O escopo da pesquisa de comunicação realizada junto às redes sociais digitais é extrair dados abertos, provenientes dos diferentes segmentos da sociedade. Pesquisadores têm como fontes as mídias digitais, os blogues, portais de notícias e as plataformas como Twitter, Facebook e Instagram.

Esse levantamento consiste angariar totalizações de menções, impressões, impactos, comentários, curtidas, compartilhamentos, alcance, etc. para embasar análises. As análises servem para classificar os conteúdos por tópicos, por palavras-chave, por personagens físicos (exemplo: candidatos a prefeito), corporativos (exemplo: marcas comerciais ou nomes de organizações) ou por sentimentos (negativos, neutros, positivos).

Ao contrário do que se propaga, o monitoramento não substitui as pesquisas técnicas. Primordialmente, fornece noção diária dos “acontecimentos”, algo como a "espuma" dos fatos. No acúmulo semanal dá a conhecer algumas “ondas”. Eventualmente,  “tempestades”. Assim, retrata a superfície das movimentações sociais e políticas. As “correntes profundas”, aquilo que vai se consolidando ou convergindo em "tendências", só é percebível por análises e interpretações apoiadas em outras modalidades de pesquisas, as quantitativas e qualitativas.

O monitoramento digital deve ser visto como uma contribuição adicional para reforço das pesquisas convencionais, esclarecendo pontos que vão compondo sedimentações verdadeiras. A pesquisa das redes sociais, dessa forma, é um terceiro fator a colaborar para a composição de uma big view, ao interagir com as pesquisas quantitativas e a qualitativas. Melhor ainda se contar com um tracking telefônico dos momentos mais críticos, quando de uma campanha comercial, eleitoral ou frente a algum risco.

Em razão do avanço da tecnologia e informação, pode-se capturar manifestações da sociedade, em grande volume (bigdata), submetendo-as a tratamento estatístico. Mas este procedimento, útil por um lado, pode ser enganoso por outro, pois não expõe ao certo o percentual dos que deixaram de se expressar pelas redes sociais ou dos não usuários.

As redes sociais carregam um pecado original, um viés, que é o de distorcer ou ocultar pensamentos e opiniões de indivíduos com comportamento discreto. Esses somente serão conhecidos pela pesquisa que emprega métodos probabilísticos rigorosos, envolvendo amostras representativas de todos os segmentos e formas confiáveis de abordagem.

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Paradoxo das redes sociais: adesão cresce e desconfiança também


Um novo dia com os propósitos habituais. Obedecer a agenda, apesar da eterna tentação dos feriados. Puxar os clientes pela mão em direção à felicidade ou ao sucesso. Manter os colaboradores na linha, pelo exercício da liderança, ou seja, sem ranger os dentes. Tudo isso para manter-se à frente da competição corrosiva.

Deixar a concorrência para traz é um processo lento e dispendioso. É impossível conquistar um lugar proeminente a curto prazo, tornando um produto triunfante em todos os aspectos ou garantindo sucesso para um candidato desconhecido. Exceto por meio de investimentos astronômicos e de tecnologias de comunicação não consagradas, sob risco considerável de não consolidar as conquistas.

Para avançar e criar um espaço próprio há opções, cada uma com o seu ritmo. Por exemplo, ampliar o conhecimento e fortalecer a imagem são alternativas qualitativas para angariar, passo a passo, mais adiante, opções quantitativas como crescimento de vendas ou conquista de mais votos. Buscar qualidade e quantidade num mesmo período, como missão única, é agir enfrentando a ameaça de não alcançar nem um nem outro.

De fato, pouco efetiva seria a tentativa de ganhar adeptos sem que eles tivessem a visão do produto, seja uma furadeira ou um candidato a prefeito. Essa visão facilita a compreensão do que o produto pretende resolver e quais soluções traz dentro de um amplo contexto que o extrapola. 

Uma clara definição colocada para o mercado ou eleitorado obviamente nasce de uma estratégia interna sólida, conscientemente compartilhada e rigorosamente executada por todos os atores e protagonistas da organização.

Visão é o fator determinante do êxito.