Quando o elogio vem de profissionais competentes, não há como deixar de reproduzir. Eis uma nota que lamenta a ausência, na mídia, de resultados de pesquisas com credibilidade nas últimas eleições municipais.

Pesquisites 
Parece incrível, mas a eleição para prefeito de Curitiba tem mais institutos de pesquisas do que candidatos; e os números são sempre díspares entre si, o que indica que alguns levantamentos podem ser tendenciosos ou manipulados. Faz falta o Instituto Bonilha, liderado por Rogério Bonilha, que durante muitos anos dedicou-se às pesquisas eleitorais do nosso estado, apresentando sempre um elevado grau de confiabilidade e acertos nas suas tabulações.Possui expressivo conhecimento na área de comunicação no que tange ao marketing e consultoria, bem como amplo relacionamento com ícones de diversos setores empresariais.(Pierpaolo Nota – jornalista).

Mídia destaca credibilidade das pesquisas com a grife Bonilha



É bem provável que na sua próxima refeição, beber ou comer, você irá colocar na boca produtos aprovados por outros cidadãos. As pesquisas determinam o que vai para o mercado consumidor e o que não vai. O que é “barrado”, você não consome e talvez nem venha a conhecer. Somente os produtos com aceitação estatisticamente comprovada, resultantes de lançamentos bem sucedidos, chegam a sua mesa. Fora dessa oferta direcionada, claro, há alternativas caseiras ou artesanais.

O Instituto Bonilha acumulou conhecimento e compreensão sobre o mercado de bebidas e alimentos ao longo de dezenas de projetos de pesquisas quantitativas e qualitativas - realizados para grandes empresas e cooperativas - cobrindo todas as etapas, desde a concepção, comunicação, distribuição, posicionamento até o comportamento de escolha e consumo dos produtos.

Para matar sua curiosidade, veja alguns projetos desenvolvidos integralmente, desde o planejamento metodológico até a análise da aplicabilidade dos resultados, que integram a expertise do Instituto Bonilha:

  • estilo de vida e consumo de categorias de produtos em redes de supermercados
  • satisfação com características de alimentos e bebidas servidos em refeições coletivas
  • potencial de mercado para leite vitaminado e outros compostos
  • comportamento de compra de frutas e legumes em mercado municipal
  • comportamento de consumo de produtos alimentícios da região para orientação de política de valorização da produção local
  • estudo sobre o consumo de frango e avaliação de marcas de cooperativas
  • conhecimento e aceitação regional de tipos de arroz
  • comportamento de consumo de guloseimas
  • pré-lançamento de barra de cereais
  • estudo de mercado de cafés solúveis
  • análise do mercado do mercado de biscoitos, macarrão e massas em geral
  • adaptação de marca tradicional para o setor alimentícios
  • degustação de sucos concentrados 
  • brand image tracker para rede de pizzarias
  • censo de marcas de iogurte em pdvs em Minas Gerais e Rio Grande do Sul
  • censo de cerveja em pdvs de bebidas
  • recall de propaganda do açúcar e de café
  • flagrante de compra de frango resfriado
  • testes de degustação: cerveja artesanal, sucos, refrigerantes, etc
  • pré-teste de embalagens de sucos concentrados e chás longa vida
  • pré-teste de embalagens de alimentos pré-cozidos
  • pré-teste de embalagens de linha completa de laticínios
  • pré-teste de embalagens de sucos concentrados e chás longa vida
  • pré-teste de embalagens de farinha de trigo

Some-se à experiência mais de duas décadas de acompanhamento da lembrança de marcas de várias categorias de bebidas e alimentos, por meio da pesquisa anual Top of Mind, feita com consumidores.

O Instituto Bonilha não trata de aspectos específicos da tecnologia alimentar, nutricional ou da química dos alimentos. Dedica-se a pesquisar a relação do produto com o mercado, testando conceitos, nomes comerciais e embalagens. Discute com o mercado sobre variedade, qualidade, concorrência, canais, preço e publicidade. Verifica e analisa como o produto é acolhido, embasando-se em análises sensoriais e testes de aceitação. Quem semeia novos produtos no mercado, colhe bons resultados.

Quem semeia novos produtos no mercado, colhe bons resultados.



