Como renovar as cidades? Como implantar novos cenários e paisagens? Como melhorar os serviços públicos de saúde, segurança, educação e transporte coletivo? Como aperfeiçoar processos de gestão pública? Como envolver os cidadãos? Como fazer tudo isso sem cair na mesmice?

O debate sobre inovação no planejamento e na gestão urbana torna-se oportuno e indispensável neste momento de revisar tudo: Planos Diretores, Estatuto da Metrópole, Estatuto das Cidades, Planos de Mobilidade e tantos outros. E à luz dos novos conceitos de sustentabilidade urbana: Cidade Inteligente, Cidade Digital, Cidade Verde e assim por diante.

A impossibilidade de inovar todas as dimensões da cidade exige um olhar mais focado nas prioridades, abrangendo todos os tópicos das áreas de segurança, saúde, educação e mobilidade. Mesmo priorizando-as-prioridades, ou seja, concentrando-se em  atuar somente no essencial, há muito a se fazer. Inevitável a dificuldade de "fazer mais com menos", particularmente na saúde e segurança. Abrem-se, então, os portões das cidades para os profissionais competentes dotados de visão criativa, planejadores e gestores públicos aptos para estrategizar e executar. Seu esforço não estaria focado na produção de soluções inovadoras originais, raras, mas na importação e adaptação de boas-práticas exitosas, mesmo se procedentes de cidades do exterior. A troca de experiências para a conhecimento, compreensão, ajuste e aplicação de soluções renovadoras é cada vez mais imprescindível.

Participação do cidadão

Em paralelo, há que se disseminar novos valores à comunidade, angariando-se seu engajamento e estimulando-se a prática da cidadania. Este exercício de se manter cidadão é diário, e se concretiza no desempenho de um papel, por menor que seja, no destino da cidade. Pode ser a execução de uma simples tarefa, como a de separar o lixo ou a defesa de um conceito mais complexo, sobre violência urbana, numa reunião de professores.

A grandeza da missão de renovar as cidades requer a superação de limites. Uma cidade não terá futuro se excluir seus cidadãos desse processo. Não mais pertence e nem mais é da alçada exclusiva do governo, mesmo do municipal. Setores da sociedade precisam se entrelaçar num esforço comum, como os conselhos profissionais, as federações da indústria e do comércio, as universidades, associações e, por que não, as empresas, profissionais liberais, etc. Sem desmerecer os engenheiros de tráfego e suas simulações geo-referenciadas,  por que não integrar,  na busca de soluções de mobilidade, os motoristas de táxi e de ônibus, velhos conhecedores das mazelas do trânsito?

Nos novos tempos, os institutos de planejamento urbano, as secretarias com a mesma finalidade e assemelhados, devem recuperar seu papel e adquirir maior eficiência. As cidades precisam de centros de excelência, enfatizando a pesquisa e o desenvolvimento, que tragam resultados significativos e mensuráveis, mas convivendo com as manifestações técnicas originárias da sociedade civil. E, em dose maior, as manifestações humanas dos seus cidadãos.

O Sr. Lego é um cidadão sem poder de influência sobre sua cidade. Se fosse entrevistado diria:
"sinto-me como se fosse um boneco, nas mãos do governo e vivendo numa cidade fictícia".


Grupos focais (focus groups) realizados com jovens, nas proximidades de eleições, mostram o drama da exposição à violência urbana a que estão submetidos esses cidadãos brasileiros. Sentem-se desprotegidos quando circulam, sozinhos ou acompanhados, nas idas e vindas para a escola ou para o trabalho e nas andanças de lazer e entretenimento. Vivem dois papéis. Como vítimas potenciais, sofrem medo. Como suspeitos, preconceito.

Em todo lugar as mesmas queixas e constatações. Especialmente quando são menores e habitantes de regiões desfavorecidas ou periféricas, afirmam receber tratamento indigno. São vistos com desconfiança tanto por parte de civis quanto pela polícia. No caso da polícia, na  ausência de regras objetivas, informação e treinamento, a abordagem segue a intuição. E essa é influenciada pela aparência, roupa, corte de cabelo, cor da pele, tatuagem, dentre outros sinais. As condições do bairro e da habitação passam também a integrar a classificação.

Na mesma linha, os cidadãos comuns pautam sua conduta em julgamentos preconcebidos. Mantêm distância, aguardam, atravessam a rua para não cruzar com jovens. Quando dirigindo, não é incomum que prefiram avançar o sinal vermelho para não arriscar contato visual ou verbal com algum deles presente nas cercanias.

A causa dessa cautela excessiva entre todos, dessa desumana prevenção, desse receio desmesurado, está na gravidade da situação, que gera um fluxo intermitente de notícias verdadeiras sobre a violência. Violência ininterrupta que tira o gosto pela vida, quando não a própria vida. Violência gritante que coloca o pais no topo vergonhoso das estatísticas mundiais.

Nova eleição se aproxima e o horário eleitoral será palco para a exploração da insegurança das famílias e das comunidades. Eleitores saberão que os candidatos conhecem a demanda e que estão cientes sobre a necessidade de se fazer algo. E, novamente, as tão esperadas propostas de solução para esse descalabro virão. Virão, como sempre, fantasiadas de ... mais módulos... mais viaturas... mais efetivos... mais armamentos... Como se a quantidade de votos fosse proporcional à quantidade prometida. Que tal mais... muito mais inteligência?

Pesquisa: jovens não acreditam no poder do voto para resolver violência contra eles.


O intrigante é que as regiões mais beneficiadas por políticas de promoção social, implementadas pelos últimos governos, registraram índices de criminalidade elevados. O argumento da pobreza ser a gestante do criminoso, frente aos últimos números do IBGE, frustra os defensores da tese. O crescimento da criminalidade está a merecer, portanto, explicações menos simplistas. E medidas efetivas. É lamentável que o jovem seja o alvo deste problema. 

O assunto menor infrator, na ausência de uma discussão mais aprofundada, parece enveredar por um caminho inconveniente: seus delitos e contravenções continuam recebendo uma cobertura inapropriada dos meios de comunicação.

O adolescente, como é sabido, carece de uma grande necessidade de aprovação do seu grupo de referência, a que pertence e ao qual presta contas. Na busca de reconhecimento, expõe-se inconsequentemente a riscos, movido pela rebeldia natural e típica da idade, muitas vezes estimulada por adultos criminosos. Afinal, o caráter exibicionista, desregulado nessa fase da vida, pode contribuir para incitá-los a obter destaque no grupo, prestando-se a práticas nada saudáveis e socialmente repreensíveis.

Nas recorrentes abordagens de fatos negativos pela mídia, relativas aos desatinos cometidos pelos menores, não se percebe  o necessário cuidado para evitar a consolidação dessa aura de onipotência que cerca o mundo dessas não mais crianças e ainda não adultos. Frequentemente emerge o inevitável assombro e indignação da sociedade diante da enxurrada de noticias sobre seus desvios comportamentais. Constata-se uma superexposição midiática do menor que comete roubos, crimes e assassinatos.

A espetacularização dos seus atos, a dramatização das reportagens, assegura-lhes um reconhecimento positivo perante seus pares delinquentes, embora desastrosos para as vítimas. A própria audiência vive a dualidade de deplorar e, ao mesmo tempo, sentir-se capturada pelas histórias dessas celebridades negativas.  Esse drama social, muitas vezes, adquire dimensão de aventura cinematográfica, conferindo poder a seus protagonistas que continuarão a empregá-lo predadoramente. Quando ocorre assalto, latrocínio, agressão ou estupro, a ênfase da notícia passa a ser os atores, quando cometidos por menores. A violência é o fato em si, independentemente de quem a cometeu. Quando o praticante menor ganha destaque na ocorrência policial, incorre-se no risco de imprimir um reforço às ações infratoras desse segmento, dando-lhes uma visibilidade altamente compensadora.

Hoje o menor infrator tem um lugar quase de honra dentro das quadrilhas criminosas, porque cabe a eles assumir a responsabilidade pelas ações mais violentas, já que os maiores correm risco de serem seriamente penalizados. O menor expiatório passou a fazer parte do arsenal das quadrilhas criminosas. Aqueles meninos de 14, 16 ou quase 18 anos, praticamente inimputáveis, carregam as armas e são encarregados de dispará-las. Heróis nas gangues e, quando muito, "apreendidos" pela sociedade.

A mídia deve ter cuidado para não enaltecer esses desatinos e esses personagens para não criar novos “comando qualquer coisa da capital”. Aliás, ao nominar essas facções ou batizá-las com siglas, em letras maiúsculas, a mídia empresta-lhes legitimação, distinção, um brilho de poder, sugerindo uma conotação aventuresca ou videogâmica.
Números do IBGE assuntam: violência envolvendo os jovens aumenta, apesar do combate à pobreza.



