A colaboração entre a Investigação Apreciativa e a abordagem do Oceano Azul, aliada às técnicas qualitativas e quantitativas da pesquisa de mercado, gera uma sinergia poderosa. Enquanto a Investigação Apreciativa identifica pontos fortes e experiências positivas da organização, a abordagem do Oceano Azul identifica oportunidades de mercado não exploradas. A pesquisa de mercado qualitativa e quantitativa fornece insights precisos sobre as necessidades dos clientes, demandas não atendidas e análise da concorrência, permitindo que a estratégia resultante seja baseada em dados sólidos e ofereça uma proposta de valor única e competitiva.

O QUE É A INVESTIGAÇÃO APRECIATIVA?

A Investigação Apreciativa (Appreciative Inquiry) é uma abordagem que pode ser enquadrada como uma metodologia e um conceito no campo da gestão organizacional e do desenvolvimento humano. Foi desenvolvida por David Cooperrider e Suresh Srivastva na década de 1980.

Essa abordagem se concentra em identificar e ampliar os aspectos positivos e bem-sucedidos de uma organização ou de um sistema, em vez de se concentrar nos problemas e deficiências. A Investigação Apreciativa baseia-se na premissa de que uma organização pode evoluir e prosperar ao identificar e solidificar seus pontos fortes, em vez de corrigir suas fraquezas.

Como metodologia, a Investigação Apreciativa envolve um processo sistemático de descoberta, sonho, design e destino - também conhecido como ciclo 4D. Nesse processo, os participantes são encorajados a refletir sobre experiências passadas positivas, imaginar um futuro desejado e criar estratégias e ações para alcançá-lo.

A Investigação Apreciativa pode ser aplicada em várias áreas do conhecimento, incluindo gestão de recursos humanos, liderança, mudança organizacional, desenvolvimento de equipes e resolução de problemas. Ela promove uma abordagem positiva, colaborativa e voltada para soluções, permitindo que os indivíduos e as organizações alcancem seu potencial máximo ao alavancar seus pontos fortes e recursos positivos. 

O QUE É O OCEANO AZUL?

Oceano Azul é uma abordagem estratégica que pode ser enquadrada como um conceito e uma metodologia no campo da estratégia empresarial. Foi introduzido por W. Chan Kim e Renée Mauborgne em seu livro Estratégia do Oceano Azul (Blue Ocean Strategy), publicado em 2005.

Essa abordagem se concentra na criação de novos espaços de mercado, onde a concorrência é irrelevante ou inexistente. Em vez de competir em mercados saturados e disputados (chamados de "oceano vermelho"), a estratégia do oceano azul busca a criação de um novo mercado, onde a empresa pode operar em condições menos competitivas e aproveitar oportunidades de crescimento significativas.

O conceito do oceano azul sugere que as empresas devem buscar a inovação, a diferenciação e a criação de valor para os clientes, ao invés de competir puramente com base em preço ou características existentes no mercado. A metodologia envolve a identificação de demandas não atendidas ou mal atendidas pelos concorrentes e a formulação de estratégias para criar e capturar valor nesses espaços de mercado não explorados.

Embora a estratégia do oceano azul se relacione principalmente com a área de estratégia empresarial, ela também envolve conceitos e práticas de marketing, inovação e gestão de negócios. Essa abordagem procura proporcionar um novo paradigma para a criação de vantagem competitiva sustentável, abordando aspectos como posicionamento estratégico, segmentação de mercado, criação de valor e diferenciação. 

O QUE É A PESQUISA DE MERCADO?

A pesquisa de mercado desempenha um papel fundamental na combinação da Investigação Apreciativa e a abordagem do Oceano Azul, fornecendo insights valiosos e dados fundamentais para a formulação da estratégia. Aqui estão algumas contribuições e o papel da pesquisa de mercado nessa combinação:

Identificação de demandas não atendidas: a pesquisa de mercado ajuda a identificar demandas não atendidas ou mal atendidas pelos concorrentes. Usando seus recursos é possível compreender as necessidades, desejos e preferências dos clientes, bem como suas insatisfações e problemas não resolvidos. Levanta informações essenciais para identificar oportunidades de criação de valor e desenvolver estratégias de diferenciação.

