O retorno ao trabalho presencial será tema recorrente de agora em diante nas redes sociais. As pesquisas de opinião revelam duas perspectivas dominantes. A primeira é a da necessidade de distanciamento das pessoas e dos ambientes potencialmente vetores do mal generalizado. A segunda, fortalecida pela inicial, é tentadora: a da busca do equilíbrio entre a vida e o trabalho. Ambas têm simpatizantes e opositores. 

Pesquisas registram um forte desejo de retorno aos cenários de produção, mas não apenas isso. As pessoas que, conforme a atividade, puderam trabalhar em casa, querem a incorporação do benefício trazido pela pandemia: manter a liberdade, ampliando a qualidade de vida.

As discussões serão focadas na aspiração de organizar seus próprios horários, conviver com a família e amigos, levar as crianças para a escola, reduzir as horas diárias de trânsito, utilizar novos recursos tecnológicos de comunicação e comparecer menos vezes em pessoa ao serviço.

Muitas empresas, cientes da necessidade de se ajustarem ao novo perfil dos colaboradores, começam a rever seus processos internos e externos. Flexibilidade é a condição para uma rápida adaptação aos novos tempos, onde o balanço entre o remoto e o presencial é crucial. Precisam de um esforço adicional para preparar seus funcionários a superarem os obstáculos trazidos pela mudança. Assim, as pesquisas de clima organizacional, conduzidas junto aos empregados, agregam novos e desafiadores objetivos.

Os debates inevitavelmente ocuparão o tempo de políticos e governantes porque o conceito envolve sujeições às leis, como os riscos de jornada de trabalho sem limites, remuneração inferior, menor estabilidade e redução de benefícios. 

Mídia mundial põe em destaque o retorno presencial. Sim ou não?



Sim, tudo pelo poder e popularidade. Existe a possibilidade de concepção, planejamento e lançamento de candidatos como se fossem produtos. O marketing eleitoral, na prática, tem por fonte o conhecimento do marketing comercial. Mesmo os políticos que se firmaram de forma espontânea e natural, acabam acatando correções de imagem pela aplicação de técnicas de branding usadas para produtos. A orientação é dada por pesquisas quantitativas e qualitativas que geram indicadores de aceitação ou rejeição de determinadas características do político ou candidato. As correções acontecem via mudanças na comunicação e no comportamento. E uma repaginada no rosto também ajuda... Esses artificialismos são aceitáveis? O eleitor vê benefícios? Fale conosco: contato360@bonilha.com.br

Nas eleições, a disputa entre concorrentes autênticos e artificiais.
Eleições: disputa entre concorrentes espontâneos e artificiais.



A disseminação dos grupos focais online é crescente não apenas em razão do impacto viral. Há vantagens, cada vez mais percebidas, em comparação com o método tradicional. A primeira é a da conveniência: as pessoas participam de discussões sobre mercado, política e qualquer outro assunto sem saírem de casa. Anteriormente, precisavam alcançar um local de reunião, especial ou improvisado em uma sala de hotel, nem sempre próximo.  Frio, chuva e horário eram dificuldades adicionais. Hoje é possível recrutar participantes provenientes de locais bem distantes, sem problema. A tecnologia os aproxima, evitando perda de tempo e atrasos. 

REPRESENTATIVIDADE
Quando seria possível realizar um grupo de discussão, por exemplo, com produtores rurais de diferentes locais?  Tornou-se fácil a reunião de moradores de meia dúzia de cidades de uma região metropolitana, para discutir sua integração. Assim como equilibrar a presença de representantes de bairros equidistantes de uma cidade. E trazer à mesa virtual membros das classes altas, com menor disponibilidade para esse tipo de pesquisa. 

AMBIENTES: FÍSICO X VIRTUAL
As salas de dinâmica grupal eram conhecidas pelos espelhos, através dos quais técnicos e contratantes da pesquisa observavam, ocultos, o andamento da reunião. Com a evolução, basta o envio de um link para liberar o acompanhamento de onde estiverem sem perda de conforto.
Ao longo de décadas de uso de espelhos, descobriu-se que eles criam um ambiente padronizado, artificial e estranho, onde os participantes são inseridos. A espontaneidade, ponto crucial da metodologia qualitativa, reduz-se e até constrangimento é gerado. Essas reações ao ambiente de laboratório deixam de acontecer quando o convidado encontra-se acomodado no seu próprio território.

