Exceto uns míseros percentuais positivos eventuais, a tensa realidade da indústria marca negativamente a performance da economia como um todo. Sua reduzida competitividade é consequência de fatores bem conhecidos. Três deles somam peso suficiente para puxar para baixo os resultados de empresas industriais independentemente do porte, da época da fundação e do ramo de atividade. São eles: a formação dos atuais gestores, seu tempo de empresa e sua faixa etária. Este comentário restringe-se ao Sul brasileiro.

Avaliações que fizemos em 2011 revelaram que três quartos dos cargos dos setores administrativos e de recursos humanos, na indústria, são ocupados por egressos de cursos superiores que ainda não completaram 40 anos e que possuem menos de cinco anos de experiência nas empresas onde trabalham. Profissionais com capacitação genérica e precária, egressos de universidades ou faculdades que ocupam posições baixíssimas nos rankings nacionais e mundiais, são os executivos que comandam ou dividem responsabilidades pelos destinos da indústria sulista.

A vivência cotidiana dos processos industriais não compensa as deficiências do aprendizado formal. A razão para isso é simples: os ambientes de trabalho se caracterizam, comumente, pelo nível reduzido de incorporação tecnológica, baixa produção, gestão ineficiente, pouca preocupação com a qualidade e, menos ainda, com a inovação.

No contexto internacional, ao contrário, a indústria vem se tornando cada vez mais apta a enfrentar disputas acirradas de mercado, com quadros qualificados para acompanhar a crescente complexidade da atividade e inserir-se na tendência globalizante.

Quanto ao fator cronológico, recém-saídos da juventude e acumulando curto período de empresa, não se pode dizer que os atuais gestores componham quadros experientes e competitivos.

Os números comprovam a existência de uma combinação imperfeita: baixa qualificação e pouca experiência que não são compensadas pelos ambientes de trabalho industrial. Neles predominam índices modestos de exigência e práticas produtivas convencionais.

Algum plano para amparar a indústria do Sul?



O início do cumprimento das sentenças dos condenados do Mensalão provocou um aumento, nas últimas semanas, da quantidade de eleitores interessados no caso. Atualmente, 87% acompanham o desenrolar da situação, segundo pesquisa do Instituto Bonilha/Brasil. 
Conheça os resultados e comente: http://tinyurl.com/mtrkfle
Em setembro, a decisão do STF de aceitar os embargos ficou conhecida por um terço dos entrevistados. Mas as recentes determinações relativas às prisões dos condenados tornou-se conhecida por quase todos os eleitores, segundo a pesquisa de novembro (92%).
Em setembro, 84% dos entrevistados aguardavam uma decisão do STF que mantivesse as condenações, rejeitando a admissão de novos recursos. Em razão disso, 72% dos entrevistados discordavam totalmente da decisão que contrariava suas expectativas. O novo quadro detectado pela pesquisa revela um resultado significativamente inverso: aprovação das prisões por 76% dos respondentes.
Em setembro, 55% dos entrevistados declaravam que o povo brasileiro sentia-se revoltado com a decisão do STF de aceitar novos recursos. Outros 33% afirmavam que o sentimento dos brasileiros era de frustração. A maioria dos entrevistados, agora, considera que os eleitores estão satisfeitos com o novo rumo do caso (60%).
Em setembro era muito forte a impressão de que a decisão do STF de aceitar os embargos seguia um viés político, visão atenuada após 15 de novembro com as novas medidas. A imagem do STF acentuadamente negativa em setembro, assim, inverteu-se radicalmente, recuperando-se em poucas semanas, até o final de novembro.
Ainda há pessimismo quanto ao término do Caso Mensalão no que tange às penas. O ceticismo dos eleitores persiste elevado ainda em novembro: 43% acreditam que elas não serão cumpridas e 34% observam que serão reduzidas.
De acordo com os eleitores ouvidos pelo Instituto Bonilha, as eleições poderão serão impactadas pelo episódio. 
Veja detalhes na versão integral da pesquisa apresentada em PDF: http://tinyurl.com/mtrkfle





Novo ano. Novas ameaças, novas oportunidades. Sempre foi assim, não é? O ano passou rápido. O próximo não será diferente. Todos precisamos agir aceleradamente. Comece a pesquisar para responder rapidamente às ameaças e oportunidades de 2014.
Organizações adaptativas operam com velocidade e simplicidade. A pesquisa ajuda a delimitar escopo, definir claramente valores e estabelecer fronteiras estratégicas. 
Adeus ano velho, adeus planos fixos e ultrapassados.



