Visibilidade online tem sido uma condição perseguida pelas empresas, para ações de propagação de marcas e produtos, tão logo a internet se popularizou. Recentemente, os políticos mais instruídos em marketing se conscientizaram sobre a indispensabilidade dos canais digitais para seu branding. Em vez de bradarem usando meios de comunicação tradicionais, que passam por disrupção, reforçam a aproximação com os cidadãos usando da nova mídia.

Para ampliar a audiência e conquistar maior aceitação, a partir das surpresas das últimas eleições, muitos se tornaram fanáticos pelo “rock social midia every moment”, seguindo o modelo Trumpamericano.

Nesse contexto, o eleitorado, é bombardeado crescentemente a cada minuto, ora por conteúdos persuasivos bem-intencionados, ora por mensagens cuidadosamente esculpidas com fins de manipulação. Elas desembarcam nos celulares e notebooks em vários formatos, inclusive fakes, incentivando diferentes públicos à interatividade. Capturam um tempo considerável dos eleitores que, viciados em estímulos frequentes, as acessam várias vezes por dia.

Os blábláblás dos políticos, antes circunscritos à televisão, rádio e jornais impressos, discursos e comícios, espraiaram-se pelos canais de mídia digital. Geram contrapartidas dos eleitores que, criando ou respondendo comentários, disseminam longas réplicas, comprovações com fotos, vídeos e frases ou simplesmente clicam sobre emoticons.

Essa parte do ecossistema digital, caótico, vem sendo objeto de estudos e de tentativas de regulamentações oficiais. No entanto, para os marketeiros, a presença dos políticos na internet torna-se desafio e oportunidade: encontrar formas de neutralizar ameaças de fontes adversárias aos seus clientes e explorar seu potencial para fortalecer suas reputações.

Um levantamento do Instituto Bonilha, referente ao mês de maio, constata que a presença dos prefeitos municipais do sul do país no mundo virtual, em meio a tudo isso, é inexpressiva, especialmente se comparada com a do prefeito de São Paulo. Expõe que, contudo, entre os três sulinos, o prefeito de Curitiba pontua com relevância frente aos de gestores de Florianópolis e Porto Alegre. A fraca aparição da trinca deve-se à presença em perfis sem força de multiplicação de conteúdo (individuais ou acentuadamente locais) e à ausência nos perfis influenciadores (como G1, UOL, grandes jornais web, blogueiros famosos ou institucionais).

O gráfico compara as proporções das métricas de cada um, por plataforma, contabilizando apenas os posts ou peças presentes em perfis mais influenciadores, não distinguindo entre veiculações orgânicas ou pagas. Nem leva em consideração a natureza da mensagem, se positiva ou negativa, do ponto de vista de conteúdo ou dos sentimentos envolvidos. Essas variáveis compõem outras seções do estudo do Instituto Bonilha.

Comparativo entre os prefeitos Gean Loureiro (Florianópolis), Nelson Marchezan (Porto Alegre) e Rafael Greca (Curitiba) revela presença fraca nas plataformas sociais. (Fonte: Instituto Bonilha).