga, Chapter Director 
do Startup Grind e Rogerio Bonilha.


Os teóricos dos movimentos sociais, em sua maioria sociólogos, psicólogos sociais e cientistas políticos, estão tendo um trabalho a mais. Integrar, para efeito de suas sínteses, os protestos sociais à política institucional, criando modelos de compreensão da vida social cada vez melhores. Até recentemente, esses protestos eram vistos como uma forma divergente de se fazer política ou como uma intromissão nos modelos políticos tradicionais. Gradativamente, de intrusos passaram a ser considerados fatores relevantes na transição de regimes autoritários para democráticos. Na década de 70, ainda inspirados nos eventos que marcaram o mundo nos anos 60, um sólido corpo teórico sobre esses fenômenos passa a se consolidar. E, assim, a cada década, seu papel e sua conceituação vêm mudando.

Agora, o que tem estimulado um reestudo da matéria é a tendência de muitos movimentos acabarem sendo incorporados nos arranjos institucionais da política e da sociedade, sem criar um impacto desestruturador em ambas. Não trazem transformações radicais nas estruturas políticas, nem nas instituições da sociedade. Um exemplo: em alguns países, percebe-se a redução das repressões violentas contra greves, marchas e outras manifestações. Encontram-se alternativas, como a criação de canais de negociação antes-durante-e-depois. Os movimentos sociais se tornaram mais frequentes e menos disruptivos. E seus resultados, bem ou mal, vão se acomodando, encontrando lugar e sendo absorvidos.

Atualmente, há uma diversidade crescente como os sem terra, sem teto, sem maconha, sem automóveis, contra violência, com bicicleta e com armas, dentre outros; há feministas, homossexualistas, religiosos, étnicos e éticos. A nova eclosão, recente, tem na mira Copa das Copas: contra ou a favor.

Sobre este tema, fica a sugestão. Em tempo de chutes em bolas x chutes em portas, competição x quebradeiras, que os estudiosos tomem os protestos como unidade de análise. Este movimento contém processos e características específicas, embora se inter-relacione e se respalde em bases passionais, culturais e políticas mais amplas e complexas. Da nossa parte, estamos prontos para ajudar com as pesquisas. Então, vamos lá acadêmicos: driblar, apontar e... chutar no gol, marcando pontos com uma bela tese, no campo teórico.



José Mujica, Presidente do Uruguai, transmite compaixão, autenticidade, visão global e humanismo. Sua política e suas estratégias conquistam índices sócio-econômicos há muito não vistos naquele país. Posição do país na América Latina: invejável. 

Gradativamente, Mujica vai  tomando conta, no plano internacional, do espaço que era ocupado por Lula. O vídeo da sua entrevista-depoimento no Banco Mundial, em Washington, é uma aula que não deve ser cabulada pelos políticos brasileiros. Nem pelos publicitários e homens de marketing político. 

O irradiante carisma é verdadeiro? Confira. Se tiver pouco tempo para assistir, veja pelo menos o grande final, em que Mujica brilha e emociona ao falar de esperança e superação, num espanhol um tanto arrastado e sem se preocupar com a camisa que deixa a barriga à mostra. Link: http://tinyurl.com/nfl62wv


A BandNews também entrevistou, há algum tempo, o presidente uruguaio. A equipe da TV foi recebida na chácara onde ele vive, em uma casa antiga de Montevidéu; cenário simples, composto por um banco velho e um festeiro cachorro sem uma perna. Ricardo Boechat, empertigado, impecável terno e gravata, destoava de tudo, sentado com a equipe no banco. A sua frente, o presidente, (mal) acomodado numa velha cadeira comum, vestido (muito) à vontade, discorreu sobre comercio na região, relações com o Brasil,  bancos e juros, criminalidade, drogas, aborto, trabalhadores e refugiados políticos. Revelou de forma clara e fluente as soluções que vem encaminhando, com (diz ele) bons resultados. O vídeo, com legendas, está aqui: http://tinyurl.com/kpw67au



João José Werzbitzki reuniu muitos amigos, na noite de terça-feira, na Saraiva do Crystal, para lançamento de seu livro Publicitar. O conteúdo resume preciosas lições sobre publicidade, com alto sentido didático. Deve ter vendido 100 exemplares na noite, o que é um bom número, levando em conta nosso mercado.
Uma das presenças mais festejadas foi a do indiano-moçambicano Said Rahman Mahomed, radicado no Rio, e diretor fundador da Qualitymark, editora do Publicitar. Ele era escoltado pelo sociólogo Rogério Bonilha, um dos profissionais de pesquisas de opinião com comprovada eficiência em avaliar a alma do curitibano. Bonilha ficou conhecido especialmente pelos acertos continuados em pesquisas eleitorais. (Fonte: Aroldo Murá, Indústria e Comércio).
JJ e Mahomed - no livro, um capítulo sobre pesquisa.


Como renovar as cidades? Como implantar novos cenários e paisagens? Como melhorar os serviços públicos? Como aperfeiçoar processos de gestão pública? Como envolver os cidadãos? Como fazer tudo isso sem cair na mesmice?

O debate sobre inovação no planejamento e na gestão urbana torna-se oportuno e indispensável neste momento de repensar tudo:  revisão dos Planos Diretores, criação do Estatuto da Metrópole e o papel do Estatuto das Cidades, este em processo de pleno envelhecimento.

A impossibilidade de inovar todas as dimensões da cidade exige um olhar mais focado nas prioridades, abrangendo todos os tópicos das áreas de segurança, saúde, educação e mobilidade. Mesmo priorizando-as-prioridades, ou seja, concentrando-se em  atuar somente no essencial, há muito se fazer. Inevitável a dificuldade de "fazer mais com menos", particularmente na saúde e segurança. Abrem-se, então, os portões das cidades para os profissionais competentes dotados de visão criativa, planejadores e gestores públicos aptos para estrategizar e executar. Seu esforço não estaria focado na produção de soluções inovadoras originais, raras, mas na importação e adaptação de boas-práticas exitosas, mesmo se procedentes de cidades do exterior. A troca de experiências para a conhecimento, compreensão, ajuste e aplicação de soluções renovadoras é cada vez mais imprescindível.

Em paralelo, há que se disseminar novos valores à comunidade, angariando-se seu engajamento e estimulando-se a prática da cidadania. Este exercício de se manter cidadão é diário, e se concretiza no desempenho de um papel, por menor que seja, no destino da cidade. Pode ser a execução de uma simples tarefa, como a de separar o lixo ou a defesa de um conceito mais complexo, sobre violência urbana, numa reunião de professores.

A grandeza da missão de renovar as cidades requer a superação de limites. Uma cidade não terá futuro se excluir seus cidadãos desse processo. Não mais pertence e nem mais é da alçada exclusiva do governo, mesmo do municipal. Setores da sociedade precisam se entrelaçar num esforço comum, como os conselhos profissionais, as federações da indústria e do comércio, as universidades, associações e, por que não, as empresas, profissionais liberais, etc. Sem desmerecer os engenheiros de tráfego e suas simulações geo-referenciadas,  por que não integrar,  na busca de soluções de mobilidade, os motoristas de táxi e de ônibus, velhos conhecedores das mazelas do trânsito?

Nos novos tempos, os institutos de planejamento urbano, as secretarias com a mesma finalidade e assemelhados, devem recuperar seu papel e adquirir maior eficiência. As cidades precisam de centros de excelência, enfatizando a pesquisa e o desenvolvimento, que tragam resultados significativos e mensuráveis, mas convivendo com as manifestações técnicas originárias da sociedade civil.