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A combinação perfeita para criação de estratégias vencedoras: Pesquisa de Mercado + Investigação Apreciativa + Oceano Azul. |
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A combinação perfeita para criação de estratégias vencedoras: Pesquisa de Mercado + Investigação Apreciativa + Oceano Azul. |
O Instituto Bonilha desenvolveu um sistema inovador chamado EVA (Entrevistas Virtuais Aleatórias) para realizar com eficiência pesquisas eleitorais digitais online. Apoiado em inteligência artificial, ciência dos dados, estatística e análise, ganha a adesão espontânea de eleitores que, com segurança, anonimato e comodidade, respondem com rapidez e praticidade ao que pensam e como avaliam os candidatos.
Na política brasileira, os bastidores de uma campanha eleitoral são povoados por figuras curiosas, muitas vezes desconhecidas do grande público. Além dos tradicionais “companheiros” — colegas de partido que trocam experiências e estratégias — existe uma tropa auxiliar que merece destaque: os campanheiros e os campainheiros.
Campanheiro: é o profissional encarregado de organizar a campanha. Ele articula eventos, coordena equipes e desenha estratégias. Muitos já fazem disso sua profissão — conhecem como ninguém o ritmo frenético das eleições.
Campainheiro: o termo tem origem na prática religiosa de anunciar procissões tocando sinos ou campainhas. Nas campanhas, essa função se traduz em panfletagem e na divulgação da presença do candidato nas ruas, quase como uma "procissão política" em busca de votos.
Experiência antiga: Muitos candidatos ainda dependem exclusivamente das experiências de campanhas passadas e dos palpites de seus companheiros, campanheiros e campainheiros do presente. Porém, repetir fórmulas antigas pode gerar resultados ineficientes ou até desastrosos. O mundo da política mudou.
Pesquisa eleitoral é ferramenta essencial: Ela substitui boatos, traz conhecimento atualizado, identifica riscos súbitos e aponta soluções que geram estabilidade em meio à incerteza. Mais do que isso: suas informações neutras e anônimas fortalecem laços de confiança entre candidatos, mentores e equipe.
Uma campanha bem estruturada, conectada com a realidade e respaldada por pesquisas sérias, ganha força e resiliência para convencer o eleitor — especialmente em tempos em que a dúvida impera e o voto se torna cada vez mais estratégico.
Seja pelas mãos de entrevistadores ou pela inteligência dos robochats, a pesquisa eleitoral é o elo mais direto entre quem quer governar e quem vai escolher. |
Nem os especialistas arriscam um palpite. Para Rogério Bonilha, sociólogo, ex-professor da Universidade Federal do Paraná e presidente do Instituto Bonilha, ainda é prematuro lançar qualquer prognóstico sobre as candidaturas e seus desdobramentos, uma vez que o cenário político eleitoral está em constante evolução e, neste caso, uma série de variáveis está em jogo.
Bonilha compara os candidatos a surfistas em um grande campeonato em alto-mar, no qual "cada um procura a onda perfeita para conquistar a vitória". Há, no entanto, correntes submarinas ocultas que podem mudar a direção das ondas a qualquer momento. "Por enquanto, o que temos são especulações, pois pouco se sabe sobre as 'correntes' que podem alterar o cenário político. Assim, é crucial manter uma postura cautelosa e aguardar o desenrolar dos acontecimentos". Essa é a opinião do analista entrevistado pelo jornalista Rene Ruschel, da Revista Carta Capital.
PESQUISA QUALITATIVA REVELA AS CORRENTES OCULTAS DO CENÁRIO POLÍTICO
Em pronunciamentos anteriores, Bonilha justifica a combinação de técnicas de pesquisas para melhor compreensão e previsão de resultados eleitorais. “A pesquisa científica é como um vasto oceano, onde as correntes e ondas desempenham papéis cruciais. Quando se trata de entender atitudes dos eleitores e antever resultados, dois métodos se destacam: pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa”.
Explica que a pesquisa qualitativa é como mergulhar fundo, explorando as profundezas das motivações, pensamentos e atitudes das pessoas. Ela não se limita a números e estatísticas; em vez disso, busca compreender a totalidade dos fenômenos. Ao estudar as correntes subjacentes, a pesquisa qualitativa permite identificar nuances e padrões que não seriam visíveis apenas na superfície. É como monitorar as correntes submarinas ocultas que podem impactar a direção das ondas a qualquer momento.
Por outro lado, as pesquisas quantitativas são como medir a altura e velocidade das ondas. Elas fornecem posições numéricas dos candidatos no ranking, como uma fotografia estática do presente, quantificando comportamentos e preferências dos eleitores. Essas pesquisas são estruturadas, objetivas e baseadas em dados estatísticos. Elas nos dizem quem está liderando a corrida, mas não necessariamente porque ou como o panorama poderá mudar.