Capítulo 1: Um por todos! Todos por um!

Por gerações, o lema Um por todos! Todos por um! consagrou-se como um verdadeiro slogan dos heróis Os Três Mosqueteiros. Este brado, que sintetiza um ideal, transcendeu os limites do original de Alexandre Dumas, o autor, e inspirou centenas de versões livres no cinema, teatro, música e quadrinhos. Obras que enaltecem o valor da lealdade, da amizade e do apoio mútuo para a consecução de um objetivo. Atuando de forma sistêmica - cada parte integrada ao todo e o todo pela parte -  os personagens inseparáveis tornaram-se invencíveis.  Athos, Porthos e Aramis - sob a liderança do hábil D’Artagnan - alcançaram a posteridade, por exprimirem o sonho de conseguir vitoriosamente o que se quer.

A imaginação desdobra-se em realidade. Os novos mosqueteiros, agora cidadãos consumidores e cidadãos, estão a perseguir o mesmo fim: obter o necessário de forma vantajosa, conquistando vitórias nas batalhas do “ter” para “ser”. As espadas dos três mosqueteiros, instrumentos que asseguravam conquistas, transformaram-se, multiplicaram-se em número e cresceram em alcance.
Converteram-se em poderosos dispositivos eletrônicos, manejados interativamente,  não apenas por 3 - mas por 3 mil, 3 milhões ou 3 bilhões - gigantescos números de pessoas, entrelaçadas nas redes sociais. As decisões passaram a ser embasadas na troca de informações e os efeitos delas sofrem avaliações coletivas.

São eles Os Três Bilhões de Mosqueteiros, número de usuários da Internet, disseminados em inúmeras comunidades virtuais, batalhando ativamente por valores que o mercado e a política tradicionais ainda insistem em não reconhecer.

Capítulo 2: Um para Um!

A união faz a força, não se discute. Mas a combinação de esforços e de pensamentos não exige despersonalização. Cada um dos mosqueteiros – no caso, consumidor ou eleitor - possui características específicas a demandar respeito e potencialidades individuais a serem realizadas. Assim, o novo século trouxe uma nova sigla: CX – traduzida como experiência do consumidor (Costumer eXperience).

Indústria, comércio, prestadores de serviços ou governos estão encarando de frente a urgência de colocar em primeiro lugar a percepção do indivíduo e, sobretudo, preparar cenários para que sua experiência seja satisfatória, de preferência excelente. Para que isto ocorra, todas as etapas que levam à sensação final do cliente ou cidadão devem ser cuidadosamente pesquisadas: conhecimento, compreensão, aplicação, uso, análise, julgamento e defesa que faz do produto ou serviço. O sucesso é constatado pela aceitação, pela fidelização e pela propagação daquilo que é aceito.

Um dos focos estratégicos mais relevantes, inevitável, será conduzir o cidadão consumidor para o centro de todos os processos, proporcionando-lhe momentos gratificantes. Isto porque o seu pensamento, sobre aquilo que aspira e adquire, não é mais prisioneiro do anonimato. Mais cedo ou mais tarde estará registrado na mídia social, seja positiva ou negativamente.

Atentas às mudanças de perspectiva, as organizações empresariais e políticas passam a modificar seus procedimentos: impõem-se a orientação de visualizar a pessoa do consumidor ou eleitor como núcleo de todos as deliberações e iniciativas. Da mesma maneira como o mercado vai se adequando às exigências de individualização, a política bem sucedida será a do reconhecimento das especificidades do cidadão. Não há como fugir desta pressão social direcionada ao empoderamento do indivíduo.

Customização não basta

A centralidade não se esgota na customização do produto ou serviço a grosso modo, como entendidas pelo marketing até há pouco. Isto é apenas uma parte. É mais do que “deixar a mercadoria no gosto do freguês”. Nem basta “atender o cliente” considerando o seu segmento, nem mesmo o micro-target a que pertence. O relacionamento Um para Um requer um alinhamento com “sintonia fina”. É um atendimento diferenciado de “alguém com nome, características e necessidades próprias”,  fundado no conhecimento das suas  exigências, por mais pueris que sejam. Deve levar em conta o seu raio X e o seu jeito de ser, inferidos de dados analíticos. Cada contato, em cada etapa, deve ser consistente e destinado a compor uma convivência duradoura, superior às transações efêmeras meramente comerciais.

O exemplo mais comum é o dos aplicativos, onde o usuário pode ajustar pessoalmente funcionalidades ou obter, por chat, alterações exclusivas para atender suas preferencias pessoais. Numa rede de  lavanderias não mais se estranha ao surgir a pergunta: “Dona Bianca, a senhora ainda quer suas camisas brancas em cabides brancos?”.  As meias de tamanho único, que serviam a todos indistintamente,  estão fadadas ao desaparecimento. Aliás, as medidas corporais dos clientes, tecidos e cores preferidas, em breve estarão gravadas nos softwares das indústrias de confecção. Drones começam a fazer entregas de pizzas ou medicamentos.

Pesquisando a experiência

Para avaliar a CX, experiência do ser humano no seu papel de consumidor ou eleitor, não é suficiente aferir sua satisfação com o produto ou serviço em si. Mais do que percentuais de aprovação, torna-se imprescindível que empresas, entidades e governos acompanhem o percentual de centralidade. Este tipo de pesquisa revela o impacto da proximidade, relacionamento e envolvimento em co-criação de soluções - na geração da satisfação dos mosqueteiros do século XXI.

Três bilhões de mosqueteiros em luta por seus sonhos e direitos.



A frase "navegar é preciso, viver não é preciso" marcava situações extremas no antigo mundo romano. O navegar arriscado sobrepunha-se à vida, quando se tratava de salvar a cidade da fome ou dos inimigos.Contemporaneamente, na parte privilegiada do planeta, procura-se o equilíbrio entre o ganha-pão e os regalos da vida.

Vida x trabalho

O distanciamento da realidade conhecida – fugir para paragens próximas ou para paisagens perdidas –– traz um leque de escolhas. Da sua concretização brotam sentimentos de felicidade, admiração, ternura, solidariedade, medo e angustia.  A agenda informal, não aquela traçada a serviço de outros, é o futuro nas próprias mãos. O que vem pela frente pode ser programado com toque pessoal, responsabilidade própria, distanciadamente do quadro de planejamento estratégico da organização.

Numa trajetória inusitada, descobre-se o valor dos relacionamentos genuínos, desprovidos de interesses de poder, mesmo que passageiros. Revelam-se surpresas da natureza, a valer mais que um novo modelo de smartphone, uma grife de roupa ou um hotel cinco estrelas. No percurso, pequenos aborrecimentos permanecem pequenos, não atingem proporção maior do que a vida, como acontece na proximidade de um deadline. Aprende-se também que o orgulho pode dar lugar às perguntas, porque o mais importante são as respostas para viabilizar a continuidade.

Quem recupera a energia de uma vida livre de compromissos, começa a perceber que o balanço work-life é essencial.  Carreira e sucesso, sim, porem olhando para si mesmo fisicamente, emocional e mentalmente.

O retorno de uma imersão em um mundo diferente, a surpresa final de ter vencido barreiras que aparentavam intransponíveis, de ter sido confrontado por desafios de vários níveis, traz uma indelével sensação de viver de verdade a vida. Reacende o sentimento de estar mais iluminado, sensato e equilibrado – disposto a cumprir melhor o que deve ser feito na esfera social e do trabalho.

América & Ásia

A propósito, uma conversa com Ike Weber, sobre tenacidade e resistência, é esclarecedora. O jornalista trocou sua “mochila de prêmios”, angariados no exercício da profissão, por uma “mochila de aventureiro”. Largou-se em direção à paisagens e horizontes desconhecidos, para oxigenar a vida pressionada pelo cotidiano das grandes cidades. Sua viagem, de quase um ano pelas Américas, acabou em livro, recém-lançado. A obra, ilustrada com dezenas de fotografias, põe o leitor em contato com uma realidade por vezes adversa, por vezes extasiante. Na essência, inspira reflexões sobre o significado das grandes e pequenas conquistas e derrotas. Leitura para líderes. E outro livro está a germinar: Ike colocou a mochila de volta nos ombros e partiu para a Ásia.

Bonilha (à esquerda) no lançamento do livro de Ike: "Leitura para líderes".



Perseverança é uma qualidade que impulsiona alguém a continuar algo mesmo em condição de dificuldade. Definição de dicionário. Sobre isto, Jobs, o Steve, observava: “a metade que separa os empreendedores de sucesso dos mal sucedidos é pura perseverança”.