Análise da concorrência: a pesquisa de mercado permite analisar a concorrência e entender o posicionamento, as estratégias e os pontos fortes dos concorrentes existentes. Isso ajuda a identificar áreas onde os concorrentes estão competindo intensamente (oceano vermelho) e encontrar espaços onde a organização pode se diferenciar e criar um oceano azul. A análise da concorrência fornece insights valiosos sobre lacunas no mercado e possíveis vantagens competitivas.

Validação de hipóteses e ideias: a pesquisa de mercado desempenha um papel importante na validação de hipóteses e ideias geradas pela Investigação Apreciativa e pela abordagem do Oceano Azul. Ela permite testar conceitos, produtos ou serviços em potencial com um grupo de clientes-alvo, coletar feedback e obter insights sobre a viabilidade e aceitação de uma estratégia proposta. Essa validação é crucial para reduzir o risco e aumentar as chances de sucesso na implementação da estratégia.

Monitoramento contínuo do mercado: a pesquisa de mercado também desempenha um papel contínuo na estratégia, fornecendo informações atualizadas sobre as mudanças no mercado, as preferências dos clientes e as tendências emergentes. Esse acompanhamento contínuo ajuda a adaptar e ajustar a estratégia ao longo do tempo, garantindo que a organização continue a atender às demandas dos clientes e se mantenha competitiva.

Em resumo, a pesquisa de mercado complementa a combinação entre a Investigação Apreciativa e a abordagem do Oceano Azul, fornecendo insights sobre as demandas dos clientes, análise da concorrência, validação de ideias e monitoramento do mercado. Essa simbiose permite que a organização tome decisões estratégicas informadas, encontre oportunidades de mercado não exploradas e crie uma vantagem competitiva sustentável

Quer saber mais sobre Oceano Azul e Investigação Apreciativa como abordagens associadas à pesquisa de mercado? O caminho é este: contato360@bonilha.com.br

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A combinação perfeita para criação de estratégias vencedoras: Pesquisa de Mercado + Investigação Apreciativa + Oceano Azul.




O Instituto Bonilha desenvolveu um sistema inovador chamado EVA (Entrevistas Virtuais Aleatórias) para realizar com eficiência pesquisas eleitorais digitais online. Apoiado em inteligência artificial, ciência dos dados, estatística e análise, ganha a adesão espontânea de eleitores que, com segurança, anonimato e comodidade, respondem com rapidez e praticidade ao que pensam e como avaliam os candidatos.

A tecnologia aplicada no EVA afastou os obstáculos enfrentados pelas pesquisas tradicionais. As abordagens comuns, como as entrevistas por telefone e as presenciais, enfrentam uma série de dificuldades que podem comprometer a qualidade e a representatividade dos dados coletados. Entre os desafios estão a acessibilidade limitada, a resistência dos entrevistados e as condições climáticas adversas, que podem dificultar a execução do trabalho de campo.

Por exemplo: acesso a áreas remotas, condomínios fechados, bairros nobres e favelas; distância entre locais destinados à abordagem de entrevistados; custo de deslocamento de equipe; dias de frio, chuva ou muito calor; contatos em horários inconvenientes; participantes com medo de entrevistadores e receio de golpe; risco de fraude no preenchimento de questionários; abordagem em horários inconvenientes; desconfiança por falta de anonimato; demora para emissão de resultados, dentre outros.

As abordagens digitais, tendência irreversível nos países mais desenvolvidos, oferecem autonomia maior, permitindo o alcance de público mais amplo e diversificado, sem as barreiras físicas e tecnológicas que frequentemente limitam as pesquisas analógicas. Essa INDEPENDÊNCIA não apenas facilita o acesso a diferentes segmentos da população, mas também proporciona uma coleta de dados mais eficiente e menos suscetível a fatores externos. Visite-nos: Instituto Bonilha



Na política brasileira, os bastidores de uma campanha eleitoral são povoados por figuras curiosas, muitas vezes desconhecidas do grande público. Além dos tradicionais “companheiros” — colegas de partido que trocam experiências e estratégias — existe uma tropa auxiliar que merece destaque: os campanheiros e os campainheiros.

Campanheiro: é o profissional encarregado de organizar a campanha. Ele articula eventos, coordena equipes e desenha estratégias. Muitos já fazem disso sua profissão — conhecem como ninguém o ritmo frenético das eleições.