O que estão chamando de crise é a imbricação de dois componentes: a situação econômica periclitante, em que os brasileiros foram colocados, com o seu perfil psicológico abalado, afetado em suas crenças e valores. Em democracias bem consolidadas, o caminho natural para mitigar crises é o acerto na escolha dos dirigentes do país.  Mas, por aqui, a um ano de uma nova uma eleição, antevê-se um quadro de generalizada suspeição, um pleito marcado pela imprevisibilidade.

A indecisão tomou conta das mentes dos eleitores que votavam ponderadamente, levando-os ao desatino e ao desvario. O desgosto e a depressão arrebataram os corações daqueles cidadãos que votavam levados pela emoção de uma boa escolha.  Os motivos para tais transtornos já estão se tornando "clássicos" na política brasileira: desconfiança nos candidatos e nos seus apoiadores (todos mentem, são desonestos e incompetentes em maior ou menor escala), desconfiança nas propostas e na propaganda eleitoral (os eleitores aprenderam o conceito depreciativo de marketing político), desconfiança na mídia (reconhecem que tanto os canais digitais como os tradicionais estão comprometidos com as intenções deste ou daquele candidato), desconfiança nas urnas eleitorais (são programadas para tirar o voto de um e passar para outro), desconfiança nos partidos (dezenas deles, pulverizados para confundir o eleitor) e desconfiança nas pesquisas (são manipuladas a favor ou contra).

A tendência de avaliar toda atividade política pelo lado ruim beira o non sense. Abrange até mesmo os parentes, amigos, vizinhos ou colegas (compartilham descrenças semelhantes, portanto são portadores de informações pouco confiáveis). As próprias manifestações públicas não ficam a salvo: tornam-se alvo do descrédito (os cidadãos estariam indo às ruas, ingenuamente, servindo ao propósito de algum partido ou justificando a ação de algum grupo de poder?). Soma-se a isso tudo a certeza de que a mudança de governo, seja qual for e por qual meio ocorra, não terá consequências imediatas ou profundas e, se um dia vier a acontecer, pouco beneficiará suas vidas. Perdura uma forte suspicácia, quase anárquica, de que o governo não serve para nada, não serve a ninguém, exceto a si mesmo.

Em 2016, mais um ciclo se completará. No dia da eleição, implacáveis, irritados e ressentidos, os eleitores estarão frente à urna, decidindo se irão reciclar os personagens da política por meio do voto branco, do voto nulo ou do voto em "qualquer desconhecido" ou se darão sobrevida "aos mesmos".

Milhões de eleitores desiludidos farão a escolha dos novos gestores das cidades em 2016.


Do not miss this! A new puffin is being born. Live.
Dr. Kress founded Project Puffin over 40 years ago in an effort to restore puffins to historic nesting islands in the Gulf of Maine using innovative methods like decoys, mirrors, and recordings to attract birds to suitable nesting sites. Its successes have made it a model around the world. Live: http://tinyurl.com/npzhbh3

Dr. Steve Kress.


Todos reconhecem a importância de ouvir a opinião da população ou de grupos específicos como clientes,funcionários ou eleitores. A internet serve para isto? Nesse super canal de comunicação, de forma confusa ou ordenada, todos podem se manifestar. Enunciam seus estereótipos absurdos ou suas idiossincrasias sensatas, na linguagem coloquial ou científica, em português ou javanês. Há incontáveis convergências e divergências que chegam rolando como pérolas ou devastando como tsunamis. Difícil é analisar, concatenar, sintetizar, extrair dessa miríade o o que é fundamental para orientar um plano, uma ação ou uma simples providência.

Quem precisa tomar decisões impressiona-se com a ressonância da  voz do povo vinda das redes sociais. Acha relevante deslindar os meandros das razões e sentimentos que se entremeiam no mundo virtual, Contudo, sente-se incapaz de deduzir tendências, descobrir oportunidades ou extrair conclusões do interior dessa realidade virtual caótica.

Enquanto as participações se multiplicam na velocidade da luz, as formas consolidadas de ouvir as pessoas ainda são as mais confiáveis, em que pesem as técnicas, ainda experimentais  que começam a surgir para decifrar e categorizar as mensagens da nova Torre Eletrônica de Babel.

Não vim para explicar, vim para confundir. Chacrinha diria o mesmo sobre a Internet?