O eleitor do novo século é mais egoísta e mais apressado. Quer o máximo agora mesmo. Não gosta de promessas de benefícios para serem colhidos no futuro. Encontra-se sedento de soluções imediatas para suas demandas e cobra do poder público tanto quantidade como qualidade. A qualidade é representada por especialização e por serviços cada vez mais sofisticados. O exemplo mais visível é o dos médicos, que devem ser ofertados em quantidade suficiente, com acesso fácil aos especialistas e aos exames que incorporam tecnologia avançada. Essa é a realidade. Mas alguns extrapolam a demanda refinada e, representando os céticos, declaram nas ruas sua descrença no poder das urnas.



Como fazer sua marca ocupar uma posição de liderança na mente dos consumidores? Somente por meio de estratégias diferenciadas de comunicação e marketing sintonizadas com públicos e cenários específicos. Isso não é uma fórmula secreta, pelo contrário, qualquer estagiário da área sabe disso. Mesmo assim por que tantas marcas parecem permanecer no anonimato?

A pesquisa Top of Mind, realizada pelo Instituto Bonilha, ininterruptamente, há 18 anos, publicada pela Revista Amanhã, vem confirmando três cenários:
 
O primeiro é caracterizado pelo domínio de uma marca que consegue ser lembrada por mais da metade dos entrevistados. Não é incomum, nessa situação, o segundo lugar aparecer com um percentual irrisório. A marca líder é tão arraigada na mente do consumidor a ponto de fazer parte da sua vida, indo além da simples cultura de consumo. Isso ocorre, por exemplo, quando perguntamos sobre a categoria refrigerante.
 
O segundo cenário mostra o oposto e se configura quando um grande número de marcas é lembrado por mais da metade dos consumidores entrevistados. Dezenas de marcas concorrem entre si, reunindo isoladamente pífios percentuais de recordação, sem força significativa. Nenhuma alcança um índice de lembrança suficientemente elevado para que possa criar raízes na memória do consumidor. Constata-se isso no segmento das churrascarias, restaurantes, pizzarias e panificadoras. 
 
Mais promissor, verdadeiro campo livre, há um terceiro cenário em que o maior número de pessoas entrevistadas não se recorda de nenhuma marca. Apenas uma minoria arrisca citar algum nome da categoria pesquisada. Decorre geralmente de uma nova classe de produtos, a exemplo dos geradores de energia solar.
 
No segundo e no terceiro casos sua marca dispõe de amplo espaço para crescer na mente e nos corações dos consumidores. São dois cenários de portas abertas para iniciativas de sensibilizar o mercado com a sua marca.
 
Saiba mais sobre a pesquisa Top of Mind pelo link: http://tinyurl.com/mhogb37
 
 


As crianças brasileiras, de 7 a 12 anos, podem faturar alguns dólares, além de tomarem contato com um  tema de extrema importância: a estatística. Portanto, atenção professores, pais e avós. Vamos incentivar a criançada?

É facil participar. O tema é “como a estatística colabora com o bem estar das pessoas do seu país ou da sociedade global”. Os organizadores do concurso aguardam fotos de alta qualidade acompanhadas de uma descrição de até 50 palavras. O concurso é internacional e a premiação será por continente. A data final é 1º. de dezembro. A ficha de inscrição encontra-se aqui: http://www.statistics2013.org/iyos/photocontest.cfm
 
Quem promove? O concurso é apenas uma atividade a fazer parte das comemorações do Ano Internacional da Estatística (Statistics2013).  Mais de 2.250 organizações de 128 países estiveram unidas para divulgar a importância da estatística para a comunidade científica, empresários, usuários de dados dos governos, mídia, planejadores públicos, instituições de ensino e milhares de profissionais.

O Instituto Bonilha foi o único instituto de pesquisas de opinião privado brasileiro a integrar o Statistics2013, até agora a mais importante iniciativa do gênero em âmbito mundial. Basta ver o conjunto de organizações que a patrocinaram: American Statistical Association, Institute of Mathematical Statistics, International Biometric Society, International Statistical Institute (e a Bernoulli Society), and Royal Statistical Society.

 


Os exemplos abaixo expõem como a forma de elaborar uma pergunta pode levar a resultados discrepantes. E alertam para o quanto deve ser cuidadosa a redação de um questionário de pesquisa para não se produzir vieses que prejudiquem o entendimento da realidade.

 
Quem redige um questionário de pesquisa deve se colocar no lugar de quem vai respondê-lo - independentemente do nível cultural, situação socioeconômica, gênero e faixa etária. Não pode pressupor que haverá compreensão tendo por base seu próprio arsenal de conhecimentos e seu modo de ser. Deve colocar-se do outro lado, “calçar o sapato” do entrevistado e imaginar se todos  os termos usados nas questões serão entendidos, seja qual for o nível do respondente. Isso não que dizer que temas complexos não possam ser abordados junto aos diferentes estratos da população, mas é preciso traduzi-los de uma forma clara para que a incompreensão não leve a distorções. 
 
