Calma. Não é placar. Não exagero dizer que o interesse pela Copa do Mundo, nos Estados Unidos, é quase inexistente. Apenas 7% dos norte-americanos pretendem acompanhar atentamente todo o desenrolar. Em torno de um quarto, só de vez em quando. Mais de dois terços de entrevistados dizem que não darão a mínima atenção.

E pelo menos sabem onde a Copa do Mundo estará sediada? Apenas um terço sabe que acontecerá no Brasil. A maioria desconhece o lugar. E não duvide: talvez nem saibam onde fica o Brasil.

A pesquisa Reuter/Ipsos é repetida a cada 5 dias e o gráfico atualizado a cada dois. Quem não gosta de futebol do nosso jeito, pelo jeito gosta de fazer pesquisa sobre futebol.

À direita, o resultado de 15 de abril.



O coelho da família, geralmente o papai ou a mamãe, está agora se sentindo mais “pato” do que coelho nesta Páscoa.

O fato é que nossas pesquisas estão registrando a reaproximação de velhas amigas afastadas por um bom tempo: a Inflação e a Ganância. Voltaram a passear de mãos dadas pelos supermercados das cidades. Ovos de chocolate a preço de ovos da galinha de ouro. Barras de chocolate como se fossem barras de ouro. Qualidade? Duvidosa.

Mesmo assim, Feliz  Páscoa para você que nos tem acompanhado no blog do Instituto Bonilha.

Como você se sente nesta Páscoa?



Será inevitável um significativo ajuste econômico em 2015, seja qual for o resultado das eleições. A custo do PIB, sim, mas sem recessão. É o que prevê Maurício Molan, economista chefe do banco Santander, em seu diagnóstico das tendências para 2014/2015, apresentado para os membros do Conselho Consultivo do WTC, durante sua 15a. Reunião.

Na ocasião, Rogerio Bonilha alertou para o fato de que as pesquisas estão registrando uma crescente preocupação dos eleitores e consumidores com a queda do poder de compra, alta de preços e endividamento das famílias, embora os índices de inadimplência se apresentem relativamente baixos. Em resposta, Molan ponderou que, de fato, a inflação esta impactando negativamente o modelo de desenvolvimento baseado no consumo e que a inadimplência tenderá a se ampliar.

No entender do economista, este ano, por ser eleitoral, leva o governo a segurar medidas impopulares. Acredita, no entanto, que decisões econômicas mais efetivas não poderão ser evitadas no próximo ano. Seja qual for o governo, elas terão de acontecer, mesmo comprometendo o ritmo de crescimento do pais, mas ainda sem recessão.

Molan (à esquerda) justifica apreensão dos entrevistados relatadas por Bonilha (à direita).



O maior problema da pesquisa sobre as mulheres, lançada pelo IPEA, não foi a troca de gráficos. Foi o viés metodológico. A amostra não representa adequadamente a população brasileira. Os homens estão sub-amostrados (apenas um terço dos entrevistados) e as mulher sobre-amostradas (dois terços). Há excesso de representantes da terceira. idade e de evangélicos. Poucos com curso superior. A distribuição geográfica dos amostrados também não é a ideal.

Some-se outros pontos obscuros, inclusive a presença de questões da pesquisa My Word, das Nações Unidas, cujos resultados permanecem ocultos. A própria redação das questões, relativas às mulheres e a preconceitos, por vezes, chega a ser grotesca. O fato é que, desde o início da divulgação, estranhamos os números obtidos em comparação com os de outra pesquisa, realizada em Curitiba, cidade ainda um tanto quanto conservadora - veja em http://tinyurl.com/kdnhhnb



Uma pesquisa pode expor para concorrentes e adversários a vida da sua empresa ou organização. As informações buscadas demonstram sua intenção e as respostas obtidas mostram tanto fragilidades como pontos fortes. Quem, então, você convidaria para conduzir suas pesquisas indiscutivelmente necessárias para suas estratégias?  

Algumas perguntas podem facilitar sua decisão de assumir o compromisso com um fornecedor:

Existe uma política clara e transparente de segurança dos dados e informações? 
Existe abertura por parte do fornecedor para auditoria?
Há treinamento dos colaboradores do fornecedor em itens de segurança?
Existe conexão entre privacidade e tecnologia?
Os preceitos dos Códigos de Ética do setor são observados?
Quais precauções técnicas são tomadas durante a obtenção, processamento, armazenamento e acesso aos dados?
Há preocupação com a gestão de riscos pela adequação de itens de segurança de dados?
O contrato incluirá itens de confidencialidade e exclusividade?

Por último, avalie se o fornecedor e seus colaboradores têm sido habitualmente discretos, reservados e sensatos quanto a comentários sobre resultados de pesquisas já realizadas.




Na ponta dos dedos, na palma da mão, no ponteiro do mouse. Sem informação confiável e atualizada é impossível governar com efetividade. É impressionante como perdura a tendência das decisões governamentais atenderem muito mais os caprichos pessoais dos dirigentes do que as necessidades impostas pela realidade. Nota-se pouco empenho para se construir uma cultura de alta performance nos governos. E os insucessos, de rotina, são acobertados ou assumidos desavergonhadamente.
Egocentrismo + falta de rumo = desgoverno