As informações, por definição, começam a se compor a partir de dados extraídos da realidade. A principal fonte de dados são as pessoas. Uma maneira de extrair os dados que elas detêm é através de entrevistas criteriosas. Atualmente há quatro modalidades de entrevistas amplamente utilizadas nas pesquisas de opinião e mercado, todas elas apresentando vantagens e limitações específicas.

Entrevistas pessoais

Entrevistas presenciais (face-to-face interviews) constituem a forma mais dispendiosa e demorada de obtenção de dados, junto aos respondentes. Todavia, ainda é a melhor maneira de abordar qualquer assunto, principalmente quando envolve algum tipo de demonstração de produto ou assunto complexo.

As entrevistas pessoais transcorrem com muita flexibilidade. Pode-se usar uma quantidade expressiva de perguntas, desdobra-las, repeti-las, ouvir com tranquilidade o entrevistado, inclusive observando-se seus comportamentos não verbais. Há melhor compreensão de respostas espontâneas. É comum o uso de material ilustrativo no seu transcurso, para ser manuseado pelo entrevistado. Um conjunto completo de alternativas de respostas pode ser mostrado em cartões, tornando mais fácil a lembrança e a escolha. Quanto à duração, o contato face-a-face pode durar até uma hora.

Sua maior desvantagem é o custo das equipes, principalmente quando há longos deslocamentos para a consecução das entrevistas. Quanto maior for o número de entrevistas, maior deverá ser a equipe de coleta de dados.

Acaba se tornando também um fator de demora, ao lado de outros, como o tratamento da informação quando proveniente de questionários impressos. A tendência é a de se coletar as respostas em tablets, sendo essa técnica chamada de Computer-Assisted Personal Interviewing (CAPI).

Entrevistas por e-mail

A coleta de dados por meio de um questionário anexado a um e-mail apresenta séria limitação: não se pode prever quantos terão retorno e de onde virão. A experiência com esta técnica revela altos índices de não resposta: o percentual pode variar de 90 a 99%, A representação controlada de variáveis como cidades, regiões, categorias profissionais, sexo, faixa etária, etc, torna-se prejudicada. Ficam sub-representadas, trazendo viés para o resultado geral, em razão de uma amostra proporcionalmente desequilibrada. Assim, essa técnica é apropriada para a investigação de públicos homogêneos, em que não ha exigência de segmentação.

Somam-se às desvantagens a possibilidade de distrações paralelas, a exemplo da leitura e respostas de outros e-mails, vídeo, internet, redes sociais, etc. Diferentemente, as entrevistas pessoais ou por telefone, por estarem transcorrendo num momento único, ficam livres das distrações tecnológicas.

Entrevistas por computador                                                                    

A entrevista por computador (Computer-Assisted Web Interviewing - CAWI) é uma técnica bastante difundida. Por meio dela, o respondente faz o login num web site e fornece suas respostas. Ele digita diretamente em um formulário aberto no seu próprio computador. Os recursos gráficos que a técnica disponibiliza auxiliam o entrevistado a compreender melhor as questões e a respondê-las com conforto e sem pressões externas.

As respostas são captadas numa base de dados, poupando-se o tempo de coleta, digitação, codificação, exigidos por outras formas de obtenção de respostas.

A atual disseminação do uso de computadores permite a cobertura de amplas áreas geográficas.

Entrevistas por telefone                                                                              

As entrevistas pessoais constituíram uma técnica dominante por longo período, até que a pesquisa por telefone (Computer-Assisted Telephone Interviewing - CATI) passou a ser mais difundida. Com a popularização dos telefones, a pesquisa passou a contar com este meio para a localização, identificação e aplicação de entrevistas.

Nesse sistema, o entrevistador conduz a conversa, usando um headset, defronte a um terminal que expõe o questionário. O questionário é armazenado em um servidor, as perguntas são exibidas na tela do computador durante a entrevista, enquanto o entrevistador insere diretamente as respostas por meio de teclado e mouse. Ele lê a questão para o entrevistado e registra de imediato a resposta, diretamente, minimizando erros, inclusive de redirecionamentos de uma resposta para outra questão correlata (pulos ou skips).