Questionar é uma técnica complexa. O primeiro grande problema é que a maioria dos entrevistados responde o que lhe é perguntado, mesmo sem entender bem a pergunta. Sabendo disto, o redator deve evitar expressões vagas como "os governos", "os candidatos", "a qualidade", dentre outras. Classificações também podem confundir o respondente: “excelente”, “ótimo” e “bom” são conceitos muito próximos, muitas vezes tomados por sinônimos. Quantificações podem atrapalhar o interrogado: "frequentemente", "vários" e "muitas vezes" são mensurações que nada medem. Medidas de tempo, por sua vez, podem ser imprecisas: "recente" pode evocar poucos dias, poucos meses ou até mais de um ano. E por aí a fora vão os exemplos.
 
Psicólogos cognitivos e pesquisadores experientes recomendam a inclusão, em todo projeto de pesquisa de opinião, seja de mercado ou eleitoral, um pré-teste do questionário. É um recurso essencial para evitar erros e vieses oriundos não apenas do design amostral e, sim, da própria conversa com o entrevistado.  O exemplo mostrado no início dá uma ideia clara de como uma simples alteração na forma de perguntar conduz a resultados tão significativamente diferentes, no caso, em uma pesquisa com 600 amostrados.


Há dez anos, o índice brasileiro de desemprego era de 13%. A população, nas nossas pesquisas, apontava este item como um dos maiores problemas do país, na companhia da saúde e da segurança. Os números apresentados pelo o IBGE, nos últimos meses, giram em torno de 5%. Para melhor, a renda média elevou-se e, por extensão, a familiar. Há projeções de muitas vendas no final do ano e de inadimplência baixa.

O que continua surpreendendo é o fato da qualificação para o trabalho ser tratada como um assunto secundário, embora haja forte carência de mão de obra preparada, especialmente para atender o segmento industrial na sua busca de competitividade. Mesmo assim, segue em frente o milagre de uma economia voltada para o consumo, saudado com alegria por muita gente.

Nesse cenário aparentemente saudável, o que continua ruim é a assistência à saúde da população. E a segurança segue na mesma pista, ambas acumulando índices alarmantes de descontentamento. Mas emprego e renda não proporcionam às famílias o desejado acesso aos serviços médicos particulares? Não reduzem a criminalidade originária da miséria? Parece que não.

Um orçamento familiar mais reforçado e iniciativas como os programas sociais de distribuição de renda apenas retardam uma crise maior. Com dinheiro no bolso, o governo poderia ser mandado às favas pelos cidadãos, mas seu papel ainda é o de suprir aquilo que os salários não resolvem. Por maior que sejam os valores, os problemas continuarão a devorá-los com avidez. 

Nas duas situações, saúde e segurança, não se pode culpar a falta de iniciativa dos governos de tomar decisões. Elas sempre existiram, envelheceram e ressurgiram atreladas a novos calendários, às administrações que se sucedem e às lideranças que desaparecem no tempo. O que falta? Nem sempre é dinheiro e, sim, compromisso com a continuidade. E um pouquinho de inteligência na gestão pública.



Painel Internacional Volvo: pesquisa ajudará setor de transporte rodoviário a estabelecer novas diretrizes. Má conservação das estradas e falta de segurança não foram surpresas. Idade média da frota de caminhões, de 17 anos entre autônomos e 8 anos nas empresas, agrava a falta de segurança.
 

Participantes do painel: J. Pedro Corrêa, consultor do Programa Volvo de Segurança no Trânsito, Flávio Benatti, Presidente da NTC & Logística, Martin Bodewig, da Roland Berger Strategy and Consultants e Rogério Bonilha, do Instituto Bonilha de Pesquisa de Opinião Pública



Ainda não nos chamávamos Instituto Bonilha. Começamos a atividade de pesquisa de opinião fora da Universidade. Criamos uma estrutura própria. Nossa visão era manter o DNA acadêmico, agregando recursos inovadores, como a microinformática que acabara de surgir. Desafiávamos os poucos institutos “jurássicos” que existiam e exercitávamos a recém-conquistada liberdade de opinião. A ideia perseguida e atingida era tornar-se original, ousar e conquistar credibilidade para assegurar a sobrevivência e continuidade do empreendimento.

Ao imaginar um instituto dedicado a perscrutar a opinião pública, tínhamos ao nosso lado todo o aparato teórico necessário: sociólogo, Rogerio Bonilha além da sociologia lecionava as disciplinas essenciais para a prática das pesquisas, ou seja, metodologia científica e métodos e técnicas de pesquisa. Os hardwares para processamento de informações, privilégio das universidades e de dois ou três grandes institutos, aqueles enormes computadores, repentinamente encolheram: ganharam a forma de escrivaninhas e foram rebatizados de microcomputadores.