Posto que situações emaranhadas fazem parte da essência tanto dos negócios como da política, conclui-se que ambos são campos de ação para obstinados.

Estudos e publicações buscam delinear o líder contemporâneo, atribuindo-lhe alguns traços de personalidade. Este post sugere meia dúzia de “garras” que caracterizam um líder persistente.

Garra para...

1. Vencer as próprias resistências.  O inimigo número um da perseverança é a tentação de deixar para depois ou substituir uma tarefa árdua por outra mais fácil.

2.  Afastar a expectativa de sucesso imediato. Quem é forte nas suas convicções não se engana: resultados nem sempre chegam no tempo esperado, assim como não há garantia de serem positivos.

3. Dizer não. É preciso força mental para enfrentar riscos e decepções; dizer não ajuda muito a evitá-las. Antes de concordar é preciso avaliar a conveniência frente a prioridades e valores. Não ter receio de contornar convites e pressões que nada acrescentam à vida ou aos projetos de trabalho.

4. Expor vulnerabilidades. De quando em quando é benéfico. Não significa irresponsabilidade ou inconsequência. Envolver-se em cenários que ponham à prova a perseverança, sentir as próprias debilidades, faz parte do aprendizado vital. Nem todos os caminhos conduzem a uma recompensa; são trilhados pelo simples prazer, pelo desafio ou para provar a própria tenacidade.

5. Não usar como modelo aqueles que aparentemente são “melhores” ou mais valorizados pela sociedade. Um líder autêntico não inveja, nem copia: constrói-se por si mesmo. Mas é legítimo estudar como as pessoas de pulso conseguem ser o que são. Dessas observações decorrem descobertas que podem ser assimiladas, se compatíveis com a energia, tempo e propósitos.

6. Colocar em cheque a capacidade de testar-se, mediante alguma forma radical, como lançar-se fora da rotina produtiva cotidiana, aceitando a missão de escalar picos elevados, percorrer corredeiras, atravessar oceanos ou transpor regiões inóspitas.

Você conhece um líder pelas suas garras.




Por que os consumidores não ficam aborrecidos por estratagemas de marketing claramente enganosos como a fixação de um preço em R$ 9,90 em vez de R$ 10,00? Existia uma lenda comercial de que as empresas que etiquetam R$ 9,90 conduzem as pessoas a acreditar em menos, em apenas R$ 9,00. A lenda foi transformada em hipótese de pesquisa.

Grandes varejistas a investigaram por meio de estudos de mercado para descobrir se o artifício funciona e, psicologicamente, porquê. Comprovou-se que o preço fixado em número não-redondo proporciona maior credibilidade e mensurabilidade.

Na prática, o preço quebrado reduz queixas sobre "por que vocês não colocam o preço exato?". E descarta a impressão de que "eles estão arredondando para mais". De fato, se o preço é fixado em R$ 10,00, um número surpreendente de compradores imagina um acréscimo: "o preço real deve ser R$ 8,50", "o preço real deve ser R$ 9,00", "o preço real deve ser R$ 9,50"... Raramente pensariam em R$ 11,00 reduzidos para R$ 10,00.

Qual preço tem maior credibilidade?



Um grupo de líderes das mais expressivas empresas de pesquisa do sul do país vem se reunindo, informalmente, todos os meses, por mais de dois anos. Nesse período, paralelamente às discussões sobre economia, mercado e aspectos metodológicos, uma entidade foi sendo gradativamente idealizada e estruturada: a Associação das Empresas de Pesquisa de Mercado. Formalizada em setembro, a AEPM estará demonstrando ao mercado consumidor de estudos e pesquisas a excelência profissional dos seus filiados.

A oficialização da AEPM foi comemorada com almoço realizado na Associação Comercial do Paraná. Dentre os presentes, os diretores da AEPM: Claudio Shimoyama, Débora Waz, Marco Aurélio Silveira, Paulo Nedeff, Rogerio Bonilha e Romeu Telma. Registrou-se também a presença e o apoio de Rodrigo Rodrigues, representando associações e sindicatos de publicidade, área fortemente relacionada às atividades de pesquisa.

A partir de novembro a AEPM receberá inscrições de empresas e profissionais da pesquisa que, tendo comprovada e reconhecida experiência, além de indiscutível conduta ética, manifestem interesse em participar da entidade.

Rogerio Bonilha, Presidente da Associação das Empresas de Pesquisa de Mercado, recebe das mãos do contador Valdir Schuster a documentação definitiva que “dá vida” à AEPM.



Quem irá ocupar a Prefeitura da sua cidade em 2016? Alguém com um perfil considerado ideal por você ou ela ficará à deriva, para ser ocupada a esmo, sem sua participação?

Como regra geral, os líderes da indústria, do comércio e de outros setores apartidários da sociedade civil, comportam-se passivamente, omitindo-se da construção de candidaturas. Assumem a postura de simples eleitores, limitando-se a opinar com base no senso comum, aguardando a proximidade da eleição para escolher o melhor dentre os piores. Você é assim?

As lideranças locais, afastadas da política, principalmente as empresariais, ignoram seu poder de influenciar o lançamento ou a consolidação de candidaturas compatíveis com as necessidades da cidade e com as demandas da comunidade.

O momento, impregnado de insatisfações, é de revisão das formas de fazer política, não há quem discorde. É uma época que exige dos líderes um novo papel: abrir as portas dos grupos fechados que tradicionalmente traçam os destinos da cidade.  Agora, o compromisso é de enfronhar-se e imiscuir-se, desde a origem, na seleção de nomes e no preparo de propostas.  Para mudanças mais profundas na forma de atender os interesses públicos, este é o procedimento a ser assumido pelos protagonistas da nova política.

Orientação por informação

A melhor ferramenta para converter uma cidade em um lugar de paz e progresso é ter um diagnóstico da sua situação urbana e social. Um estudo envolvendo o ponto de vista da própria população é imprescindível para entender como ela sente o lugar onde vive e o que pensa dos seus administradores municipais. O que consideram essencial ser mudado e a forma como gostariam que isso acontecesse. Qual modelo de cidade imaginam e desejam ver.

As pesquisas têm essa característica de prover uma visão referencial orientadora da criação de objetivos e proposições para as cidades. A tendência, hoje, é de ouvir para conciliar e atender os interesses da população, pondo em prática procedimentos comprovadamente eficientes de governança, sustentabilidade, mobilidade, tecnologia e de outras áreas do conhecimento urbano.
Ao se obter um diagnóstico, despontarão nomes de cidadãos talentosos, percebidos como merecedores de respeito, candidatos diferenciados em razão do perfil de competência para consecução de  metas previamente definidas. O caminho para a escolha de um novo prefeito deve ser pavimentado por dados e informações reais e não por palpites ou interesses mesquinhos.

Em 2016, a chance

A maioria dos cidadãos concorda em cem por cento com a ideia de passar a limpo as agendas, praxes, crenças e valores da política. No próximo ano abre-se uma oportunidade para a tão esperada transformação: uma eleição de prefeitos envolvendo 5.570 municípios, espalhados pelos 27 estados brasileiros.

Não se deve ignorar que as pesquisas têm uma missão crucial nesse contexto de 2016: preparar, monitorar e avaliar as expectativas eleitorais, focando especialmente os candidatos e seus planos, desde os primeiros passos. Um destino melhor para uma cidade começa por campanhas racionais, distintas e bem pensadas, a reunir candidatos incisivos, éticos e bem preparados em disputas justas e honestas.

Frequentemente, na etapa preparatória, um punhado de agentes monopolizadores das decisões políticas encobre detalhes cruciais do processo eleitoral, como segredo de estado, excluindo a qualquer custo a participação externa. Constantemente, as lideranças apolíticas acatam esse afastamento induzido, acomodam-se,  omitem-se e deixam de exercer seu poder de defender avaliações, diagnósticos, posições e prognóstico próprios. O desafio está posto.  Contrabalançar, agora, é com você.

Posicionamento, participação e polêmica: receita de democracia eleitoral.



Quando o elogio vem de profissionais competentes, não há como deixar de reproduzir. Eis uma nota que lamenta a ausência, na mídia, de resultados de pesquisas com credibilidade nas últimas eleições municipais.

Pesquisites 
Parece incrível, mas a eleição para prefeito de Curitiba tem mais institutos de pesquisas do que candidatos; e os números são sempre díspares entre si, o que indica que alguns levantamentos podem ser tendenciosos ou manipulados. Faz falta o Instituto Bonilha, liderado por Rogério Bonilha, que durante muitos anos dedicou-se às pesquisas eleitorais do nosso estado, apresentando sempre um elevado grau de confiabilidade e acertos nas suas tabulações.Possui expressivo conhecimento na área de comunicação no que tange ao marketing e consultoria, bem como amplo relacionamento com ícones de diversos setores empresariais.(Pierpaolo Nota – jornalista).