Bonilha conclui: “Assim, enquanto a pesquisa qualitativa nos ajuda a identificar as correntes que moldam o futuro do cenário político, as pesquisas quantitativas nos mostram as posições do presente dos candidatos no ranking. Ambas são essenciais: as correntes nos guiam, e as posições nos dão contexto. Como surfistas eleitorais, os candidatos e gestores de campanhas, precisam estar atentos aguardando a "onda perfeita" em direção à vitória, mas sem descuidar das correntes que podem mudar tudo repentinamente”.
À medida que nos aproximamos das eleições de 2026, torna-se cada vez mais importante compreender os bastidores do poder político. Mais do que disputas por votos, o processo eleitoral é marcado por estratégias complexas que moldam alianças, influenciam decisões e definem os rumos do país. Inspirados pela teoria dos jogos políticos de Michel Crozier, renomado sociólogo francês, esta análise busca revelar os mecanismos invisíveis que operam por trás das campanhas e dos discursos públicos.
Jogo da Rebeldia e Contra Rebeldia
Crozier descreve o Jogo da Rebeldia como a resistência à autoridade ou ideologia dominante, objetivando mudanças significativas . Este jogo é frequentemente observado em movimentos sociais e campanhas eleitorais que desafiam o status quo. Em contrapartida, o Jogo da Contra Rebeldia é jogado por aqueles que detêm o poder, utilizando sua posição para manter a ordem e suprimir a rebeldia .
Jogo do Patrocínio e da Aliança
O Jogo do Patrocínio envolve a formação de alianças com superiores, professando lealdade para construir uma base de poder . Este jogo é comum em campanhas eleitorais, onde candidatos buscam o apoio de líderes influentes. Já o Jogo da Aliança é jogado entre pares, formando contratos implícitos para permitir progresso mútuo . Em um contexto eleitoral, isso pode ser visto em coligações partidárias e acordos entre candidatos.
Jogo da Formação de Império e do Orçamento
No Jogo da Formação de Império, indivíduos constroem sua base de poder através de alianças com subordinados . Este jogo é evidente quando candidatos buscam o apoio de eleitores de base. O Jogo do Orçamento é aberto, onde a recompensa são os recursos, não as posições . Em eleições, isso se traduz na alocação de recursos de campanha para ganhar apoio.
Jogo do Expertise e do Lorde
O Jogo do Expertise explora habilidades únicas que outros não possuem . Candidatos com expertise em áreas específicas podem usar isso para ganhar vantagem. O Jogo do Lorde envolve o abuso de autoridade formal sobre os menos poderosos . Este jogo pode ser visto em práticas de clientelismo e abuso de poder.
Jogo dos Candidatos Estratégicos e do Delator
O Jogo dos Candidatos Estratégicos é quando grupos promovem candidatos que representam suas chances, utilizando várias formas de jogo antes de promovê-los formalmente . Este jogo é crucial nas eleições, onde candidatos são cuidadosamente escolhidos e promovidos. O Jogo do Delator envolve o uso de informações privilegiadas para expor comportamentos de pessoas influentes . Em campanhas eleitorais, isso pode ser visto em escândalos e exposições de corrupção.
Conclusão
A análise sobre os jogos políticos oferece uma lente valiosa para entender as estratégias utilizadas nas eleições. A leitura dos jogos políticos descritos por Crozier nos permite enxergar além das aparências e entender como o poder é construído e disputado. Mas como identificar, na prática, quais desses jogos estão sendo jogados pelos candidatos? A resposta está nas pesquisas políticas e eleitorais — tema de outra postagem. Veja aqui: Pesquisas que você não vê
Os jogos políticos são as engrenagens ocultas das campanhas eleitorais, enquanto as pesquisas políticas e eleitorais são as ferramentas que nos permitem enxergar seu funcionamento. Muito além das tradicionais pesquisas de intenção de voto, existem métodos capazes de revelar as estratégias adotadas pelos candidatos, suas alianças, discursos e táticas de influência. Nesta postagem, exploramos como essas pesquisas podem decifrar os jogos descritos por Crozier - tema da postagem anterior.
1. Pesquisas de Opinião Pública
Essas pesquisas podem identificar quais mensagens e propostas dos candidatos estão ressoando mais com os eleitores. Elas podem revelar se os candidatos estão jogando o Jogo da Rebeldia ou o Jogo do Patrocínio, por exemplo, ao medir a percepção dos eleitores sobre a postura dos candidatos em relação à autoridade e alianças.
2. Análise de Discurso
A análise de discursos e declarações públicas dos candidatos pode revelar o Jogo do Expertise ou o Jogo do Lorde. Por meio dessa análise, é possível identificar se os candidatos estão explorando suas habilidades únicas ou abusando de sua autoridade formal.