Com poucos meses de trabalho de programação e testes, veio à luz a primeira versão de um aplicativo específico para pesquisa. Exclusivo, próprio e, mais importante, funcional. Apesar das pesadas placas de circuitos e algumas válvulas do microcomputador dos anos oitenta, tornou-se viável produzir, em poucos dias, o que antes exigia um semestre. Conseguimos o essencial para começar a operar: digitação de resultados, tabulação, cruzamento de variáveis e emissão de tabelas. Apenas um único susto: a primeira tabela a ser produzida pelo aparato exigiu 18 horas de esforço da modesta máquina. Após alguns ajustes no programa – e esfriadas as mentes e as válvulas - o milagre aconteceu: longos relatórios feitos em minutos, em formulário contínuo, numa impressora matricial.

Observando e procurando entender as causas dos desastrosos desacertos das pesquisas divulgadas na época, conseguimos resultados consistentes. Causamos impacto junto à mídia, ao revertermos o quadro existente de descrença nas pesquisas. Consolidamos, assim, o compromisso de construir uma história duradoura de confiança acumulada.

O momento era propício.  A liberdade de expressão retornava após anos repressão. Pedir para o povo falar, expressar suas opiniões, registrar suas respostas e divulgá-las com precisão era um genuíno exercício de liberação. Na sequencia, uma surpresa: a Folha de S.Paulo batizou a "equipe do professor Bonilha" de Instituto Bonilha. Novo ciclo, o de autonomia total, com o desligamento físico da UFPR, onde foi incubada e nasceu a ideia de criar para a sociedade brasileira mais um canal democrático: um instituto de pesquisa de opinião de origem científica, livre, independente e tecnicamente competente.

Sede Histórica do Instituto Bonilha


Aconteceu. Pesquisa qualitativa sobre marcas de bolsas, calçados e acessórios. Clientes de lojas de classe média. Compradora usual de uma rede nacional de lojas desses produtos relata o que observou em duas ocasiões em que fazia compras num dos pontos de venda.

A dona da franquia entra, cumprimenta vendedores e fregueses, retira a bolsa do ombro e a coloca sobre o balcão. Vistosa, deslumbrante, uma das mais caras e prestigiadas grifes europeias.
 
Na outra ocasião, a cena se repete com outra personagem. A protagonista agora é a filha da dona que, a exemplo da mãe, carrega nada discretamente sua também valorizada bolsa estrangeira.
A cliente questiona o grupo focal atento ao relato: “isso quer dizer que as bolsas da franquia não têm qualidade ou status suficiente para serem usadas pelas proprietárias da loja?”.
 
Inconformada, prosseguiu dizendo que o acontecimento passava uma clara mensagem para as freguesas: “comprem a marca que eu represento e eu, com o lucro dessas vendas, compro as grifes que considero superiores às que eu vendo a vocês”.
 
A participante do grupo de pesquisa complementou nada ter contra o fato de empresárias bem sucedidas possuírem e exibirem suas marcas preferidas. Apenas esperava que tivessem a sensibilidade de passar aos clientes a ideia de que a marca que representam merece ser usadas também por elas. “Com certeza”, argumenta, “existem lugares e ocasiões onde poderão mostrar suas aquisições mais exclusivas”.
 
 


O governo federal mantém sob sigilo dois contratos avaliados em R$ 6,4 milhões para realizar pesquisas de opinião. Os termos da negociação valem até junho de 2014, véspera do período eleitoral.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, os documentos preveem “irrestrito e total sigilo” sobre os temas, perguntas e resultados das pesquisas, o que contraria a Lei de Acesso à Informação.

Aliás, o jornal solicitou o conteúdo das pesquisas já realizadas, com base na legislação, mas a Secretaria de Comunicação (Secom) negou o pedido.


Nosso trabalho depende da matéria prima mais nobre do planeta. Fácil de coletar em algumas ocasiões, difícil de extrair em outras. Com maior ou menor esforço, sempre chegamos a ela. Extremamente essencial, não importa se em sua forma original de expressão é rústica ou delicada. Essa essência, da qual tanto dependemos, é produzida no cérebro humano. É a opinião de cada um sobre cada assunto. Uma alinhada à outra, compõem a opinião pública. Reunidas, são processadas, compreendidas, analisadas e transformam-se em informações que dão rumo à vida. Norteiam desde os pequenos passos do microempreendedor até às grandes decisões de investimentos em megaprojetos. Orientam desde os eleitores mais humildes até os criadores das políticas públicas do país.