CUIDADOS
A internet pode provocar desvantagem, conforme o provedor ou a região. A deficiência da internet pode interferir no andamento da sessão. O ideal é que o participante disponha de acesso com qualidade razoável e um bom notebook, embora possa usar um celular atualizado. A falta de alfabetização digital não é mais problema. A maioria da população já aprendeu a conversar por meio de recursos digitais e manipula vídeos.  Muitos conhecem a educação à distância e vários trabalham em home office. Esses já sabem que o local para reuniões deve ser silencioso, sem interferências. 

QUEM PESQUISA, SABE
O Instituto Bonilha planeja e executa pesquisas quantitativas e qualitativas com o objetivo de conhecer e  compreender cientificamente os fatos e as tendências da realidade social, política e econômica. Utiliza métodos e técnicas clássicas associadas às  contemporâneas. Pergunte: contato360@bonilha.com.br

Pesquisas qualitativas (profundidade) diferem das quantitativas (extensão), mas se complementam na descoberta de caminhos para o sucesso (insights).



Os institutos de pesquisa que dominam os métodos e técnicas de conversação remota com os eleitores são os únicos que podem conduzir estudos eleitorais rápidos, confiáveis e personalizados - base para a criação de estratégias de sucesso que garantem ao político a principal cadeira da prefeitura.

Indispensáveis para a modelagem de diferenciais para as campanhas eleitorais e para a criação de proposições a serem feitas pelos candidatos, as pesquisas eleitorais, conduzidas como nos "velhos tempos", por meio de contatos pessoais, tornaram-se um serviço raro e demorado, prejudicadas pela duração e consequências da pandemia. Com isso, até mesmo os eleitores perdem uma importante fonte de informação sobre o andamento das eleições no seu município, sobre o potencial dos candidatos a prefeito e a respeito das suas pretensões.

Pesquisa qualitativa. Grupos focais remotos. Todo mundo na telinha.Adicionar legenda



Falha na comunicação, metodologia controversa e equipes desqualificadas estão transformando pesquisas em caso de polícia.

É inquestionável a relevância das pesquisas destinadas a ajudar a definir as áreas para abertura e fechamento ou para avaliar as melhores práticas de controle da crise viral. Ainda assim, é preocupante o fato da coleta domiciliar de material biológico, para teste, ser realizada simultaneamente com a aplicação de entrevista.

Embora parte significativa da população respeite e valorize esse tipo de estudo, outra parcela revela desconfiança acentuada. Para superar o receio dos moradores mais apreensivos, as equipes de campo justificam as visitas como sendo pesquisa, argumento que ameniza a resistência em recebê-las. A dificuldade surge quando prevalece a incompreensão, transformando as tentativas de abordagem em conflito, alguns resultando em prisões.

Descrição de morador, em jornal de 17 de maio, sobre a forma de abordagem:
Um entrevistador veio aqui em casa, em Goiânia. Chegou um cara a pé com três sacolas e uma mochila cheias de coisas médicas, sem nenhum uniforme nem crachá pedindo pra fazer um teste de Covid. Eu mesmo fiquei desconfiado e mesmo assim o cara não me mostrou um crachá. Colocou o capote, luva, toda a parafernália na frente da minha casa enquanto me explicava muito mal quem o tinha mandado e como funcionava a pesquisa. Um vizinho achou estranho e ligou para a polícia. Nem a polícia sabia o que era.

Não é estranho que a pandemia, no mundo todo, atraia grande interesse dos cientistas. São centenas de instituições governamentais ou privadas indo a campo para recolher material humano para suas análises. Tal quantidade de investigações, e a forma pela qual são conduzidas, passaram a criar intranquilidade na população e, até mesmo, no próprio meio acadêmico. 

Via de regra, as pesquisas precisam ser primeiramente aprovadas por conselhos de ética. No entanto, as formas de realização, adaptadas de outras áreas, envolvendo amostras de grande amplitude, não fazem parte do arsenal de recursos metodológicos usuais no meio biomédico. Isso impede o adequado escrutínio e a compreensão dos seus riscos reais.

Solução existe, a começar pela exigência de pareceres técnicos do ponto de vista das diferentes áreas científicas envolvidas no projeto de pesquisa. Isso necessariamente deve preceder sua liberação, logo seguida de firme auditoria, durante e após a conclusão, para validação dos procedimentos de coleta e os resultados. Acima de tudo, fiscalização das autoridades da saúde. 