Uma das vantagens importantes da CATI, é que ela permite considerável complexidade quanto ao questionário, uma vez que a ramificação é tratada inteiramente pelo computador. Qualquer caminho pode ser seguido através do questionário. O sistema pode ser programado para ir de uma pergunta específica a outra, inclusive mais à frente, quando for o caso. Estes “pulos” podem ter como base o que o entrevistado responde numa única pergunta ou nas respostas a várias perguntas.

Uma desvantagem da pesquisa por telefone é que, em questões de múltipla escolha, as quais permitem várias respostas, torna-se difícil para um entrevistado recordar todas as opções de respostas possíveis. Isto exige que questões desta natureza sejam divididas em perguntas separadas.

No geral, a técnica é bastante flexível para investigar vários assuntos, junto a respondentes institucionais, comerciais ou domésticos. É útil especialmente quando as pessoas a serem entrevistadas estão distantes.

A entrevista telefônica, como no face-a-face, facilita o entrevistador a estabelecer relacionamento com os entrevistados. Indivíduos que poderiam ignorar questionários remetidos por e-mail ou correio e que não iriam responder a certas perguntas podem ser persuadidos a fornecer respostas verdadeiras ao telefone.

Além disso, um entrevistador bem treinado pode reconhecer quando um entrevistado tem alguma dificuldade e, nesse caso, empregar as técnicas apropriadas para orientá-lo, sem comprometer a integridade da entrevista. Exige, claro, uma equipe bem treinada para a finalidade, não podendo ser confundida com telemarketing.

Um plano de amostra representativa e proporcional pode ser concretizado pelo uso de entrevistas telefônicas. É possível estabelecer metas mínimas a serem cumpridas, para garantir a representatividade de região, profissão, classe social e outras variáveis de interesse. Os resultados, desta maneira, poderão ser isolados por subgrupos de informantes ou generalizados para o conjunto do público-alvo investigado.

Tal como na entrevista pessoal, algumas vezes a entrevista telefônica requer agendamento, quando se esclarece o tempo necessário para sua realização (em média 15 e não mais do que 30 minutos). Para a obtenção de uma entrevista, dependendo do público, faz-se até dez tentativas antes da substituição do potencial entrevistado.

Entrevistas por técnica híbrida

A utilização da entrevista online (CAWI), como apoio ou alternativa à pesquisa por telefone (CATI), deixa mais à vontade aqueles informantes que preferem responder as questões com maior prazo e mais liberdade. Desta forma, o entrevistador, depois de contatar o amostrado por telefone, negocia a melhor forma de obter as opiniões e as percepções do entrevistado: se por telefone mesmo ou em formulário disponibilizado num web site, acessado mediante senha, para assegurar o sigilo das respostas.

Melhores produtos, melhores serviços, melhores governos? Somente com o apoio de pesquisas.



Os líderes, executivos e empreendedores vivem nas fronteiras entre riscos e oportunidades, ganhos e perdas, sucessos e insucessos. Dúvidas diárias permeiam os negócios, a política ou a vida profissional. Situações cruciais exigem respostas sobre o que deve ser feito e o que precisa ser evitado ou corrigido para atingir esse ou aquele propósito. Como decidir com segurança?

Nenhuma decisão é isenta de incertezas. Sempre é árdua e mais difícil do que aparenta ser. É comum, nos meios mais conservadores, a espera ou a imobilidade até que o tempo resolva, a tempestade passe ou o milagre aconteça. Claro, a tentação de tomar iniciativas precipitadas deve ser contornada até o encontro de alternativas adequadas. A paralisação só agrava e aprofunda as tensões, crises e instabilidades. Mas, como obter segurança para decidir acertadamente?

A única solução eficiente para o controle, minimização e diluição de riscos, em cenários adversos, é informação, informação e mais informação!

Muito esforço de conhecimento e análise precede uma decisão que trará resultados eficazes e resolução efetiva dos problemas. É indispensável começar pela identificação das tendências que podem afetar planos e projetos, seja nos negócios ou na política. Abordagens quantitativas e qualitativas são recomendadas para a avaliação das propensões, sejam do mercado ou do eleitorado. O intento é a formulação de conceitos inteligentes e a obtenção de números precisos, construindo-se um ponto de partida sólido para a criação de cenários explícitos sobre as incertezas mais críticas.