A pesquisa realizada pelo Instituto Bonilha, que retratou o Brasil após a polêmica decisão do STF de aceitar os recursos infringentes, rendeu uma avalanche de reações na rede social. O estudo, bastante abrangente, ouviu eleitores de vinte e dois estados, nas cinco regiões brasileiras.  

O Instituto analisou os comentários gerados pela pesquisa nas redes sociais e produziu uma nuvem de palavras-chave que sintetiza o pensamento dos eleitores. A frustração manifestada pelos entrevistados na pesquisa é confirmada nas observações de quem tomou conhecimento dos percentuais das respostas.

Como toda pesquisa política, esta é uma fotografia do momento. Prognósticos não podem ser feitos com base em uma única pesquisa e, sim, cumulativamente, após a realização de uma sequência de estudos.

Nesta nuvem, o tamanho de cada palavra é proporcional ao número de citações obtidas. Pode-se entrever causas (mensalão), sentimento (mudança e infelicidade), soluções (educação, verdade e voto) , as organizações envolvidas (STF e PT) e, também, personagens (brasileiros, eleitores, povo, políticos e a presidente Dilma).
Palavrões e adjetivos depreciativos - como petralhas, tucanalhas, mensaleiros e outros - foram removidos da nuvem.

Os principais resultados da pesquisa que gerou o debate na rede podem ser vistos aqui: tinyurl.com/lqgblpc


Na edição de 2013 do Fórum Volvo de Segurança no Trânsito os participantes puderam conhecer o resultado de uma pesquisa inédita sobre a imagem do Transporte Rodoviário de Cargas perante a sociedade.
A apresentação do estudo abriu o evento e subsidiou os debates entre representantes e especialistas da área. Foram discutidas soluções para equacionar um dos maiores problemas atuais da economia brasileira: o transporte rodoviário de cargas.
O evento internacional, realizado em São Paulo, contou com a presença do sueco Carl-Johan Almqvist, Diretor de Segurança da Volvo Trucks Corporation e de Roger Alm, Presidente do Grupo Volvo América Latina. A coordenação dos debates foi de J. Pedro Corrêa, Consultor Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST).

Rogerio Bonilha, diretor do Instituto comentou a pesquisa. Explicou aos especialistas nacionais e estrangeiros como os brasileiros percebem o transporte rodoviário e quais são as suas preocupações


Nada substitui a experiência prática. Especialmente para o pesquisador de opinião e mercado, é essencial vivenciar múltiplas situações em diferentes empresas e organizações, de diversificados setores, portes e segmentos.
E a teoria?
Estar com “as mãos na massa”, interagindo, envolvido num processo de ensino-aprendizagem marcado pela execução, não revoga a essencialidade da teoria. Seu papel é vital: direciona a extração dos conteúdos e orienta a construção do saber.
Os diálogos com as inúmeras equipes corporativas, interpretando resultados de estudos em busca de insights, justapondo-os à realidade, revelam caminhos desafiadores e paisagens desconhecidas.  A exploração desses novos horizontes, mediante a aplicação de estratégias inovadoras, dinamiza as transformações. E a percepção dos efeitos das mudanças, elucidando tendências, complementa a competência para ouvir e aconselhar.

Na escola, pouca prática. No trabalho, falta teoria.




Um instituto de pesquisa deve atuar como um banco. Se sair por aí, revelando o saldo de cada correntista a toda hora, perde a credibilidade. A política está em descrédito e infelizmente, por extensão, as pesquisas eleitorais correm o mesmo risco. Podem sofrer desgastes desastrosos até 2014, perdendo a oportunidade de ajudar os eleitores a fazer suas escolhas.

De agora em diante, é fácil imaginar, as boas pesquisas serão raras. Em tempos difíceis e de transição, as técnicas que asseguram previsões melhores são guardadas a sete chaves. A mudança na política forçou modificações na forma de aplicar entrevistas, fazer análises e traçar prognósticos.

Os eleitores não podem ser privados do acesso aos resultados das pesquisas e, ideal seria, se pudessem confiar mais nos institutos. Por sua vez, estes têm o dever de captar as reais tendências do quadro eleitoral responsavelmente, ou seja, por meio de procedimentos atualizados e inovadores. 

O impasse que afetará a divulgação, o consumo dos resultados e a própria imagem da pesquisa eleitoral é o fato dos eleitores estarem “viciados” na “corrida de cavalos”, mas duvidando sobre a posição verdadeira de cada um dos candidatos. E os institutos, pelo jeito, continuarão a produzir material para as apostas dos eleitores nesta forma de jogo.

Boas pesquisas eleitorais serão raras.