Mídia destaca credibilidade das pesquisas com a grife Bonilha



É bem provável que na sua próxima refeição, beber ou comer, você irá colocar na boca produtos aprovados por outros cidadãos. As pesquisas determinam o que vai para o mercado consumidor e o que não vai. O que é “barrado”, você não consome e talvez nem venha a conhecer. Somente os produtos com aceitação estatisticamente comprovada, resultantes de lançamentos bem sucedidos, chegam a sua mesa. Fora dessa oferta direcionada, claro, há alternativas caseiras ou artesanais.

O Instituto Bonilha acumulou conhecimento e compreensão sobre o mercado de bebidas e alimentos ao longo de dezenas de projetos de pesquisas quantitativas e qualitativas - realizados para grandes empresas e cooperativas - cobrindo todas as etapas, desde a concepção, comunicação, distribuição, posicionamento até o comportamento de escolha e consumo dos produtos.

Para matar sua curiosidade, veja alguns projetos desenvolvidos integralmente, desde o planejamento metodológico até a análise da aplicabilidade dos resultados, que integram a expertise do Instituto Bonilha:

  • estilo de vida e consumo de categorias de produtos em redes de supermercados
  • satisfação com características de alimentos e bebidas servidos em refeições coletivas
  • potencial de mercado para leite vitaminado e outros compostos
  • comportamento de compra de frutas e legumes em mercado municipal
  • comportamento de consumo de produtos alimentícios da região para orientação de política de valorização da produção local
  • estudo sobre o consumo de frango e avaliação de marcas de cooperativas
  • conhecimento e aceitação regional de tipos de arroz
  • comportamento de consumo de guloseimas
  • pré-lançamento de barra de cereais
  • estudo de mercado de cafés solúveis
  • análise do mercado do mercado de biscoitos, macarrão e massas em geral
  • adaptação de marca tradicional para o setor alimentícios
  • degustação de sucos concentrados 
  • brand image tracker para rede de pizzarias
  • censo de marcas de iogurte em pdvs em Minas Gerais e Rio Grande do Sul
  • censo de cerveja em pdvs de bebidas
  • recall de propaganda do açúcar e de café
  • flagrante de compra de frango resfriado
  • testes de degustação: cerveja artesanal, sucos, refrigerantes, etc
  • pré-teste de embalagens de sucos concentrados e chás longa vida
  • pré-teste de embalagens de alimentos pré-cozidos
  • pré-teste de embalagens de linha completa de laticínios
  • pré-teste de embalagens de sucos concentrados e chás longa vida
  • pré-teste de embalagens de farinha de trigo

Some-se à experiência mais de duas décadas de acompanhamento da lembrança de marcas de várias categorias de bebidas e alimentos, por meio da pesquisa anual Top of Mind, feita com consumidores.

O Instituto Bonilha não trata de aspectos específicos da tecnologia alimentar, nutricional ou da química dos alimentos. Dedica-se a pesquisar a relação do produto com o mercado, testando conceitos, nomes comerciais e embalagens. Discute com o mercado sobre variedade, qualidade, concorrência, canais, preço e publicidade. Verifica e analisa como o produto é acolhido, embasando-se em análises sensoriais e testes de aceitação. Quem semeia novos produtos no mercado, colhe bons resultados.

Quem semeia novos produtos no mercado, colhe bons resultados.



O que estão chamando de crise é a imbricação de dois componentes: a situação econômica periclitante, em que os brasileiros foram colocados, com o seu perfil psicológico abalado, afetado em suas crenças e valores. Em democracias bem consolidadas, o caminho natural para mitigar crises é o acerto na escolha dos dirigentes do país.  Mas, por aqui, a um ano de uma nova uma eleição, antevê-se um quadro de generalizada suspeição, um pleito marcado pela imprevisibilidade.

A indecisão tomou conta das mentes dos eleitores que votavam ponderadamente, levando-os ao desatino e ao desvario. O desgosto e a depressão arrebataram os corações daqueles cidadãos que votavam levados pela emoção de uma boa escolha.  Os motivos para tais transtornos já estão se tornando "clássicos" na política brasileira: desconfiança nos candidatos e nos seus apoiadores (todos mentem, são desonestos e incompetentes em maior ou menor escala), desconfiança nas propostas e na propaganda eleitoral (os eleitores aprenderam o conceito depreciativo de marketing político), desconfiança na mídia (reconhecem que tanto os canais digitais como os tradicionais estão comprometidos com as intenções deste ou daquele candidato), desconfiança nas urnas eleitorais (são programadas para tirar o voto de um e passar para outro), desconfiança nos partidos (dezenas deles, pulverizados para confundir o eleitor) e desconfiança nas pesquisas (são manipuladas a favor ou contra).

A tendência de avaliar toda atividade política pelo lado ruim beira o non sense. Abrange até mesmo os parentes, amigos, vizinhos ou colegas (compartilham descrenças semelhantes, portanto são portadores de informações pouco confiáveis). As próprias manifestações públicas não ficam a salvo: tornam-se alvo do descrédito (os cidadãos estariam indo às ruas, ingenuamente, servindo ao propósito de algum partido ou justificando a ação de algum grupo de poder?). Soma-se a isso tudo a certeza de que a mudança de governo, seja qual for e por qual meio ocorra, não terá consequências imediatas ou profundas e, se um dia vier a acontecer, pouco beneficiará suas vidas. Perdura uma forte suspicácia, quase anárquica, de que o governo não serve para nada, não serve a ninguém, exceto a si mesmo.

Em 2016, mais um ciclo se completará. No dia da eleição, implacáveis, irritados e ressentidos, os eleitores estarão frente à urna, decidindo se irão reciclar os personagens da política por meio do voto branco, do voto nulo ou do voto em "qualquer desconhecido" ou se darão sobrevida "aos mesmos".

Milhões de eleitores desiludidos farão a escolha dos novos gestores das cidades em 2016.


Do not miss this! A new puffin is being born. Live.
Dr. Kress founded Project Puffin over 40 years ago in an effort to restore puffins to historic nesting islands in the Gulf of Maine using innovative methods like decoys, mirrors, and recordings to attract birds to suitable nesting sites. Its successes have made it a model around the world. Live: http://tinyurl.com/npzhbh3

Dr. Steve Kress.


Todos reconhecem a importância de ouvir a opinião da população ou de grupos específicos como clientes,funcionários ou eleitores. A internet serve para isto? Nesse super canal de comunicação, de forma confusa ou ordenada, todos podem se manifestar. Enunciam seus estereótipos absurdos ou suas idiossincrasias sensatas, na linguagem coloquial ou científica, em português ou javanês. Há incontáveis convergências e divergências que chegam rolando como pérolas ou devastando como tsunamis. Difícil é analisar, concatenar, sintetizar, extrair dessa miríade o o que é fundamental para orientar um plano, uma ação ou uma simples providência.

Quem precisa tomar decisões impressiona-se com a ressonância da  voz do povo vinda das redes sociais. Acha relevante deslindar os meandros das razões e sentimentos que se entremeiam no mundo virtual, Contudo, sente-se incapaz de deduzir tendências, descobrir oportunidades ou extrair conclusões do interior dessa realidade virtual caótica.

Enquanto as participações se multiplicam na velocidade da luz, as formas consolidadas de ouvir as pessoas ainda são as mais confiáveis, em que pesem as técnicas, ainda experimentais  que começam a surgir para decifrar e categorizar as mensagens da nova Torre Eletrônica de Babel.

Não vim para explicar, vim para confundir. Chacrinha diria o mesmo sobre a Internet?


As informações, por definição, começam a se compor a partir de dados extraídos da realidade. A principal fonte de dados são as pessoas. Uma maneira de extrair os dados que elas detêm é através de entrevistas criteriosas. Atualmente há quatro modalidades de entrevistas amplamente utilizadas nas pesquisas de opinião e mercado, todas elas apresentando vantagens e limitações específicas.

Entrevistas pessoais

Entrevistas presenciais (face-to-face interviews) constituem a forma mais dispendiosa e demorada de obtenção de dados, junto aos respondentes. Todavia, ainda é a melhor maneira de abordar qualquer assunto, principalmente quando envolve algum tipo de demonstração de produto ou assunto complexo.

As entrevistas pessoais transcorrem com muita flexibilidade. Pode-se usar uma quantidade expressiva de perguntas, desdobra-las, repeti-las, ouvir com tranquilidade o entrevistado, inclusive observando-se seus comportamentos não verbais. Há melhor compreensão de respostas espontâneas. É comum o uso de material ilustrativo no seu transcurso, para ser manuseado pelo entrevistado. Um conjunto completo de alternativas de respostas pode ser mostrado em cartões, tornando mais fácil a lembrança e a escolha. Quanto à duração, o contato face-a-face pode durar até uma hora.