Acontecimentos lamentáveis, como os registrados, transformam-se em notícias perturbadoras, a denigrir a imagem da pesquisa como imprescindível recurso para conhecimento, compreensão e solução de problemas.
Parece lixo? Material perfurocortante, apreendido pela polícia, juntamente com entrevistadores. 



É costume dizer que os números não mentem. Por si só, no seu próprio contexto lógico, a afirmação é verdadeira. Já no contexto humano, é frequente a formulação de inverdades quantitativamente ilógicas e, por descaso, omissão ou imperícia, a produção de números imprecisos. 

A providência mais elementar, quando se constata situação de risco, é quantificar. Muito simples: medir a temperatura do planeta, para decidir o que fazer; medir a produção de comida, para decidir o que fazer; medir a satisfação com o governo, para decidir o que fazer; medir a quantidade de efetivos policiais, para decidir o que fazer; medir a quantidade de equipamentos médicos, para decidir o que fazer. Quanto a este último, o infortúnio aconteceu, pois o driver era a sorte que chegou ao fim sem avisar. A medição não era feita e o que deveria ser realizado também não. Agora, as contagens são de afogadilho, tão improvisadas quanto as providências. Nada matemático. 

Nós, que trabalhamos com dados primários e secundários, lamentamos, sabendo que metas podem ser alcançadas e fatos negativos podem ser evitados ou mitigados quando se conhece a realidade de forma objetiva e, não, emocional ou política ou displicentemente.  A inteligência artificial, empregada na formulação de políticas e serviços públicos, talvez venha a integrar o novo normal, mas por enquanto é vista como ficção científica.

Neste momento, a simples contagem lápis-papel-tracinhos parece ser a regra, mas revela-se inútil. Resta-nos esperar um milagre para que a curva, seja ela da altura que for, se achate.

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À espera de um milagre


Perplexidade. O mercado entrou em convulsão. Retraiu-se para alguns e abriu-se para outros. Dúvidas e esperanças se entrecruzam. Quanto isso perdurará? O que é primordial para orientar a recuperação da produção e do trabalho?

Os próximos meses serão decisivos para criar estratégias de mudanças inovadoras ou de recuperação de práticas já consagradas. Esses passos devem ser norteados tecnicamente por pesquisas. Pesquisas de mercado. Sem elas não há como prever se haverá reversão das expectativas dos clientes, consumidores, funcionários e fornecedores. Nem como conhecer as tendências com potencial de proporcionar benefícios e estabilizar a vida econômica das empresas e cidadãos.

Dúvidas? Converse conosco

Pesquisa com P de Progresso.


Jornais, na mesma edição, apresentam conteúdos contraditórios. Exemplo: pesquisa baseada em aplicação de testes orientará decisões sobre o Covid-19 versus testes do Covid-19 apresentam efetividade duvidosa. “Fazem teste, mas podem não valer? E planejar com base nessa incerteza?” - pondera o leitor.

Procurando coerência, retroage no noticiário, mas só consegue acrescentar outras doses de desinformação ao seu elevado estoque de preocupações. O que ele lê?

Sobre os testes obtém opiniões díspares expostas ao longo dos últimos meses. Eles são extremamente vitais ou totalmente dispensáveis. Posições colidentes defendidas tanto por doutores como por leigos que, vira e mexe, acabam ganhando um espacinho na mídia. “Tem palpites para todo gosto” - conclui.

Leu que depende da época da aplicação, do tipo do teste, da marca do laboratório, da procedência geográfica, da habilidade do aplicador e até da atenção ao registrar no rótulo os dados do testado. “Não é que perderam centenas de tubinhos?” - lembrando que essa ele viu na televisão.

Sobre a matéria da pesquisa, fica sabendo que cada entrevista será acompanhada por um teste feito na mesma ocasião. “O que?” - não acabou de ler que o teste não garante certeza? Está lá no jornal: a entrevista será realizada por um entrevistador que faz pesquisa eleitoral e, pasme!, o teste também. Bate o olho em outro periódico e, alivio!, o teste será aplicado por profissional da área da saúde. E a entrevista por entrevistador.  “Melhor assim, cada profissional no seu galho”.

Será mesmo?  Há tantos profissionais disponíveis? Investiga um pouco mais e, no site de uma universidade, decifra o mistério. Voluntários, com algum tipo de ligação com a saúde, mesmo que estudantes cobrem a lacuna de pessoal. “Resolvido”.