O experiente jornalista Messias Mendes, comentando em 2009 as eleições que aconteceriam em 2010, para o governo do Paraná, registrou, em sua prestigiada coluna, sob o título Recado de quem sabe o que fala, o que segue. Confira:

O cientista político Rogerio Bonilha faz uma análise interessante sobre o pleito de 2010.  Aos que se apressam em achar que vai ser “barbada”, eis alguns conselhos do experiente analista:

Sobre os sites e blogs dos candidatos:
“Não é da nossa cultura e, depois, nenhum dos nossos (pré) candidatos tem a cara do Obama”.


Osmar Dias:
“É preciso que o pedetista mude de estilo, porque se sua atuação for semelhante a da campanha de 2006, corre o risco de voltar a perder”.


Beto Richa:
”O prefeito está passando por uma prova de fogo, com as denúncias que envolvem ex-integrantes do PRTB que participaram da campanha à reeleição. Mas é prematuro tirar conclusões se este fato irá prejudicá-lo numa eventual campanha ao governo do Estado”.


Roberto Requião:
”Se enganam aqueles que desprezam a força do governador. Ele tem uma base forte, uma área de influência que não é desprezível e isso será importante no processo eleitoral do ano que vem, a não ser que ele decida ficar neutro”.


Valeu?

Antes e depois: previsão com precisão
 


Semana passada, conversando com pequenos lojistas, comentei sobre a técnica de cliente oculto e o quanto a considero uma forma simples e valiosa de obter insights para melhoria do atendimento e do ponto-de-venda. Me surpreendeu que poucos dos meus interlocutores a conhecessem e, por isso, falo rapidamente a respeito dela por aqui.

O comentário é de André D'Angelo, professor, autor e consultor de marketing, publicado na Revista Amanhã, nossa parceira de muitos anos. Na sequência, explica o benefício de utilizar o cliente disfarçado para avaliar o atendimento, ocasião em que você ganha ou perde da concorrência. Veja:
 
A técnica de cliente oculto consiste na utilização de algum serviço, por parte de um pesquisador anônimo, para fins de avaliação de atendimento e do ambiente de compra. O pesquisador faz-se passar por um cliente comum e, seguindo um roteiro previamente estabelecido, testa o serviço em diversas situações que podem ocorrer no dia a dia. Após a visita, descreve e analisa a experiência, apontando aspectos positivos e negativos e sugerindo melhorias. 
 
Quando bem aplicada, a técnica pode revelar minúcias que comprometem a experiência do cliente no ponto de venda, mas que não exigem grandes investimentos para serem revertidas. Desde a roupa de um vendedor, passando pela iluminação e o som ambiente, pequenas mudanças provocam melhorias significativas na percepção do cliente e, consequentemente, no tempo de permanência dele na loja – o principal indicador da propensão a gastar. 
 
A técnica precisa, necessariamente, ser aplicada por um profissional? Claro que um olho treinado ajuda. Quem atua na área normalmente já tem um roteiro de observação mentalizado, e jogo de cintura para forjar situações que testem o pessoal de atendimento. Mas, na falta de recursos, recomendo aos lojistas que peçam para algum conhecido aplicarem a técnica, testando os serviços da própria loja e de concorrentes. Comparando-as, fica mais fácil visualizar o que vale a pena melhorar.
 
E por onde começar as melhorias? Pelo mais fácil, costumo recomendar. Como escreveu o publicitário Julio Ribeiro, “se não puder fazer muito, faça pouco, mas faça”. Nada é mais desestimulante que o imobilismo. 
 
Nas lojas, nas faculdades, nas concessionárias de automóveis ou em reuniões de partidos políticos, visitantes misteriosos - de forma sigilosa e discreta -  observam, interagem e coletam informações vitais.


A pergunta do século passado tenta ainda sobreviver: “se as eleições fossem hoje e se estes fossem os candidatos, em quem você votaria?”. A resposta do eleitor, desconfiado do como nunca, é: “ responderei sua pergunta, porém...”. 

Eleitores brasileiros buscaram as vias públicas e as vias digitais para uma exigir grande mudança. Querem tudo diferente, não concordam mais com as práticas em uso para fazer política, administrar o país, representar e tratar o cidadão.

A multidão parece ter-se calado, para o alívio de muitos. Afastou-se fisicamente das avenidas, mas não voltou atrás em seus anseios de ver por terra os cenários anacrônicos, afastar do palco para os mesmos políticos e calar as mesmas vozes anunciadoras de antiquadas propostas nunca cumpridas. A mensagem que disse “basta” foi claramente passada.

Essa cortina que se fechou é transparente. Atrás dela os vultos dos cidadãos que sabem da sua força estão à espreita, observam e avaliam as paisagens que se desenham a sua frente e estão prontos para dar o próximo passo. 