Sua maior desvantagem é o custo das equipes, principalmente quando há longos deslocamentos para a consecução das entrevistas. Quanto maior for o número de entrevistas, maior deverá ser a equipe de coleta de dados.

Acaba se tornando também um fator de demora, ao lado de outros, como o tratamento da informação quando proveniente de questionários impressos. A tendência é a de se coletar as respostas em tablets, sendo essa técnica chamada de Computer-Assisted Personal Interviewing (CAPI).

Entrevistas por e-mail

A coleta de dados por meio de um questionário anexado a um e-mail apresenta séria limitação: não se pode prever quantos terão retorno e de onde virão. A experiência com esta técnica revela altos índices de não resposta: o percentual pode variar de 90 a 99%, A representação controlada de variáveis como cidades, regiões, categorias profissionais, sexo, faixa etária, etc, torna-se prejudicada. Ficam sub-representadas, trazendo viés para o resultado geral, em razão de uma amostra proporcionalmente desequilibrada. Assim, essa técnica é apropriada para a investigação de públicos homogêneos, em que não ha exigência de segmentação.

Somam-se às desvantagens a possibilidade de distrações paralelas, a exemplo da leitura e respostas de outros e-mails, vídeo, internet, redes sociais, etc. Diferentemente, as entrevistas pessoais ou por telefone, por estarem transcorrendo num momento único, ficam livres das distrações tecnológicas.

Entrevistas por computador                                                                    

A entrevista por computador (Computer-Assisted Web Interviewing - CAWI) é uma técnica bastante difundida. Por meio dela, o respondente faz o login num web site e fornece suas respostas. Ele digita diretamente em um formulário aberto no seu próprio computador. Os recursos gráficos que a técnica disponibiliza auxiliam o entrevistado a compreender melhor as questões e a respondê-las com conforto e sem pressões externas.

As respostas são captadas numa base de dados, poupando-se o tempo de coleta, digitação, codificação, exigidos por outras formas de obtenção de respostas.

A atual disseminação do uso de computadores permite a cobertura de amplas áreas geográficas.

Entrevistas por telefone                                                                              

As entrevistas pessoais constituíram uma técnica dominante por longo período, até que a pesquisa por telefone (Computer-Assisted Telephone Interviewing - CATI) passou a ser mais difundida. Com a popularização dos telefones, a pesquisa passou a contar com este meio para a localização, identificação e aplicação de entrevistas.

Nesse sistema, o entrevistador conduz a conversa, usando um headset, defronte a um terminal que expõe o questionário. O questionário é armazenado em um servidor, as perguntas são exibidas na tela do computador durante a entrevista, enquanto o entrevistador insere diretamente as respostas por meio de teclado e mouse. Ele lê a questão para o entrevistado e registra de imediato a resposta, diretamente, minimizando erros, inclusive de redirecionamentos de uma resposta para outra questão correlata (pulos ou skips).

Uma das vantagens importantes da CATI, é que ela permite considerável complexidade quanto ao questionário, uma vez que a ramificação é tratada inteiramente pelo computador. Qualquer caminho pode ser seguido através do questionário. O sistema pode ser programado para ir de uma pergunta específica a outra, inclusive mais à frente, quando for o caso. Estes “pulos” podem ter como base o que o entrevistado responde numa única pergunta ou nas respostas a várias perguntas.

Uma desvantagem da pesquisa por telefone é que, em questões de múltipla escolha, as quais permitem várias respostas, torna-se difícil para um entrevistado recordar todas as opções de respostas possíveis. Isto exige que questões desta natureza sejam divididas em perguntas separadas.

No geral, a técnica é bastante flexível para investigar vários assuntos, junto a respondentes institucionais, comerciais ou domésticos. É útil especialmente quando as pessoas a serem entrevistadas estão distantes.

A entrevista telefônica, como no face-a-face, facilita o entrevistador a estabelecer relacionamento com os entrevistados. Indivíduos que poderiam ignorar questionários remetidos por e-mail ou correio e que não iriam responder a certas perguntas podem ser persuadidos a fornecer respostas verdadeiras ao telefone.

Além disso, um entrevistador bem treinado pode reconhecer quando um entrevistado tem alguma dificuldade e, nesse caso, empregar as técnicas apropriadas para orientá-lo, sem comprometer a integridade da entrevista. Exige, claro, uma equipe bem treinada para a finalidade, não podendo ser confundida com telemarketing.

Um plano de amostra representativa e proporcional pode ser concretizado pelo uso de entrevistas telefônicas. É possível estabelecer metas mínimas a serem cumpridas, para garantir a representatividade de região, profissão, classe social e outras variáveis de interesse. Os resultados, desta maneira, poderão ser isolados por subgrupos de informantes ou generalizados para o conjunto do público-alvo investigado.

Tal como na entrevista pessoal, algumas vezes a entrevista telefônica requer agendamento, quando se esclarece o tempo necessário para sua realização (em média 15 e não mais do que 30 minutos). Para a obtenção de uma entrevista, dependendo do público, faz-se até dez tentativas antes da substituição do potencial entrevistado.

Entrevistas por técnica híbrida

A utilização da entrevista online (CAWI), como apoio ou alternativa à pesquisa por telefone (CATI), deixa mais à vontade aqueles informantes que preferem responder as questões com maior prazo e mais liberdade. Desta forma, o entrevistador, depois de contatar o amostrado por telefone, negocia a melhor forma de obter as opiniões e as percepções do entrevistado: se por telefone mesmo ou em formulário disponibilizado num web site, acessado mediante senha, para assegurar o sigilo das respostas.

Melhores produtos, melhores serviços, melhores governos? Somente com o apoio de pesquisas.



Os líderes, executivos e empreendedores vivem nas fronteiras entre riscos e oportunidades, ganhos e perdas, sucessos e insucessos. Dúvidas diárias permeiam os negócios, a política ou a vida profissional. Situações cruciais exigem respostas sobre o que deve ser feito e o que precisa ser evitado ou corrigido para atingir esse ou aquele propósito. Como decidir com segurança?

Nenhuma decisão é isenta de incertezas. Sempre é árdua e mais difícil do que aparenta ser. É comum, nos meios mais conservadores, a espera ou a imobilidade até que o tempo resolva, a tempestade passe ou o milagre aconteça. Claro, a tentação de tomar iniciativas precipitadas deve ser contornada até o encontro de alternativas adequadas. A paralisação só agrava e aprofunda as tensões, crises e instabilidades. Mas, como obter segurança para decidir acertadamente?

A única solução eficiente para o controle, minimização e diluição de riscos, em cenários adversos, é informação, informação e mais informação!

Muito esforço de conhecimento e análise precede uma decisão que trará resultados eficazes e resolução efetiva dos problemas. É indispensável começar pela identificação das tendências que podem afetar planos e projetos, seja nos negócios ou na política. Abordagens quantitativas e qualitativas são recomendadas para a avaliação das propensões, sejam do mercado ou do eleitorado. O intento é a formulação de conceitos inteligentes e a obtenção de números precisos, construindo-se um ponto de partida sólido para a criação de cenários explícitos sobre as incertezas mais críticas.

A sequência desse processo exige tenacidade, frieza e distanciamento crítico. Sem otimismo e autoconfiança exagerados, as consequências a que estes cenários estão sujeitos devem ser bem visualizadas para que sejam desenvolvidas opções estratégicas para cada um deles. Sistemas, procedimentos e competências obrigatoriamente devem ser acionados para dar sustentação às alternativas.

As decisões atingem um grau elevado de maturidade se, de fato, contarem com direções inspiradas e fundamentadas em pesquisas estratégicas, aquelas que fazem o sensoriamento e o monitoramento dos comportamentos de toda a sociedade ou de segmentos prioritários. Sem informação há perda de rumo, agravam-se os riscos e as dúvidas ganham força. Não há plano para o presente ou para o futuro que resista a isto.

Fofoca até pode ser diversão, mas não ajuda na decisão.



Você já deve ter ouvido: "Não é todo mundo que deseja ser empresário. Muitos querem apenas um emprego". Verdade. E o emprego sonhado é o do bom salário, das férias prolongadas, da participação nos resultados, da estabilidade, enfim, garantia de qualidade de vida. Nada há de errado em ser empregado desfrutando todos esses direitos, benefícios e benesses. Afinal, um bom colaborador - aquele que cria, faz, inova, racionaliza e traz riqueza para a empresa - não merece?

Integrar uma corporação pode ser uma melhor alternativa a uma aventura empresarial. O errado é o desdém de algumas empresas pelo seu mais importante capital: o humano. Esquecem que empresa é, acima de tudo, gente ajudando gente.

