O retorno ao trabalho presencial será tema recorrente de agora em diante nas redes sociais. As pesquisas de opinião revelam duas perspectivas dominantes. A primeira é a da necessidade de distanciamento das pessoas e dos ambientes potencialmente vetores do mal generalizado. A segunda, fortalecida pela inicial, é tentadora: a da busca do equilíbrio entre a vida e o trabalho. Ambas têm simpatizantes e opositores. 

Pesquisas registram um forte desejo de retorno aos cenários de produção, mas não apenas isso. As pessoas que, conforme a atividade, puderam trabalhar em casa, querem a incorporação do benefício trazido pela pandemia: manter a liberdade, ampliando a qualidade de vida.

As discussões serão focadas na aspiração de organizar seus próprios horários, conviver com a família e amigos, levar as crianças para a escola, reduzir as horas diárias de trânsito, utilizar novos recursos tecnológicos de comunicação e comparecer menos vezes em pessoa ao serviço.

Muitas empresas, cientes da necessidade de se ajustarem ao novo perfil dos colaboradores, começam a rever seus processos internos e externos. Flexibilidade é a condição para uma rápida adaptação aos novos tempos, onde o balanço entre o remoto e o presencial é crucial. Precisam de um esforço adicional para preparar seus funcionários a superarem os obstáculos trazidos pela mudança. Assim, as pesquisas de clima organizacional, conduzidas junto aos empregados, agregam novos e desafiadores objetivos.

Os debates inevitavelmente ocuparão o tempo de políticos e governantes porque o conceito envolve sujeições às leis, como os riscos de jornada de trabalho sem limites, remuneração inferior, menor estabilidade e redução de benefícios. 

Mídia mundial põe em destaque o retorno presencial. Sim ou não?