Resolvido? Vai mais fundo nas páginas e fica sabendo que serão realizadas várias ondas de milhares de entrevistas, acompanhadas de testes, no país todo. Mais de cem mil, a maior pesquisa do mundo! Sua imaginação se solta. “Nessas alturas, muito trabalho para muita gente, a ser feito sob a pressão de prazos curtos, pois o vírus não espera”.

Ao longo do dia, a dúvida continua o assombrando. “Não existe risco? Nenhum?”. Indaga-se sobre quem estaria mais exposto. O entrevistador, o enfermeiro, o voluntário, o habitante testado, seus familiares, os seguintes a serem abordados? A desconfiança cresce e a insegurança aumenta noite adentro. ”Vão chegar à minha casa? Espero que a campainha não toque”, torce o alarmado leitor.  Inquieto, vai dormir.

Agitação. O sonho chega. Vira para lá e para cá. Rodopia. E, com ele, todos os outros. Giram e giram. Enfermeiros, entrevistadores, jornalistas, policiais, voluntários, vizinhos, padres e pastores, ongueiros e bombeiros - um mutirão para dar conta da missão: entrevistar e testar dezenas, centenas e milhares. Alternam-se, coletando sangue, descartando agulhas, anotando, etiquetando, trocando tubos, armazenando, lado a lado, na embaralhação de pranchetas, tablets, celulares, máscaras, óculos e luvas, achados e perdidos, novos e usados. Ora confusos, atrapalhados, ora dançando, coreografados - revezam explicando, trazendo esperança para entrevistados de dedos furados e tranquilidade para familiares assustados. O sonho vai terminando, enquanto as trupes vão se retirando, seguindo em frente, a pé, disciplinadas equipes de profissionais, levando suas perigosas bagagens do seu nobre e arriscado trabalho, em direção a outros domicílios sorteados. Acorda alquebrado. “Acho que tive um pesadelo. Ontem fiquei impressionado. Não vou ler mais nada sobre esse bicho”.

Noticiário contraditório confunde leitores.


Crise e recuperação, perdas e lucros, inovação e obsolência, fracasso e sucesso são fatos conhecidos da realidade econômica. Momentos desfavoráveis resultam em esforços para recuperação do equilíbrio. Os de ascensão geram esperança de crescimento e sucesso.

A rotina de Sísifo, nome do meio de milhares de empresários que empurram as dificuldades morro acima, sofreu um acréscimo surpreendente. Um ser invisível apareceu do nada, veloz e furioso, a contaminar sua esperança e sua labuta de equilibrar os períodos de tempestade e de bonança.

Surpreendentemente, abre-se um amplo cenário caótico, bem ao gosto de oportunistas e predadores. Sobre milhares de tumbas pelejam os detentores de patentes ligadas à produção de vacinas e medicamentos, enquanto mercenários põem-se a disputar verbas emergenciais, liberadas sem restrições. É o começo do pior que há.

Mas as agruras e o descontrole também se tornam desafios para heróis e desbravadores. A compensar, protagonistas da área da saúde demonstram admirável empatia pelos semelhantes, ao passo que empreendedores se mobilizam para criar e produzir soluções antes tidas como impossíveis. É o começo do que há de melhor.

O quadro é substancialmente crítico, em todos os setores e cenários, pela ausência de lideranças legítimas, carência de competência técnica e científica e quase total escassez de dados e informações para subsidiar decisões. São causas do visível descontrole, dos incidentes e das disputas contínuas, tudo a conflitar com os interesses de cidadãos, grupos sociais e comunidades que procuram preservar sua existência, desorientados, ora expostos, ora em prisão domiciliar.

O que fazer? Aplainar o morro para levar o peso adiante, sem que ele despenque implacavelmente. Como fazer? Será pela vivência, experiência própria, e pela convivência, aprendizado mútuo, que a luta pela vida será vencida.

Empresário, seu nome do meio é Sísifo.



Você conhece os países também pelo comportamento de leitura, certo? Em alguns, os livros de AUTOAJUDA e FICÇÃO são os mais vendidos. Muita gente precisando de ânimo e esperança para descobrir o que fazer da vida. 

Em outros, os livros apenas de AJUDA, técnicos e de não ficção, são líderes de venda. Muita gente trabalhando e produzindo. 

Levantamento da Publishnews mostra os mais-mais vendidos no Brasil.


Com eleição confirmada ou adiada, pesquisas serão inevitáveis. Basta a curva do vírus baixar para o sobe-desce das curvas dos candidatos se iniciar. 
Como são feitas as pesquisas eleitorais? Você nunca foi entrevistado? Elas são confiáveis? Este podcast fornece uma explicação básica bem compreensível.
Ouça e descubra como nós, os institutos, realizamos as pesquisas quantitativas que orientam as escolhas dos eleitores. PODCAST

Pesquisas eleitorais. Agora, pra valer. 