Será mesmo?

Faz bem ver o sorriso dos funcionários do atendimento. Os gestos meigos da secretária. A tranquilidade do responsável pelo almoxarifado, que se aposentará no próximo ano. O empenho do diretor comercial. Você vê atitudes positivas, motivação, atenção e diálogo em todos os cantos da organização. Um ambiente de trabalho agradável e produtivo. Contudo, se você não convive com eles, pode estar enganado quanto ao clima interno preponderante.

A paz aparente pode ocultar um clima efervescente de batalhas fervilhantes. Mesmo nas organizações consideradas modelo, as disputas e conflitos estão presentes, em geral de forma tácita e subjacente, corroendo o relacionamento pessoal e funcional. Incrível a cegueira, mas algumas são citadas como exemplos em best-sellers da área de RH.

A existência de descontentamento e suas consequências é fato notório no cenário laboral. Quem tem história de trabalho assalariado já presenciou ou vivenciou essa situação. Em algum momento, conviveu com medíocres beneficiários da proteção do escalão superior. Num outro extremo, compartilhou um ambiente bárbaro, onde predadores sem alma mostravam-se loucos para defenestrá-lo por qualquer motivo fútil. Um período marcante e inesquecível! Essa atmosfera afeta a produtividade, traz insatisfação e espraia-se para fora da empresa. Se não houver inteligência do vitimado, no trato da situação, adentra os lares. A organização é sangrada e, quase sempre, não sabe ou fecha os olhos.

Investigar para satisfazer

A única maneira de conhecer de forma impessoal o local de trabalho, em todas as suas nuances, é por meio da pesquisa de clima organizacional. Organizações que contam com algumas dezenas de colaboradores não podem prescindir dessa abordagem para inteirar-se de forma mais profunda e neutra dos fatores corrosivos e desestruturadores. O estado do relacionamento determina a vontade das pessoas de se dedicarem aos objetivos. Um cenário de trabalho, sadio e satisfatório, estimula o sucesso pessoal e as conquistas corporativas.

Entrevistas pessoais ou por meio de formulário eletrônicos, confidenciais, ensejam respostas detalhadas sobre como os colaboradores vêem a empresa e seus colegas. Mais importante: revelam como eles se enxergam no contexto do trabalho. Suas respostas embasam a elaboração de conjuntos de indicadores indispensáveis para o planejamento de políticas efetivas de relacionamento e de produtividade. Tais respostas podem ser fechadas, ou seja, mediante escolha de alternativas sugeridas ou abertas, quando o entrevistado manifesta-se espontaneamente usando suas próprias palavras.

Os institutos de pesquisa em geral não apreciam as respostas livres. Elas exigem um exaustivo trabalho de tratamento, classificação e codificação. Mas compilar dados substanciosos é a parte mais valiosa do estudo. Escoradas na vivência do colaborador, opiniões sinceras não devem ser desprezadas. Ajudam a consubstanciar a situação de cada um, de cada equipe e de todos, num panorama real.

Serviços internos

Cliente interno é sinônimo de funcionário que, usuário, recorre a serviços providenciados por colegas pertencentes a especialidades ou a departamentos distintos. Organizações maiores dependem da fluidez e eficiência desses processos de "compra e venda". O mal funcionamento das trocas dentro da empresa compromete resultados. A pesquisa de clima organizacional pode explorar alguns aspectos da prestação interna de serviços. Todavia, em organizações mais complexas, a pesquisa isolada de avaliação de satisfação os serviços internos é producente pelo detalhamento que comporta. Facilita enfocar especificamente os serviços nas suas peculiaridades.

Para mensurar a satisfação com os serviços internos, a escolha dos itens a serem avaliados nem sempre é pacífica. É comum ocorrer um choque entre a técnica de construção de questionários e o ponto de vista dos profissionais e colaboradores da empresa. Alguns são tomados pela tentação de controlar avaliações pontuais. Temem que os achados da pesquisa possam contrariar suas conveniências dentro da organização. O desconhecimento desse recurso de avaliação os levam a sugerir questões genéricas, almejando resultados subjetivos, na ilusão de questionamentos inócuos. Em organizações pouco democráticas, percebe-se mais claramente o receio de julgamentos supervenientes ou do risco de redução da participação em resultados.

Quem planeja a pesquisa de satisfação dos integrantes de uma corporação deve ficar atento às simplificações perigosas. Assim, qualidade, cortesia, horário  ou agilidade na prestação de um serviço correm risco de serem rotulados com um título único: atendimento. Nessa linha, itens podem ser empurrados e empacotados em categorias mais abrangentes. Outro exemplo: a categoria equipamentos e serviços de TI deve ser deslindada, pois pode virar um composto único de plataformas, aplicativos, correio eletrônico, portal corporativo, acesso à internet, computadores, impressoras e, por que não, telefonia. Uma nota média 9 ou um conceito muito satisfeito pode ser obtido, em razão de quase tudo funcionar muito bem, mas ocultar o essencial: telefones que não funcionam. O ideal é sempre enfocar os serviços de modo distinto e nas suas particularidades.

Não se constrói indicadores reais se não houver um diálogo franco sobre metodologia com todos os níveis de decisão da organização. Há que se definir como será formatado o conjunto de indicadores, condizentemente com o planejamento estratégico dos serviços e estruturas que atendem os clientes internos. Essa conversação abre oportunidade para o colaborador enriquecer a pesquisa ao sugerir alterações vindas da sua prática de uso e fornecimento de serviços internos.

Ouvir o público interno alavanca a produtividade.



Novos governantes! A movimentação nos campos políticos locais inicia-se bem antes do que o eleitor médio imagina. Começando pela confrontação dos nomes com potencial para concorrer. Todos os candidatos, todos os partidos e todos os grupos com impulso politico empregam a pesquisa como a forma mais segura de monitorar o potencial de cada pré-candidato, preferências, clima da disputa e o humor do eleitorado. Impossível delinear qualquer estratégia sem pesquisa, a ferramentas de trabalho vital para o planejamento das ações eleitorais.

Mais sofisticadas, as pesquisas não mais se limitam a buscar percentuais de intenção de voto. A incorporação de inteligência de gestão nas campanhas, por profissionais egressos de cursos de administração e de gestão pública, de marketing e de psicologia, estão impondo uma nova formatação técnica para essa atividade. A orientação puramente inspiracional ou determinada pela experiência personalista está se tornando uma prática superada.

Novidades trazidas do competitivo mundo empresarial, como as plataformas de gestão, sistema de indicadores e modelos estatísticos preditivos, cada vez mais aperfeiçoados, aportam nas corridas eleitorais. E, colaborando com esses recursos, surgem novas modalidades de pesquisas para a aprimorar o conhecimento e a compreensão do comportamento eleitoral, a exemplo do que acontece nos países mais desenvolvidos.

O eleitor preocupa-se com as opções que lhe são apresentadas para conceder seu voto. Não tem interesse em conhecer o que ocorre no interior das campanhas. Exige, sim, uma oferta de candidatos confiáveis e propostas condizentes com suas necessidades. Exatamente o que os novos gestores de campanha, muitos deles jovens profissionais éticos e idealistas, pretendem oferecer, incorporando paradigmas de inovação e eficiência que poderão ser transpostos para as futuras administrações.

Candidatos poderão ter campanhas mais alinhadas com a vontade popular: basta pesquisar.


Até que ponto você conhece realmente o público-alvo do seu produto? Como é o seu consumidor? É atento, seletivo e racionalizador?  É distraído, compra ocasionalmente ou mantém uma rotina de repetição de compra? Gosta de novidades, é um experimentador que adere a inovações? Compra pela marca ou só pelos benefícios?  Propaga e defende sua escolha?

Conhecer a relação entre consumidor e produto induz a decisões mais seguras de marketing. Para isso, o instrumental das pesquisas de mercado está cada vez mais acessível, ajudando nessa tarefa de investigação e análise das atitudes e tendências do público frente aos produtos.

Alguns profissionais de marketing se contentam com a ideia de que os elementos que trouxeram sucesso a um produto podem ser transferidos, na expectativa de obter resultado semelhante. Exceptuando-se alguns casos, enganam-se, porque cada produto tem sua própria essência, estabelecendo uma relação peculiar com o consumidor. O vínculo é único, nem sempre se reproduzindo de forma igual em relação a outro.