Campainheiro: o termo tem origem na prática religiosa de anunciar procissões tocando sinos ou campainhas. Nas campanhas, essa função se traduz em panfletagem e na divulgação da presença do candidato nas ruas, quase como uma "procissão política" em busca de votos.

Experiência antiga: Muitos candidatos ainda dependem exclusivamente das experiências de campanhas passadas e dos palpites de seus companheiros, campanheiros e campainheiros do presente. Porém, repetir fórmulas antigas pode gerar resultados ineficientes ou até desastrosos. O mundo da política mudou.

Pesquisa eleitoral é ferramenta essencial: Ela substitui boatos, traz conhecimento atualizado, identifica riscos súbitos e aponta soluções que geram estabilidade em meio à incerteza. Mais do que isso: suas informações neutras e anônimas fortalecem laços de confiança entre candidatos, mentores e equipe.

Uma campanha bem estruturada, conectada com a realidade e respaldada por pesquisas sérias, ganha força e resiliência para convencer o eleitor — especialmente em tempos em que a dúvida impera e o voto se torna cada vez mais estratégico.

Seja pelas mãos de entrevistadores ou pela inteligência dos robochats, a pesquisa eleitoral é o elo mais direto entre quem quer governar e quem vai escolher.



Nem os especialistas arriscam um palpite. Para Rogério Bonilha, sociólogo, ex-professor da Universidade Federal do Paraná e presidente do Instituto Bonilha, ainda é prematuro lançar qualquer prognóstico sobre as candidaturas e seus desdobramentos, uma vez que o cenário político eleitoral está em constante evolução e, neste caso, uma série de variáveis está em jogo.

Bonilha compara os candidatos a surfistas em um grande campeonato em alto-mar, no qual "cada um procura a onda perfeita para conquistar a vitória". Há, no entanto, correntes submarinas ocultas que podem mudar a direção das ondas a qualquer momento. "Por enquanto, o que temos são especulações, pois pouco se sabe sobre as 'correntes' que podem alterar o cenário político. Assim, é crucial manter uma postura cautelosa e aguardar o desenrolar dos acontecimentos". Essa é a opinião do analista entrevistado pelo jornalista Rene Ruschel, da Revista Carta Capital.

PESQUISA QUALITATIVA REVELA AS CORRENTES OCULTAS DO CENÁRIO POLÍTICO

Em pronunciamentos anteriores, Bonilha justifica a combinação de técnicas de pesquisas para melhor compreensão e previsão de resultados eleitorais. “A pesquisa científica é como um vasto oceano, onde as correntes e ondas desempenham papéis cruciais. Quando se trata de entender atitudes dos eleitores e antever resultados, dois métodos se destacam: pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa”.

Explica que a pesquisa qualitativa é como mergulhar fundo, explorando as profundezas das motivações, pensamentos e atitudes das pessoas. Ela não se limita a números e estatísticas; em vez disso, busca compreender a totalidade dos fenômenos. Ao estudar as correntes subjacentes, a pesquisa qualitativa permite identificar nuances e padrões que não seriam visíveis apenas na superfície. É como monitorar as correntes submarinas ocultas que podem impactar a direção das ondas a qualquer momento.

Por outro lado, as pesquisas quantitativas são como medir a altura e velocidade das ondas. Elas fornecem posições numéricas dos candidatos no ranking, como uma fotografia estática do presente, quantificando comportamentos e preferências dos eleitores. Essas pesquisas são estruturadas, objetivas e baseadas em dados estatísticos. Elas nos dizem quem está liderando a corrida, mas não necessariamente porque ou como o panorama poderá mudar.

Bonilha conclui: “Assim, enquanto a pesquisa qualitativa nos ajuda a identificar as correntes que moldam o futuro do cenário político, as pesquisas quantitativas nos mostram as posições do presente dos candidatos no ranking. Ambas são essenciais: as correntes nos guiam, e as posições nos dão contexto. Como surfistas eleitorais, os candidatos e gestores de campanhas, precisam estar atentos aguardando a "onda perfeita" em direção à vitória, mas sem descuidar das correntes que podem mudar tudo repentinamente”.



Assim como os surfistas precisam estar atentos às correntes e às ondas,
os candidatos e gestores de campanhas precisam estar preparados para tudo.







