Quem irá ocupar a Prefeitura da sua cidade em 2016? Alguém com um perfil considerado ideal por você ou ela ficará à deriva, para ser ocupada a esmo, sem sua participação?

Como regra geral, os líderes da indústria, do comércio e de outros setores apartidários da sociedade civil, comportam-se passivamente, omitindo-se da construção de candidaturas. Assumem a postura de simples eleitores, limitando-se a opinar com base no senso comum, aguardando a proximidade da eleição para escolher o melhor dentre os piores. Você é assim?

As lideranças locais, afastadas da política, principalmente as empresariais, ignoram seu poder de influenciar o lançamento ou a consolidação de candidaturas compatíveis com as necessidades da cidade e com as demandas da comunidade.

O momento, impregnado de insatisfações, é de revisão das formas de fazer política, não há quem discorde. É uma época que exige dos líderes um novo papel: abrir as portas dos grupos fechados que tradicionalmente traçam os destinos da cidade.  Agora, o compromisso é de enfronhar-se e imiscuir-se, desde a origem, na seleção de nomes e no preparo de propostas.  Para mudanças mais profundas na forma de atender os interesses públicos, este é o procedimento a ser assumido pelos protagonistas da nova política.

Orientação por informação

A melhor ferramenta para converter uma cidade em um lugar de paz e progresso é ter um diagnóstico da sua situação urbana e social. Um estudo envolvendo o ponto de vista da própria população é imprescindível para entender como ela sente o lugar onde vive e o que pensa dos seus administradores municipais. O que consideram essencial ser mudado e a forma como gostariam que isso acontecesse. Qual modelo de cidade imaginam e desejam ver.

As pesquisas têm essa característica de prover uma visão referencial orientadora da criação de objetivos e proposições para as cidades. A tendência, hoje, é de ouvir para conciliar e atender os interesses da população, pondo em prática procedimentos comprovadamente eficientes de governança, sustentabilidade, mobilidade, tecnologia e de outras áreas do conhecimento urbano.
Ao se obter um diagnóstico, despontarão nomes de cidadãos talentosos, percebidos como merecedores de respeito, candidatos diferenciados em razão do perfil de competência para consecução de  metas previamente definidas. O caminho para a escolha de um novo prefeito deve ser pavimentado por dados e informações reais e não por palpites ou interesses mesquinhos.

Em 2016, a chance

A maioria dos cidadãos concorda em cem por cento com a ideia de passar a limpo as agendas, praxes, crenças e valores da política. No próximo ano abre-se uma oportunidade para a tão esperada transformação: uma eleição de prefeitos envolvendo 5.570 municípios, espalhados pelos 27 estados brasileiros.

Não se deve ignorar que as pesquisas têm uma missão crucial nesse contexto de 2016: preparar, monitorar e avaliar as expectativas eleitorais, focando especialmente os candidatos e seus planos, desde os primeiros passos. Um destino melhor para uma cidade começa por campanhas racionais, distintas e bem pensadas, a reunir candidatos incisivos, éticos e bem preparados em disputas justas e honestas.

Frequentemente, na etapa preparatória, um punhado de agentes monopolizadores das decisões políticas encobre detalhes cruciais do processo eleitoral, como segredo de estado, excluindo a qualquer custo a participação externa. Constantemente, as lideranças apolíticas acatam esse afastamento induzido, acomodam-se,  omitem-se e deixam de exercer seu poder de defender avaliações, diagnósticos, posições e prognóstico próprios. O desafio está posto.  Contrabalançar, agora, é com você.

Posicionamento, participação e polêmica: receita de democracia eleitoral.