3. Monitoramento de Redes Sociais
O monitoramento das redes sociais pode fornecer insights sobre o Jogo dos Candidatos Estratégicos e o Jogo do Delator. Analisando as interações e campanhas nas redes sociais, é possível identificar como os candidatos estão sendo promovidos e se estão utilizando informações privilegiadas para expor adversários.
4. Pesquisas de Campo
Pesquisas de campo, como entrevistas e grupos focais, podem revelar o Jogo da Aliança e o Jogo da Formação de Império. Essas pesquisas podem identificar como os candidatos estão formando alianças com pares e construindo suas bases de poder com eleitores de base.
5. Análise de Financiamento de Campanha
A análise dos dados de financiamento de campanha pode revelar o Jogo do Orçamento. Ao examinar como os recursos estão sendo alocados, é possível identificar quais candidatos estão utilizando recursos financeiros para compor suas bases de poder.
6. Estudos de Caso
Estudos de caso de campanhas anteriores podem fornecer insights sobre as estratégias que estão sendo utilizadas atualmente. Esses estudos podem identificar padrões e táticas recorrentes, ajudando a prever os jogos políticos que os candidatos estão jogando.
Conclusão
Combinando diferentes tipos de pesquisa, é possível construir um retrato mais fiel e profundo do cenário político. No entanto, por que essas análises tão ricas e reveladoras permanecem desconhecidas da maioria dos eleitores? Na próxima postagem, vamos entender os motivos que mantêm o público distante dessas informações estratégicas. Veja aqui: Eleitores desinformados
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Pesquisas eleitorais vão muito além dos números de intenção de voto. |
Apesar da relevância das pesquisas políticas mais aprofundadas, a maioria dos eleitores ainda se limita a acompanhar apenas os números das intenções de voto. Essa limitação não é fruto do acaso, mas de uma série de fatores que envolvem mídia, educação política, acesso à informação e interesses coletivos. Nesta última postagem da série, baseada na teoria de Crozier, na proximidade das eleições de 2026, vamos refletir sobre os motivos que mantêm os jogos políticos longe do olhar do eleitor comum.
1. Foco da Mídia
A mídia tende a dar mais destaque às pesquisas de intenção de voto porque são mais fáceis de entender e geram manchetes atraentes. Percentuais de votos são informações diretas e imediatas que podem ser facilmente comunicadas ao público.
2. Complexidade das Pesquisas
Pesquisas que analisam estratégias políticas, são mais complexas e requerem um entendimento mais profundo de ciência política e sociologia. Essas pesquisas envolvem conceitos e terminologias que podem não ser familiares ao público em geral.
3. Interesse Público
O público em geral pode ter mais interesse em saber quem está liderando nas pesquisas de intenção de voto do que em entender as estratégias políticas e os jogos de poder que ocorrem nos bastidores. A competição e a "corrida" eleitoral são mais atraentes para muitos eleitores.
4. Acesso Integral aos Resultados
Pesquisas mais detalhadas e análises estratégicas podem não ser tão amplamente divulgadas ou acessíveis ao público. Muitas vezes, essas informações são publicadas em revistas acadêmicas, relatórios especializados ou são utilizadas sigilosamente por campanhas e partidos políticos.
5. Tempo e Recursos
Eleitores podem não ter tempo ou recursos para buscar e entender pesquisas mais detalhadas. As pesquisas de intenção de voto são rápidas e fáceis de consumir, enquanto análises mais profundas exigem mais tempo e esforço para serem compreendidas.
6. Educação Política
Esses fatores contribuem para que as pesquisas de intenção de voto sejam mais conhecidas e discutidas pelo público em geral, enquanto pesquisas mais detalhadas sobre estratégias políticas e jogos de poder permanecem menos acessíveis e compreendidas.
Conclusão
Compreender os jogos políticos e as estratégias dos candidatos exige mais do que acompanhar pesquisas superficiais — exige curiosidade, acesso à informação e educação política. Ao ampliar esse olhar, o eleitor se torna mais consciente e capaz de participar ativamente da construção democrática. Que esta série de três artigos tenha sido um convite à reflexão e ao engajamento político mais profundo.
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A maioria dos eleitores parece se contentar com o jogo dos percentuais. |
Este post apresenta
o conceito de imperfeicionismo aplicado à política eleitoral, propondo um
framework adaptativo que valoriza a experimentação contínua e o aprendizado
incremental em vez da busca pela perfeição.
O imperfeicionismo
é uma abordagem estratégica que prioriza a experimentação contínua e o
aprendizado incremental em vez da busca pela perfeição. Essa metodologia é
fundamentada em princípios de adaptação e aprendizado em ambientes
complexos.