À medida que nos aproximamos das eleições de 2026, torna-se cada vez mais importante compreender os bastidores do poder político. Mais do que disputas por votos, o processo eleitoral é marcado por estratégias complexas que moldam alianças, influenciam decisões e definem os rumos do país. Inspirados pela teoria dos jogos políticos de Michel Crozier,  renomado sociólogo francês, esta análise busca revelar os mecanismos invisíveis que operam por trás das campanhas e dos discursos públicos.

Jogo da Rebeldia e Contra Rebeldia

Crozier descreve o Jogo da Rebeldia como a resistência à autoridade ou ideologia dominante, objetivando mudanças significativas . Este jogo é frequentemente observado em movimentos sociais e campanhas eleitorais que desafiam o status quo. Em contrapartida, o Jogo da Contra Rebeldia é jogado por aqueles que detêm o poder, utilizando sua posição para manter a ordem e suprimir a rebeldia .

Jogo do Patrocínio e da Aliança

O Jogo do Patrocínio envolve a formação de alianças com superiores, professando lealdade para construir uma base de poder . Este jogo é comum em campanhas eleitorais, onde candidatos buscam o apoio de líderes influentes. Já o Jogo da Aliança é jogado entre pares, formando contratos implícitos para permitir progresso mútuo . Em um contexto eleitoral, isso pode ser visto em coligações partidárias e acordos entre candidatos.

Jogo da Formação de Império e do Orçamento

No Jogo da Formação de Império, indivíduos constroem sua base de poder através de alianças com subordinados . Este jogo é evidente quando candidatos buscam o apoio de eleitores de base. O Jogo do Orçamento é aberto, onde a recompensa são os recursos, não as posições . Em eleições, isso se traduz na alocação de recursos de campanha para ganhar apoio.

Jogo do Expertise e do Lorde

O Jogo do Expertise explora habilidades únicas que outros não possuem . Candidatos com expertise em áreas específicas podem usar isso para ganhar vantagem. O Jogo do Lorde envolve o abuso de autoridade formal sobre os menos poderosos . Este jogo pode ser visto em práticas de clientelismo e abuso de poder.

Jogo dos Candidatos Estratégicos e do Delator

O Jogo dos Candidatos Estratégicos é quando grupos promovem candidatos que representam suas chances, utilizando várias formas de jogo antes de promovê-los formalmente . Este jogo é crucial nas eleições, onde candidatos são cuidadosamente escolhidos e promovidos. O Jogo do Delator envolve o uso de informações privilegiadas para expor comportamentos de pessoas influentes . Em campanhas eleitorais, isso pode ser visto em escândalos e exposições de corrupção.

Conclusão

A análise sobre os jogos políticos oferece uma lente valiosa para entender as estratégias utilizadas nas eleições. A leitura dos jogos políticos descritos por Crozier nos permite enxergar além das aparências e entender como o poder é construído e disputado. Mas como identificar, na prática, quais desses jogos estão sendo jogados pelos candidatos? A resposta está nas pesquisas políticas e eleitorais — tema de outra postagem. Veja aqui: Pesquisas que você não vê




Os jogos políticos são as engrenagens ocultas das campanhas eleitorais, enquanto as pesquisas políticas e eleitorais são as ferramentas que nos permitem enxergar seu funcionamento. Muito além das tradicionais pesquisas de intenção de voto, existem métodos capazes de revelar as estratégias adotadas pelos candidatos, suas alianças, discursos e táticas de influência. Nesta postagem, exploramos como essas pesquisas podem decifrar os jogos descritos por Crozier - tema da postagem anterior.

1. Pesquisas de Opinião Pública

Essas pesquisas podem identificar quais mensagens e propostas dos candidatos estão ressoando mais com os eleitores. Elas podem revelar se os candidatos estão jogando o Jogo da Rebeldia ou o Jogo do Patrocínio, por exemplo, ao medir a percepção dos eleitores sobre a postura dos candidatos em relação à autoridade e alianças.

2. Análise de Discurso

A análise de discursos e declarações públicas dos candidatos pode revelar o Jogo do Expertise ou o Jogo do Lorde. Por meio dessa análise, é possível identificar se os candidatos estão explorando suas habilidades únicas ou abusando de sua autoridade formal.