A sequência desse processo exige tenacidade, frieza e distanciamento crítico. Sem otimismo e autoconfiança exagerados, as consequências a que estes cenários estão sujeitos devem ser bem visualizadas para que sejam desenvolvidas opções estratégicas para cada um deles. Sistemas, procedimentos e competências obrigatoriamente devem ser acionados para dar sustentação às alternativas.

As decisões atingem um grau elevado de maturidade se, de fato, contarem com direções inspiradas e fundamentadas em pesquisas estratégicas, aquelas que fazem o sensoriamento e o monitoramento dos comportamentos de toda a sociedade ou de segmentos prioritários. Sem informação há perda de rumo, agravam-se os riscos e as dúvidas ganham força. Não há plano para o presente ou para o futuro que resista a isto.

Fofoca até pode ser diversão, mas não ajuda na decisão.



Você já deve ter ouvido: "Não é todo mundo que deseja ser empresário. Muitos querem apenas um emprego". Verdade. E o emprego sonhado é o do bom salário, das férias prolongadas, da participação nos resultados, da estabilidade, enfim, garantia de qualidade de vida. Nada há de errado em ser empregado desfrutando todos esses direitos, benefícios e benesses. Afinal, um bom colaborador - aquele que cria, faz, inova, racionaliza e traz riqueza para a empresa - não merece?

Integrar uma corporação pode ser uma melhor alternativa a uma aventura empresarial. O errado é o desdém de algumas empresas pelo seu mais importante capital: o humano. Esquecem que empresa é, acima de tudo, gente ajudando gente.

Será mesmo?

Faz bem ver o sorriso dos funcionários do atendimento. Os gestos meigos da secretária. A tranquilidade do responsável pelo almoxarifado, que se aposentará no próximo ano. O empenho do diretor comercial. Você vê atitudes positivas, motivação, atenção e diálogo em todos os cantos da organização. Um ambiente de trabalho agradável e produtivo. Contudo, se você não convive com eles, pode estar enganado quanto ao clima interno preponderante.

A paz aparente pode ocultar um clima efervescente de batalhas fervilhantes. Mesmo nas organizações consideradas modelo, as disputas e conflitos estão presentes, em geral de forma tácita e subjacente, corroendo o relacionamento pessoal e funcional. Incrível a cegueira, mas algumas são citadas como exemplos em best-sellers da área de RH.

A existência de descontentamento e suas consequências é fato notório no cenário laboral. Quem tem história de trabalho assalariado já presenciou ou vivenciou essa situação. Em algum momento, conviveu com medíocres beneficiários da proteção do escalão superior. Num outro extremo, compartilhou um ambiente bárbaro, onde predadores sem alma mostravam-se loucos para defenestrá-lo por qualquer motivo fútil. Um período marcante e inesquecível! Essa atmosfera afeta a produtividade, traz insatisfação e espraia-se para fora da empresa. Se não houver inteligência do vitimado, no trato da situação, adentra os lares. A organização é sangrada e, quase sempre, não sabe ou fecha os olhos.

Investigar para satisfazer

A única maneira de conhecer de forma impessoal o local de trabalho, em todas as suas nuances, é por meio da pesquisa de clima organizacional. Organizações que contam com algumas dezenas de colaboradores não podem prescindir dessa abordagem para inteirar-se de forma mais profunda e neutra dos fatores corrosivos e desestruturadores. O estado do relacionamento determina a vontade das pessoas de se dedicarem aos objetivos. Um cenário de trabalho, sadio e satisfatório, estimula o sucesso pessoal e as conquistas corporativas.

Entrevistas pessoais ou por meio de formulário eletrônicos, confidenciais, ensejam respostas detalhadas sobre como os colaboradores vêem a empresa e seus colegas. Mais importante: revelam como eles se enxergam no contexto do trabalho. Suas respostas embasam a elaboração de conjuntos de indicadores indispensáveis para o planejamento de políticas efetivas de relacionamento e de produtividade. Tais respostas podem ser fechadas, ou seja, mediante escolha de alternativas sugeridas ou abertas, quando o entrevistado manifesta-se espontaneamente usando suas próprias palavras.