Não é difícil conhecer e compreender o que há de essencial na convivência produto-consumidor. Há alguma semelhança com o relacionamento entre duas pessoas. Em ambos os casos, há áreas comuns a serem consideradas. A primeira delas é a origem da relação. Qual foi a faísca que acendeu o interesse de um pelo outro? (Quais aspectos ou características do produto capturaram primeiro a atenção do consumidor?). Na sequência, é preciso saber como essa relação se desenvolve e se consolida: qual é o estilo de vida da outra pessoa e como ela se comporta no dia-a-dia? (Qual o estilo de vida do consumidor e como o produto participa do seu cotidiano?). E mais: como manter estável e melhorar o relacionamento com a outra pessoa? (Como sustentar a popularidade do produto e ganhar a fidelidade do consumidor?). E é vital saber também: o que pode provocar o fim do relacionamento entre duas pessoas? (O que leva consumidor a abandonar um produto e optar por outro?).

Para compreender a natureza, os  pontos fortes e as fragilidades que envolvem a relação entre produto e consumidor, a abordagem das pesquisas mercadológicas pode variar de acordo com uma série de condicionantes. Tudo deve ser pensado:  desde a categoria em que o produto compete no mercado, seu histórico de vendas dentro dessa classe, seu grau de conhecimento público e as atividades da concorrência, até suas vantagens e limitações.

Ao aplicar pesquisas de produtos, deve-se iniciar pela recapitulação dos fatos conhecidos sobre a experiência do consumidor com a marca. Podem ser provenientes de fontes externas, embora muitas informações estejam dentro da própria empresa (dados de venda, distribuição, SAC, etc). O passo seguinte pode ser a condução de pesquisa com metodologia qualitativa, quantitativa ou a combinação de ambas. Depende do que se pretende: lançar uma nova versão do produto, checar a sensibilidade a preços, avaliar embalagens, testar um conceito ou uma nova ideia. A pesquisa qualitativa procura saber aprofundadamente, penetrando no campo subjetivo e no relacionamento humano, buscando causas e consequências de atitudes, tendo o produto como fundo. A pesquisa quantitativa, como a própria denominação sugere, revela a importância numérica das constatações, permitindo generalizações, úteis para a estratégia mercadológica.

A verdade é que o mercado é dinâmico e tende a ser mais fragmentado e heterogêneo para todos os produtos. Em cada segmento, há uma oferta cada vez maior de marcas e variedade. Os consumidores, por sua vez, tendem a se comportar da lealdade à inconstância, da curiosidade à indiferença. Dominar a essência da sua relação com o produto e a marca é o grande desafio para manter essa ligação mais forte e duradoura.

Quem são os consumidores? Como eles avaliam os produtos? Somente as pesquisas explicam.



Na proximidade do  Dia das Mães, o assunto é...  o filho. "Não precisa ter medo, meu filho. Já acabou". Mentirinha de mãe para confortar o filho assustado, durante uma estúpida contenda campal, dessas que acontecem todos os dias, em todos os cantos do mundo. Aquela mãe, como qualquer outra, teme pela sua prole em risco. Seja em razão dos descasos que prejudicam as crianças, seja pela crueldade contra elas, que não escolhe hora nem lugar para acontecer.

Nos dois últimos anos, as estatísticas sobre essa realidade incharam. O noticiário nesse período foi alarmante. Omissão, imperícia ou imprudência na condução das batalhas sangrentas e manifestações violentas ou, pior, crueldade mesmo, culminaram em  tortura, mutilação, sequestro, tráfico, escravização, emigração, expulsão ou eliminação de crianças. Por adultos, possivelmente... pais; por razões conhecidas, todas tendo por núcleo a disputa pelo poder político, religioso ou econômico.

Cidadania infantil

Sem entrar no mérito da beligerância, basta fazer um zoom num rostinho de criança para brotar uma incômoda reflexão sobre o comportamento humano que as faz padecer. O pequeno ser é um pedacinho do futuro, sendo influenciado e moldado pelo entorno. Se ele faz parte de um cenário de tirania, sofrimento e submissão, se não tem chance de viver em paz e igualdade, o que esperar desse cidadão?

Não se pode advogar de forma radical a posição de que apenas pais e ambientes são tudo para a criança. Todavia, é inegável que são fatores que não podem ser menosprezados. Assim, impõe-se a todos a responsabilidade de garantir defesa e proteção às crianças e suas mães, dando-lhes apreço, carinho e atenção. Nem todo mal se origina apenas da sociedade, mas o exemplo de práticas mais humanas contribui para a construção de um mundo melhor, com menos hostilidade e injúria ao seu mais nobre patrimônio.

Muito se fala em cidadania - direito de votar, de acompanhar as contas públicas, de participar das decisões políticas, enfim, direito de ter direito - mas esse conceito se estreita e fica minguado quando se aplica à criança. A infância, o ninho da cidadania, envolve valores que não podem definhar, de respeito à ingenuidade e à fragilidade, à incapacidade de reagir e de entender. De garantir tranquilidade e o essencial para sua sobrevivência física e psíquica. O poder que refuta os valores e os direitos das crianças é na sua essência imaturo. Sinônimo de... infantilizado.

Cuidados na pesquisa

Criamos pesquisas de marcas como Top Baby e Top Kids. Fizemos muitas outras sobre papinhas, guloseimas e cremes infantis para assadura. Na política, investigamos a situação da infância e, com base nisso, sugerimos o que governos devem fazer por ela. Ao realizarmos pesquisas com crianças ou tendo por foco o público infantil, nossa percepção ampliou-se juntamente com a sensibilidade para com seus direitos. Sempre seguimos padrões internacionais para a condução de pesquisas com e sobre crianças. Eles foram delineados para promover orientação técnica para este campo sensível. Em se tratando de crianças, todas as etapas exigem a sua salvaguarda, desde o consentimento e permissão, a linguagem utilizada, uso de materiais, privacidade, até a oferta de compensação ou incentivos. Ninguém contesta que é importante ouvir as crianças diretamente ou seus pais a respeito delas, mas os pesquisadores devem estar conscientes sobre suas vulnerabilidades.

Alegria rima com cidadania. Medo rima com degredo.


Gostaram da palavra? A criatividade é uma graça que grassa por aqui. É de graça.

O fato é que o país arrasta, sôfrego, sua carga de males seculares, um fardo maldito sobre seu frágil lombo atrofiado pelo crescimento minguado. De progresso, apenas escassos indícios, massacrado pela lentidão, parasitismo político, ignorância popular e disseminada falta de imaginação.

A esperteza, na raiz de todos os problemas, tudo permeia. Em todos os cantos, cantões e canteiros do país revela sua impressionante dinâmica de regeneração: fermenta, cresce, prolifera, gera anticorpos, resiste e perpetua-se. Obtém a dádiva da vida, como um premio à sua incrível genética. Autogênese, homogênese, endogênese, para quem queira uma explicação genética para a malandragem.

Para o cidadão atônito, alienígena em seu próprio país, resta-lhe assistir a interpretação cotidiana de sessões corridas de shows grosseiros: fantoches manejam fantoches em múltiplos palcos edificados para exibições de manipulação e ilusionismo.  Prestidigitações para criar belos castelos, usando como cartas as varias figuras que compõem o caos.

Tribunas, praças, ruas, estradas ou palácios - qualquer lugar se presta a esses shows midiáticos de equilibrismo desastrado - não poderia ser diferente, num clima de desestabilização que se espraia.  De um regime de presidencialismo disfarçado, mal assentado num sistema de capitalismo socialismo híbrido, descamba-se para algo que merece o apelido: antiestablishmentarismo.

Quando o establishment se desfaz, o piche do impeachment consegue restaurá-lo?


O trabalho dos administradores, jornalistas, professores, comunicadores, publicitários, sociólogos, cientistas e profissionais liberais de incontáveis especializações constitui-se em grande parte na busca de soluções, na tomada de decisões e no esforço para solucionar problemas.  Nisso empenham monumental energia para impulsionar a sociedade e suas organizações empresariais e governamentais ao encontro de seus valores.

As iniciativas para definir agendas, escolher os itens prioritários, traçar objetivos, estabelecer metas e planejar ações são etapas do processo chamado de problem solving.  Avaliar e escolher alternativas mais apropriadas são atividades do processo de decision making. As duas técnicas sempre caminham entrosadas.

Nada é mais importante para o bem-estar da sociedade do que a compreensão de seus problemas, a identificação de alternativas, a previsão de consequências, as escolhas certas, a ação eficiente e responsável. Mais gratificante ainda é ver o sorriso das lideranças ao conhecerem os resultados das avaliações e a alegria de quem foi beneficiado pelos frutos do bom trabalho.

Todos ganham quando são identificados com sucesso os múltiplos entraves que requerem atenção no âmbito nacional (infraestrutura, saúde, segurança), no nível das organizações empresariais (melhoria de serviços, novos produtos, qualidade da produção) e na esfera individual (escolha de uma qualificação profissional, de uma viagem ou de imóvel).