Dentro do novo panorama, como as pesquisas irão esclarecer o que será de 2014? A sistemática de avaliação atualmente utilizada também foi soterrada aos pés das passeatas. O alerta está no ar: para novos tempos, novas técnicas.  Chegou finalmente a hora dos indicadores de preferência, do big data, do neuromarketing, dos caçadores de tendências, do design thinking e de outros recursos para desvendar a mente dos eleitores. Previsão, agora, só com inovação.

Eleitores desconfiados + técnicas de pesquisa do passado = imprevisibilidade





Algumas companhias hoteleiras internacionais convidam seus clientes a opinar sobre serviços e inovações enquanto estão hospedados. E a boa notícia é: eles apreciam isto. Até porque boa parte deles são frequentadores assíduos.

Para conhecer as preferências dos clientes, tradicionalmente, são realizados grupos focais ou pesquisas quantitativas posteriores à estadia. Mas uma nova forma de conhecê-los melhor está surgindo e trazendo bons resultados: ouvi-los em campo e na hora.

Tudo é passível de ser submetido à apreciação dos hóspedes: da culinária ao design dos móveis dos quartos. Muitos hóspedes evitam os restaurantes dos hotéis, desaprovam o mobiliário, criticam as cabeceiras das camas, reprovam os carpetes e revestimentos, condenam a intromissão de funcionários e reclamam do nível de ruído. Agora eles podem expressar suas impressões, desejos e aspirações “on-site”.

Até recentemente, a intenção das cadeias de hotéis era oferecer serviços com pouca variação, em geral condicionada ao valor da diária. Esta padronização passou a prevalecer globalmente, provocando a busca de diferenciais, não mais definidos de cima para baixo, ao contrário, levando em consideração o pensamento do cliente.

Uma das primeiras redes a inovar, a Hyatt Hotels, escalou uma dezena de suas unidades como "lab hotels", para testar novas ideias junto aos clientes.

Em breve, não será estranho conseguir um carregador para o telefone, um aluguel de bicicleta ou um suporte para usar o laptop na cama. E cama com o colchão dos seus sonhos.

Converse sobre inovações e satisfação de clientes de rede hoteleiras com o Instituto Bonilha: www.bonilha.com.br


Alguma sugestão para alterar a paisagem deste hotel? A foto é da  oyster.com que visita hotéis do mundo todo “como sua sogra faria”, dizem eles. Não deixa de ser um tipo de pesquisa com observação participante.



- Tia, se alguém te oferecer 100 reais para você votar nele, você vota?
- Eu não!
- Mas se ele oferecer 200?
- Também não.
- Por que, tia?
- Porque se eu aceitar dinheiro pra votar nele, se ele for eleito e eu precisar pedir alguma coisa, ele vai responder: “Não vou te ajudar outra vez, eu já dei dinheiro pra você”.
- E você? - pergunta ela.
- Ah, se ele quisesse me dar dinheiro pra eu votar nele, eu pego o dinheiro e depois não voto nele, voto em quem eu quiser.
- Não faça isto – diz a tia. E complementa: - Isto não é honesto, é enganar quem te ajudou.

Este relato foi feito durante um grupo de pesquisa qualitativa, por uma participante- eleitora adulta, pertencente à classe C/D - comentando o diálogo que mantivera com seu sobrinho, que iria votar pela primeira vez, aos 16 anos.


Fala-se muito em mobilidade urbana, mas este tema insere-se num contexto maior. 
A preocupação do poder público e do setor privado ultrapassa a necessidade do transporte de pessoas e abrange as mercadorias, desde as pequenas encomendas até as grandes cargas. Envolve não apenas o tráfego, mas também a segurança. Pessoas e mercadorias precisam alcançar seus destinos de forma rápida, econômica e segura - dispondo, para isso, de múltiplos modais. Nesse domínio se enquadram todos os veículos, máquinas e equipamentos que transitam pelas ruas, pistas especiais, rodovias e estradas rurais. Há protagonistas e figurantes: pedestres, motoristas, frotistas, frentistas, usuários de serviço de transporte e centenas de outros personagens. A boa gestão e o aperfeiçoamento do sistema viário depende de estudos e pesquisas. Alguns foram realizados pelo Instituto Bonilha. Conheça:

 
Estudos para o setor público
  • Avaliação de projetos do programa de transporte urbano de Curitiba - BID I e BID II
  • Satisfação dos usuários de transporte coletivo (vários municípios)
  • Satisfação com sistema viário: ruas, praças, parques, ciclovias, calçadas e estradas rurais
  • Otimização e relocação de pontos de ônibus
  • Contagem de tráfego por cruzamento
  • Pesquisa de origem e destino
  • Estudos de velocidade média
  • Satisfação dos usuários de transporte aéreo
  • Satisfação dos motoristas usuários de terminal de carregamento
  • Receptividade ao pedagiamento de rodovias
  • Pesquisa sobre acidentes de trânsito, junto às vítimas e familiares
  • Consultoria em campanhas eleitorais para criação de propostas relativas ao transporte de massa
 
Estudos para o setor privado
  • Pesquisa sobre riscos de acidentes e incidentes durante embarque, trajetos e desembarques de ônibus do sistema de transporte coletivo – junto a passageiros e motoristas
  • Satisfação dos funcionários com serviços de transporte ofertados por grandes empresas    
  • Utilização de meios de transporte para acesso e frequência a shoppings e supermercados
  • Satisfação dos usuários de rodovias pedagiadas
  • Receptividade ao pedagiamento de ponte
  • Contagem de veículos em estacionamentos de shoppings e supermercados
  • Avaliação do programa de segurança no trânsito (resultados apresentados na Suécia)
  • Estudos para subsidiar implantação do sistema de ambulâncias para atendimento emergencial
  • Avaliação da satisfação de usuários de estacionamentos privados
  • Comportamento dos compradores de automóveis e clientes de concessionárias 
  • Satisfação de compradores de GLP com rotas de distribuição e horários de entrega
  • Desempenho de empresas de coleta de lixo
  • Imagem e satisfação de clientes de empresa de logística e transporte
  • Pesquisa sobre programa de responsabilidade social junto aos motoristas de caminhão brasileiros

 



Sensores estarão cada vez mais presentes nas grandes cidades. Produzem dados indispensáveis para o planejamento urbano.

O que se vê, no entanto, é falta de critério para investimento em tecnologia. Está se tornando comum o uso de equipamentos sofisticados, porém dispensáveis. Painéis eletrônicos sem mensagens importantes, por exemplo, em nada contribuem para reduzir o caos e ampliar a segurança do trânsito. Veja como funciona Santander, na Espanha. http://www.businessweek.com/articles/2013-05-16/spains-santander-the-city-that-runs-on-sensors



O principal é pouco discutido: a criação de novos cursos de medicina e a formação de mais médicos.

Em países onde o planejamento é levado à sério, são realizados estudos de viabilidade para conhecer a necessidade de implantação de escolas.

Além das análises demográficas comparativas da oferta e demanda, a opinião da comunidade é ouvida. E conta muito.



O Instituto Bonilha passará a utilizar totens, ao invés dos tradicionais banners, para sinalizar ou marcar pontos de interceptação de consumidores ou eleitores.

Algumas pesquisas são realizadas em pontos de fluxo de pessoas. A técnica básica, nessas ocasiões, é a da abordagem aleatória da população. O transeunte, se sorteado, é checado segundo questões de filtragem para ser enquadrado na amostra antes de ser entrevistado.


Totens sinalizam e informam os entrevistados.


Pastéis, sonhos e garapa deixaram muito à vontade os participantes do evento WTC Escola de Criatividade.

Na ocasião, Rogério Bonilha expos o quadro referência que é utilizado pelo seu instituto no planejamento das pesquisas de opinião e mercado.

Seguindo uma linha de originalidade, a apresentação do Instituto Bonilha contou com a ajuda de um personagem animado: um pesquisador marciano que, utilizando um instrumento de pesquisa chamado Roda Cognitiva, procura perceber a realidade e raciocinar sobre as relações humanas no planeta terra.

A Escola de Criatividade é uma organização especializada em criatividade e inovação aplicadas aos negócios. Um projeto que debate, pesquisa e estimula a criatividade e o resgate do pensar e dos hábitos criativos. Destina-se às pessoas, empresas, organizações setoriais, instituições de ensino e à sociedade em geral aliando metodologias próprias, conhecimento e ideias à simplicidade, intuição e imaginação.


Escola de Criatividade reúne empresários em evento de troca de experiências e reflexão.



Um dos resultados esperados com a mobilização Statistcs 2013 é aumentar a compreensão pública do poder das estatísticas sobre todos os aspectos da sociedade.
 
Outro objetivo principal é promover a estatística como uma opção profissional de importância, entre os alunos do ensino médio e universitário.
 
Participam do Statistics 2013 sociedades nacionais e internacionais, profissionais, universidades, escolas, empresas, agências governamentais e institutos de pesquisa. Esses grupos estão divulgando a milhões de pessoas as contribuições das ciências estatísticas, por meio de seminários, workshops e divulgação para a mídia. 


O Instituto Bonilha é uma organização apoiadora, propugnando o uso intensivo da estatística, especialmente na área governamental brasileira.