Os institutos de pesquisa em geral não apreciam as respostas livres. Elas exigem um exaustivo trabalho de tratamento, classificação e codificação. Mas compilar dados substanciosos é a parte mais valiosa do estudo. Escoradas na vivência do colaborador, opiniões sinceras não devem ser desprezadas. Ajudam a consubstanciar a situação de cada um, de cada equipe e de todos, num panorama real.

Serviços internos

Cliente interno é sinônimo de funcionário que, usuário, recorre a serviços providenciados por colegas pertencentes a especialidades ou a departamentos distintos. Organizações maiores dependem da fluidez e eficiência desses processos de "compra e venda". O mal funcionamento das trocas dentro da empresa compromete resultados. A pesquisa de clima organizacional pode explorar alguns aspectos da prestação interna de serviços. Todavia, em organizações mais complexas, a pesquisa isolada de avaliação de satisfação os serviços internos é producente pelo detalhamento que comporta. Facilita enfocar especificamente os serviços nas suas peculiaridades.

Para mensurar a satisfação com os serviços internos, a escolha dos itens a serem avaliados nem sempre é pacífica. É comum ocorrer um choque entre a técnica de construção de questionários e o ponto de vista dos profissionais e colaboradores da empresa. Alguns são tomados pela tentação de controlar avaliações pontuais. Temem que os achados da pesquisa possam contrariar suas conveniências dentro da organização. O desconhecimento desse recurso de avaliação os levam a sugerir questões genéricas, almejando resultados subjetivos, na ilusão de questionamentos inócuos. Em organizações pouco democráticas, percebe-se mais claramente o receio de julgamentos supervenientes ou do risco de redução da participação em resultados.

Quem planeja a pesquisa de satisfação dos integrantes de uma corporação deve ficar atento às simplificações perigosas. Assim, qualidade, cortesia, horário  ou agilidade na prestação de um serviço correm risco de serem rotulados com um título único: atendimento. Nessa linha, itens podem ser empurrados e empacotados em categorias mais abrangentes. Outro exemplo: a categoria equipamentos e serviços de TI deve ser deslindada, pois pode virar um composto único de plataformas, aplicativos, correio eletrônico, portal corporativo, acesso à internet, computadores, impressoras e, por que não, telefonia. Uma nota média 9 ou um conceito muito satisfeito pode ser obtido, em razão de quase tudo funcionar muito bem, mas ocultar o essencial: telefones que não funcionam. O ideal é sempre enfocar os serviços de modo distinto e nas suas particularidades.

Não se constrói indicadores reais se não houver um diálogo franco sobre metodologia com todos os níveis de decisão da organização. Há que se definir como será formatado o conjunto de indicadores, condizentemente com o planejamento estratégico dos serviços e estruturas que atendem os clientes internos. Essa conversação abre oportunidade para o colaborador enriquecer a pesquisa ao sugerir alterações vindas da sua prática de uso e fornecimento de serviços internos.

Ouvir o público interno alavanca a produtividade.



Novos governantes! A movimentação nos campos políticos locais inicia-se bem antes do que o eleitor médio imagina. Começando pela confrontação dos nomes com potencial para concorrer. Todos os candidatos, todos os partidos e todos os grupos com impulso politico empregam a pesquisa como a forma mais segura de monitorar o potencial de cada pré-candidato, preferências, clima da disputa e o humor do eleitorado. Impossível delinear qualquer estratégia sem pesquisa, a ferramentas de trabalho vital para o planejamento das ações eleitorais.

Mais sofisticadas, as pesquisas não mais se limitam a buscar percentuais de intenção de voto. A incorporação de inteligência de gestão nas campanhas, por profissionais egressos de cursos de administração e de gestão pública, de marketing e de psicologia, estão impondo uma nova formatação técnica para essa atividade. A orientação puramente inspiracional ou determinada pela experiência personalista está se tornando uma prática superada.

Novidades trazidas do competitivo mundo empresarial, como as plataformas de gestão, sistema de indicadores e modelos estatísticos preditivos, cada vez mais aperfeiçoados, aportam nas corridas eleitorais. E, colaborando com esses recursos, surgem novas modalidades de pesquisas para a aprimorar o conhecimento e a compreensão do comportamento eleitoral, a exemplo do que acontece nos países mais desenvolvidos.