3. Monitoramento de Redes Sociais

O monitoramento das redes sociais pode fornecer insights sobre o Jogo dos Candidatos Estratégicos e o Jogo do Delator. Analisando as interações e campanhas nas redes sociais, é possível identificar como os candidatos estão sendo promovidos e se estão utilizando informações privilegiadas para expor adversários.

4. Pesquisas de Campo

Pesquisas de campo, como entrevistas e grupos focais, podem revelar o Jogo da Aliança e o Jogo da Formação de Império. Essas pesquisas podem identificar como os candidatos estão formando alianças com pares e construindo suas bases de poder com eleitores de base.

5. Análise de Financiamento de Campanha

A análise dos dados de financiamento de campanha pode revelar o Jogo do Orçamento. Ao examinar como os recursos estão sendo alocados, é possível identificar quais candidatos estão utilizando recursos financeiros para compor suas bases de poder.

6. Estudos de Caso

Estudos de caso de campanhas anteriores podem fornecer insights sobre as estratégias que estão sendo utilizadas atualmente. Esses estudos podem identificar padrões e táticas recorrentes, ajudando a prever os jogos políticos que os candidatos estão jogando.

Conclusão

Combinando diferentes tipos de pesquisa, é possível construir um retrato mais fiel e profundo do cenário político. No entanto, por que essas análises tão ricas e reveladoras permanecem desconhecidas da maioria dos eleitores? Na próxima postagem, vamos entender os motivos que mantêm o público distante dessas informações estratégicas. Veja aqui: Eleitores desinformados 

Pesquisas eleitorais vão muito além dos números de intenção de voto.




Apesar da relevância das pesquisas políticas mais aprofundadas, a maioria dos eleitores ainda se limita a acompanhar apenas os números das intenções de voto. Essa limitação não é fruto do acaso, mas de uma série de fatores que envolvem mídia, educação política, acesso à informação e interesses coletivos. Nesta última postagem da série, baseada na teoria de Crozier, na proximidade das eleições de 2026, vamos refletir sobre os motivos que mantêm os jogos políticos longe do olhar do eleitor comum.

1. Foco da Mídia

A mídia tende a dar mais destaque às pesquisas de intenção de voto porque são mais fáceis de entender e geram manchetes atraentes. Percentuais de votos são informações diretas e imediatas que podem ser facilmente comunicadas ao público.

2. Complexidade das Pesquisas

Pesquisas que analisam estratégias políticas, são mais complexas e requerem um entendimento mais profundo de ciência política e sociologia. Essas pesquisas envolvem conceitos e terminologias que podem não ser familiares ao público em geral.

3. Interesse Público

O público em geral pode ter mais interesse em saber quem está liderando nas pesquisas de intenção de voto do que em entender as estratégias políticas e os jogos de poder que ocorrem nos bastidores. A competição e a "corrida" eleitoral são mais atraentes para muitos eleitores.

4. Acesso Integral aos Resultados

Pesquisas mais detalhadas e análises estratégicas podem não ser tão amplamente divulgadas ou acessíveis ao público. Muitas vezes, essas informações são publicadas em revistas acadêmicas, relatórios especializados ou são utilizadas sigilosamente por campanhas e partidos políticos.

5. Tempo e Recursos

Eleitores podem não ter tempo ou recursos para buscar e entender pesquisas mais detalhadas. As pesquisas de intenção de voto são rápidas e fáceis de consumir, enquanto análises mais profundas exigem mais tempo e esforço para serem compreendidas.

6. Educação Política

Esses fatores contribuem para que as pesquisas de intenção de voto sejam mais conhecidas e discutidas pelo público em geral, enquanto pesquisas mais detalhadas sobre estratégias políticas e jogos de poder permanecem menos acessíveis e compreendidas.

Conclusão

Compreender os jogos políticos e as estratégias dos candidatos exige mais do que acompanhar pesquisas superficiais — exige curiosidade, acesso à informação e educação política. Ao ampliar esse olhar, o eleitor se torna mais consciente e capaz de participar ativamente da construção democrática. Que esta série de três artigos tenha sido um convite à reflexão e ao engajamento político mais profundo.

A maioria dos eleitores parece se contentar com o jogo dos percentuais.