Exceto uns míseros percentuais positivos eventuais, a tensa realidade da indústria marca negativamente a performance da economia como um todo. Sua reduzida competitividade é consequência de fatores bem conhecidos. Três deles somam peso suficiente para puxar para baixo os resultados de empresas industriais independentemente do porte, da época da fundação e do ramo de atividade. São eles: a formação dos atuais gestores, seu tempo de empresa e sua faixa etária. Este comentário restringe-se ao Sul brasileiro.

Avaliações que fizemos em 2011 revelaram que três quartos dos cargos dos setores administrativos e de recursos humanos, na indústria, são ocupados por egressos de cursos superiores que ainda não completaram 40 anos e que possuem menos de cinco anos de experiência nas empresas onde trabalham. Profissionais com capacitação genérica e precária, egressos de universidades ou faculdades que ocupam posições baixíssimas nos rankings nacionais e mundiais, são os executivos que comandam ou dividem responsabilidades pelos destinos da indústria sulista.

A vivência cotidiana dos processos industriais não compensa as deficiências do aprendizado formal. A razão para isso é simples: os ambientes de trabalho se caracterizam, comumente, pelo nível reduzido de incorporação tecnológica, baixa produção, gestão ineficiente, pouca preocupação com a qualidade e, menos ainda, com a inovação.

No contexto internacional, ao contrário, a indústria vem se tornando cada vez mais apta a enfrentar disputas acirradas de mercado, com quadros qualificados para acompanhar a crescente complexidade da atividade e inserir-se na tendência globalizante.

Quanto ao fator cronológico, recém-saídos da juventude e acumulando curto período de empresa, não se pode dizer que os atuais gestores componham quadros experientes e competitivos.

Os números comprovam a existência de uma combinação imperfeita: baixa qualificação e pouca experiência que não são compensadas pelos ambientes de trabalho industrial. Neles predominam índices modestos de exigência e práticas produtivas convencionais.

Algum plano para amparar a indústria do Sul?



O início do cumprimento das sentenças dos condenados do Mensalão provocou um aumento, nas últimas semanas, da quantidade de eleitores interessados no caso. Atualmente, 87% acompanham o desenrolar da situação, segundo pesquisa do Instituto Bonilha/Brasil. 
Conheça os resultados e comente: http://tinyurl.com/mtrkfle
Em setembro, a decisão do STF de aceitar os embargos ficou conhecida por um terço dos entrevistados. Mas as recentes determinações relativas às prisões dos condenados tornou-se conhecida por quase todos os eleitores, segundo a pesquisa de novembro (92%).
Em setembro, 84% dos entrevistados aguardavam uma decisão do STF que mantivesse as condenações, rejeitando a admissão de novos recursos. Em razão disso, 72% dos entrevistados discordavam totalmente da decisão que contrariava suas expectativas. O novo quadro detectado pela pesquisa revela um resultado significativamente inverso: aprovação das prisões por 76% dos respondentes.
Em setembro, 55% dos entrevistados declaravam que o povo brasileiro sentia-se revoltado com a decisão do STF de aceitar novos recursos. Outros 33% afirmavam que o sentimento dos brasileiros era de frustração. A maioria dos entrevistados, agora, considera que os eleitores estão satisfeitos com o novo rumo do caso (60%).
Em setembro era muito forte a impressão de que a decisão do STF de aceitar os embargos seguia um viés político, visão atenuada após 15 de novembro com as novas medidas. A imagem do STF acentuadamente negativa em setembro, assim, inverteu-se radicalmente, recuperando-se em poucas semanas, até o final de novembro.
Ainda há pessimismo quanto ao término do Caso Mensalão no que tange às penas. O ceticismo dos eleitores persiste elevado ainda em novembro: 43% acreditam que elas não serão cumpridas e 34% observam que serão reduzidas.
De acordo com os eleitores ouvidos pelo Instituto Bonilha, as eleições poderão serão impactadas pelo episódio. 
Veja detalhes na versão integral da pesquisa apresentada em PDF: http://tinyurl.com/mtrkfle