Como todos percebem, as eleições provocam sentimentos negativos: antipatia por candidatos, descrença em propostas, frustração com as instituições democráticas, pessimismo sobre mudanças. Eleição após eleição as pesquisas evidenciam a crença de que os candidatos não são “grandes coisas” e sempre dão um “jeitinho para se reelegerem”. Quanto aos novos, esses adquirem velhos comportamentos, sendo apenas “mais dos mesmos”. Quando a pesquisa indaga a razão da escolha, a resposta corriqueira é: “voto no menos pior”.

TRANSIÇÃO
Como encontrar algo de bom nessa malquerença do eleitor? As eleições têm um lado positivo? Há razões para esperança. Uma tendência se forma e traz ânimo. A superpopulação planetária e seus super problemas estão a exigir medidas abrangentes e independentes da vontade de políticos autóctones. Eles contribuem pouco, ora agindo inspiracionalmente, ora colocando-se a serviço de interesses estranhos. Todavia, soluções estão brotando de laboratórios, centros de pesquisa, universidades e de instituições globalizadas. Elas concebem formas inovadoras de combate aos males, a partir de questões comuns aos países, compartilhando com eles recursos e experiências exitosas.

POLÍTICOS
O panorama é desafiador. Ele requer dos políticos da década número dois, competências e atitudes, corajosas e compatíveis com uma interação diferenciada com a sociedade e o planeta. Como essa esperança pode se concretizar? A resposta está contida na palavra da moda: mindset. O primeiro passo de um político producente seria submeter o próprio cérebro a um setup consciente, que o habilite a atuar em consonância com os imperativos da realidade. Treinar e domesticar a mente para substituir perspectivas, desaprender reminiscências, convergir propósitos pessoais com os coletivos, refrescar a network trazendo companhias afinadas com o novo posicionamento, ampliar a sinergia com o eleitorado, colocar o cidadão no centro de tudo, construir alianças voltadas à ação, aprofundar a compreensão dos fatos da política e da sociedade - tendo frequentemente em mãos pesquisas de opinião, estudos sociais e informações tecnológicas. Esse personagem, sem necessariamente ser super-herói, poderia ser chamado de Político 2.0.

CAMPANHAS
O segundo passo acontece no âmago da campanha eleitoral. A receita da transformação está condensada na palavra: reshape. Essa remodelagem prevê o abandono da ideia da “campanha safári”, envolvendo caçadores de votos, ou da “campanha rodeio”, destinada a laçar eleitores pela retórica vazia. Ao invés, concebê-la como um projeto colaborativo, de amplo interesse social, pois dele depende a reversão para um presente melhor e o avanço para um futuro promissor. Não é recomendável o transplante de experiências anteriores, de outras campanhas, mesmo vitoriosas. Seus integrantes devem resistir à tentação do “funcionou antes” e do “seria legal fazer”. O planejamento de ações e de plataformas de propostas requer orientação por valores bem articulados. A execução obedeceria a diretrizes tecnicamente embasadas, norteada por princípios científicos. É no ambiente da campanha que o Político 2.0 consolida seu mindset. Viabiliza-se ao experimentar um ambiente de reflexão técnica sobre a atualidade, de discussão dos atributos necessários para o exercício do cargo e de exercícios para um diálogo efetivo com a comunidade.

REMODELAGEM
A repaginação mental dos políticos e a renovação do design das suas campanhas são condicionantes para uma nova fase de confiança e otimismo. Por isso, “campanhas relâmpago” desservem o sistema político. Ao contrário, precisam de mais tempo, o suficiente para incutir-lhes preparo moral, intelectual e profissional. É na convivência duradoura com times competentes que o Político 2.0 aprenderá a substituir as respostas antiquadas para antigas dificuldades por melhores práticas. E a identificar os problemas vindouros, precavendo-se contra os impasses imprevisíveis ou contingenciais. 

A história, mais uma vez, baixou sua cancela, impondo limite ao avanço das desídias, egoísmos e despreparos. Mas oferece passe livre para aqueles que, legitimados pelo voto, usam da prerrogativa do cargo para serem protagonistas de grandes missões guiadas por visões de vanguarda. Abre oportunidade para os Políticos 2.0. Que venham!

Eleições 2020 aguardam Políticos 2.0