- Experimentação
controlada em microterritórios para validação de propostas.
- Aprendizado
contínuo com monitoramento em tempo real e adaptação dinâmica.
- Construção
progressiva de uma base de apoio através de feedback real.
A estratégia de
implementação do imperfeicionismo envolve microtestes territoriais e
engajamento progressivo. Essa abordagem permite ajustes rápidos e
escalabilidade baseada em resultados.
- Divisão do
eleitorado em células de teste para diferentes abordagens regionais.
- Início com
pequenos grupos focais, expandindo para comunidades maiores.
- Medição de
resultados e ajustes rápidos para maximizar a efetividade.
A metodologia
prática do imperfeicionismo é composta por um processo de experimentação e um
sistema de medição. Isso garante que as iniciativas sejam constantemente
avaliadas e ajustadas.
- Fase 1 inclui
microiniciativas como reuniões comunitárias e propostas piloto.
- Coleta de
feedback imediato para ajustes contínuos.
- Pesquisas
qualitativas e métricas de engajamento social para avaliação.
O imperfeicionismo
se diferencia do método tradicional ao adotar uma abordagem adaptativa e
personalizada. Isso resulta em um ciclo de implementação mais eficaz. Abordagem
tradicional utiliza plataformas fixas e pesquisas grandes, enquanto a
imperfeicionista foca em propostas adaptativas e microtestes contínuos.
- Ciclo de
implementação: Teste → Avaliação → Ajuste → Expansão.
As vantagens
diretas do imperfeicionismo incluem a redução de riscos e maior efetividade nas
campanhas.
- Essa abordagem
permite uma melhor alocação de recursos e engajamento autêntico.
- Minimização de
erros em grande escala e identificação precoce de problemas.
- Mensagens mais
precisas e melhor alocação de recursos.
As recomendações
práticas para a implementação inicial do imperfeicionismo incluem a
estruturação de equipes ágeis e a execução de projetos-piloto. Isso facilita a
adaptação e a resposta rápida às necessidades do eleitorado.
- Criar equipes
ágeis e estabelecer canais de feedback rápido.
- Iniciar com
projetos-piloto e manter flexibilidade estratégica.
As adaptações ao
contexto brasileiro consideram fatores regionais e aspectos legais. Isso
garante que a implementação do imperfeicionismo seja eficaz e em conformidade
com a legislação eleitoral.
- Diversidade
cultural e diferenças socioeconômicas são levadas em conta.
- Necessidade de
conformidade com a legislação eleitoral e transparência nas
experimentações.
Os principais
aprendizados do imperfeicionismo incluem vantagens competitivas e desafios a
serem superados. A abordagem enfatiza a importância da agilidade decisória e
do monitoramento contínuo.
- Maior capacidade
de adaptação e melhor compreensão do eleitorado.
- Necessidade de
equilíbrio entre consistência e adaptação.
As recomendações
finais para o desenvolvimento contínuo do imperfeicionismo incluem a criação de
ciclos regulares de revisão e a manutenção da flexibilidade estratégica. Isso
assegura que as organizações permaneçam responsivas às mudanças.
- Estabelecer
métricas claras de sucesso e manter comunicação transparente.
- Investir em
análise de dados e cultivar relacionamentos comunitários.
A distinção entre
iteração e interação é crucial para a compreensão do imperfeicionismo. Iteração
refere-se a processos de repetição sistemática, enquanto interação envolve
troca e relacionamento.
- Iteração: foco em
repetição e melhoria, com um processo cíclico e sequencial.
- Interação: foco
em troca e relacionamento, com um processo dinâmico e relacional.
As aplicações
práticas de iteração e interação se manifestam em diversos contextos, como
desenvolvimento de software e comunicação humana. Ambas são essenciais
para a implementação do imperfeicionismo.
- Iteração é
utilizada em desenvolvimento de produtos e no método científico.
- Interação é
aplicada em comunicação humana e dinâmicas sociais.
Os componentes
iterativos e interativos são fundamentais para o imperfeicionismo, permitindo
ciclos de experimentação e adaptação ao contexto. Essa combinação potencializa
os resultados.
- Ciclos de
experimentação e refinamento progressivo são essenciais.
- Feedback do
ambiente e colaboração entre equipes são cruciais para a adaptação.
O imperfeicionismo,
como abordagem estratégica, distingue-se da simples imperfeição por ser um
método intencional e estruturado que valoriza a experimentação contínua e o
aprendizado incremental. Enquanto a imperfeição na política pode ser vista
como falhas ou inconsistências não planejadas, o imperfeicionismo reconhece e
utiliza essas características como parte do processo de adaptação e
evolução.
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Transformação das campanhas eleitorais: do mundo analógico para o digital. |