O eleitor preocupa-se com as opções que lhe são apresentadas para conceder seu voto. Não tem interesse em conhecer o que ocorre no interior das campanhas. Exige, sim, uma oferta de candidatos confiáveis e propostas condizentes com suas necessidades. Exatamente o que os novos gestores de campanha, muitos deles jovens profissionais éticos e idealistas, pretendem oferecer, incorporando paradigmas de inovação e eficiência que poderão ser transpostos para as futuras administrações.

Candidatos poderão ter campanhas mais alinhadas com a vontade popular: basta pesquisar.


Até que ponto você conhece realmente o público-alvo do seu produto? Como é o seu consumidor? É atento, seletivo e racionalizador?  É distraído, compra ocasionalmente ou mantém uma rotina de repetição de compra? Gosta de novidades, é um experimentador que adere a inovações? Compra pela marca ou só pelos benefícios?  Propaga e defende sua escolha?

Conhecer a relação entre consumidor e produto induz a decisões mais seguras de marketing. Para isso, o instrumental das pesquisas de mercado está cada vez mais acessível, ajudando nessa tarefa de investigação e análise das atitudes e tendências do público frente aos produtos.

Alguns profissionais de marketing se contentam com a ideia de que os elementos que trouxeram sucesso a um produto podem ser transferidos, na expectativa de obter resultado semelhante. Exceptuando-se alguns casos, enganam-se, porque cada produto tem sua própria essência, estabelecendo uma relação peculiar com o consumidor. O vínculo é único, nem sempre se reproduzindo de forma igual em relação a outro.

Não é difícil conhecer e compreender o que há de essencial na convivência produto-consumidor. Há alguma semelhança com o relacionamento entre duas pessoas. Em ambos os casos, há áreas comuns a serem consideradas. A primeira delas é a origem da relação. Qual foi a faísca que acendeu o interesse de um pelo outro? (Quais aspectos ou características do produto capturaram primeiro a atenção do consumidor?). Na sequência, é preciso saber como essa relação se desenvolve e se consolida: qual é o estilo de vida da outra pessoa e como ela se comporta no dia-a-dia? (Qual o estilo de vida do consumidor e como o produto participa do seu cotidiano?). E mais: como manter estável e melhorar o relacionamento com a outra pessoa? (Como sustentar a popularidade do produto e ganhar a fidelidade do consumidor?). E é vital saber também: o que pode provocar o fim do relacionamento entre duas pessoas? (O que leva consumidor a abandonar um produto e optar por outro?).

Para compreender a natureza, os  pontos fortes e as fragilidades que envolvem a relação entre produto e consumidor, a abordagem das pesquisas mercadológicas pode variar de acordo com uma série de condicionantes. Tudo deve ser pensado:  desde a categoria em que o produto compete no mercado, seu histórico de vendas dentro dessa classe, seu grau de conhecimento público e as atividades da concorrência, até suas vantagens e limitações.

Ao aplicar pesquisas de produtos, deve-se iniciar pela recapitulação dos fatos conhecidos sobre a experiência do consumidor com a marca. Podem ser provenientes de fontes externas, embora muitas informações estejam dentro da própria empresa (dados de venda, distribuição, SAC, etc). O passo seguinte pode ser a condução de pesquisa com metodologia qualitativa, quantitativa ou a combinação de ambas. Depende do que se pretende: lançar uma nova versão do produto, checar a sensibilidade a preços, avaliar embalagens, testar um conceito ou uma nova ideia. A pesquisa qualitativa procura saber aprofundadamente, penetrando no campo subjetivo e no relacionamento humano, buscando causas e consequências de atitudes, tendo o produto como fundo. A pesquisa quantitativa, como a própria denominação sugere, revela a importância numérica das constatações, permitindo generalizações, úteis para a estratégia mercadológica.

A verdade é que o mercado é dinâmico e tende a ser mais fragmentado e heterogêneo para todos os produtos. Em cada segmento, há uma oferta cada vez maior de marcas e variedade. Os consumidores, por sua vez, tendem a se comportar da lealdade à inconstância, da curiosidade à indiferença. Dominar a essência da sua relação com o produto e a marca é o grande desafio para manter essa ligação mais forte e duradoura.

Quem são os consumidores? Como eles avaliam os produtos? Somente as pesquisas explicam.