A qualidade das decisões e das soluções dos problemas depende da destreza dos nossos cérebros em utilizar não apenas máquinas, ferramentas ou dinheiro, mas informações. A pesquisa é um dos mais valiosos recursos que, associados àqueles, formam a base da criatividade e da genialidade que vem alavancando a produtividade, a níveis surpreendentes, em vários setores. Difícil é decidir, implementar medidas  eficientemente sem uma base de informações reais e verdadeiras.

Trabalho bem feito

O  Instituto Bonilha é pioneiro no ramo da pesquisa de opinião. Sempre atuou com reconhecida competência técnica na área de mercado e negócios, bem como na governamental e eleitoral. Quase três décadas de trabalho inovador, marcado por rigoroso controle de qualidade, consolidaram a reputação e a credibilidade do Instituto Bonilha.

O Instituto Bonilha coleta, classifica, codifica, processa, analisa e interpreta milhares de respostas e depoimentos sobre produtos, serviços e governos. Planeja e executa pesquisas quantitativas e qualitativas com o objetivo de conhecer e compreender cientificamente os fatos e as tendências da realidade social, política e econômica. Produz estudos estratégicos que evidenciam comportamentos e revelam tendências, insights esses indispensáveis para embasar soluções e decisões.

Difícil decidir sem uma base de informações reais e verdadeiras.


Feriado vem, feriado vai e os cérebros das lideranças não descansam. Não há como parar de pensar em negócios ou na tal da política que, via de regra, os atrapalham.

Mesmo os cidadãos comuns, sem tempo ou recurso para feriar, dão um jeitinho de se energizar para conceber alternativas de sobrevivência. Sonham empreender algo próprio para ampliar suas possibilidades e superar a limitação de apenas ganhar o pão do dia.

Essa chama do empreendedorismo continua com toda a força no país. Um terço dos brasileiros buscam outra perspectiva de futuro financeiro, fora do emprego e da Megasena - seja por necessidade ou por oportunidade. É o que mostra a pesquisa GEM, edição de 2014, recém divulgada.

O GEM é um estudo anual de acompanhamento mundial do empreendedorismo. Tivemos orgulho de participar da sua implantação no Brasil, pioneiramente, no início da década, sob o comando da equipe nacional e da London Business School. O relatório global pode ser baixado gratuitamente do site internacionalreport

A pesquisa cobriu 73 economias, representando 72% da população mundial e 90% do PIB global.


A reputação sempre será um diferencial para garantir um posicionamento superior em qualquer situação de exposição negativa que uma organização tenha de enfrentar. Não depende tanto dela quem possui o privilégio de exercer um amplo controle sobre a oferta de produtos ou de serviços essenciais, quase livre de  concorrência. O  mercado, estando sem opções, submete-se à organização dominante. É paradoxal, mas compreensível, o fato das empresas de telefonia ou de aviação terem marcas com elevado índice de lembrança convivendo com percentuais baixos de reputação. O top de lembrança não é sinônimo de aceitação ou de simpatia. Não basta.Lembremos que a credibilidade é construída pela junção de atributos modelados para serem sólidos: visão e liderança, responsabilidade social, qualidade de produtos e serviços, inovação, clima interno e performance financeira.

Vencendo as incertezas

O mercado é um ambiente naturalmente composto por crises. Toda atividade econômica é atividade de risco e de incertezas.Pequenos obstáculos são transpostos cotidianamente por todas as empresas. Vencê-los passo-a-passo é a condição para sobreviver, manter e conquistar as metas. As crises maiores costumam impactar negativamente as organizações fora-de-forma, aquelas que que não se exercitam diária e tecnicamente no combate às ameaças.

Não procurar, por meio da reflexão, respostas para as dúvidas ou improvisar soluções para emergências parece fazer parte do modo de atuar dos empresários brasileiros. Prever crises gera angústia, ansiedade e insatisfação. Assim, ignorar, afastar-se do problema ou embeber-se de otimismo é uma atitude comum no meio corporativo.  Mas se manter próximo do mercado exige gerenciar conjunturas difíceis, previsíveis e imprevisíveis, e preparar planos para sua superação. A construção de uma boa reputação faz parte da estratégia de mostrar ao mercado que a organização é sustentável, é útil e merecedora de integrar a economia do país.Muitas empresas investem para resguardar o patrimônio e pouco fazem para proteger a reputação. Impõe-se mensurações, por meio de pesquisas periódicas que exponham como a organização é percebida por seus diferentes públicos, especialmente aqueles tidos por estratégicos.

O que pensam da sua organização?


Habitantes de um planeta obscuro aos olhos do povo, os políticos provocam temor pelo seu potencial danoso. Amiúde tomam decisões que ignoram a realidade do planeta dos seus eleitores, unicamente por lhes serem proveitosas. O povo, mergulhado numa atmosfera sempre inóspita, concentra-se em obter o básico para sua vida, em intermitente luta pela sobrevivência. A distância entre as duas esferas, medida em anos-luz, parece inexpugnável. Em algumas ocasiões, como neste início de século, o desalinhamento fica mais pronunciado por causas de proporções astronômicas, agravado pela presença de eclipses duradouros. Um panorama que contraria profundamente a ideia de uma convivência sinérgica que salvaguardasse o bem estar e a felicidade do ser humano. Que garantisse um lugar ao sol para todos.

Governantes: isolados e distantes


A discórdia saiu do âmbito doméstico, transbordou e ocupou as vias e infovias. Todavia, sabe-se de antemão que não há solução mágica restauradora da moralidade e da competência governamental, seja por meio de manifestações ruidosas, de reformas do sistema ou de ações judiciais. Paliativas, acabam em descrédito, conforme mostra a história do país.

Mas se o eleitor(a) e político(a) fossem considerados casal em conflito? Uma terapia de reaproximação traria paz para ambos? Claro, exigiria mudanças no comportamento de cada um dos lados.  Requereria forte força de vontade, pois algumas atitudes, de acordo com estudiosos, são inerentes a certos tipos de personalidade, a exemplo da corrupção e da incompetência. No entanto, para contrariar a impressão de que o mundo é assim mesmo, abandonado à própria sorte, talvez fosse oportuno seguir os passos do aconselhamento aos casais com problemas de relacionamento.

Recomendações de praxe

A primeira iniciativa é cessar o jogo da culpa. Você é culpado e eu não. Tentar avaliar com mais atenção todos os detalhes da relação entre político e eleitor. Desvendar o que há por trás, o que dá sustentabilidade às atitudes e comportamentos reprováveis. O fato é que o eleitor mediano apenas carimba o político, repete jargões da internet e, com isto, até acaba ingenuamente compondo massa de manobra para outros interesses que não percebe. É necessário haver um aprendizado sobre esta relação conflituosa. Não esquecer que a responsabilidade, na maior parte dos assuntos, recai em cinquenta por cento sobre cada um.

Outro ponto terapêutico: a mudança, ou seja, a forma de votar precisa ser repensada. A contradição de condenar e, logo após, no período eleitoral, consolidar os mesmos nomes que reprovava, justificando pela falta de opção, contraria a lógica da transformação. Se há algum dano ou prejuízo moral, social ou para a economia do país, não há porque prolongá-lo. Mudar o voto, oxigenar as organizações políticas, higienizar as cadeiras do poder, são ações que contribuem para a cura dos males.

Como em todo o relacionamento, a maturidade na política exige distanciamento emocional. Um sistema político disfuncional exige o emprego da razão na sua análise e na busca de soluções. Os sentimentos pessoais devem ser guardados para um círculo restrito, quando não totalmente evitados. Eles contaminam a opinião pública, deixando-a nebulosa, sem foco, desvairada. Gera uma carga adicional de problemas. Torna-se material para a exploração midiática, e não mais do que isto, alimentando um círculo vicioso.

No plano da comunicação, hoje tumultuada, as lideranças legítimas e o próprio eleitor isolado têm muito a fazer. Melhorá-la, achar caminhos para que adquira eficácia,tanto entre as partes como entre o mundo dos eleitores e dos políticos. Canais de diálogo devem ser descontaminados e novas linhas de diálogo inteligente criadas. Pesquisas constatam que o eleitor sente-se aliviado quando outros falam em seu lugar. Em geral, os comunicadores da área política temperam suas mensagens com dosagens altas de emoção, desobrigando o eleitor da responsabilidade de falar por si.

Por último, como fazem os casais que buscam sanear suas relações, é imprescindível localizar pontos que mereçam ser valorizados. Há, sim, uma batalha ancestral entre o bem e o mal na política, que não findará se não houver a identificação de objetivos comuns a serem fortalecidos e alcançados. O propósito maior sempre será o de uma pacificação que garanta a realização gradativa e tranquila do sonho de um mundo melhor.

Eleitor x Político; cura pela terapia de casal