Todos reconhecem a importância de ouvir a opinião da população ou de grupos específicos como clientes,funcionários ou eleitores. A internet serve para isto? Nesse super canal de comunicação, de forma confusa ou ordenada, todos podem se manifestar. Enunciam seus estereótipos absurdos ou suas idiossincrasias sensatas, na linguagem coloquial ou científica, em português ou javanês. Há incontáveis convergências e divergências que chegam rolando como pérolas ou devastando como tsunamis. Difícil é analisar, concatenar, sintetizar, extrair dessa miríade o o que é fundamental para orientar um plano, uma ação ou uma simples providência.

Quem precisa tomar decisões impressiona-se com a ressonância da  voz do povo vinda das redes sociais. Acha relevante deslindar os meandros das razões e sentimentos que se entremeiam no mundo virtual, Contudo, sente-se incapaz de deduzir tendências, descobrir oportunidades ou extrair conclusões do interior dessa realidade virtual caótica.

Enquanto as participações se multiplicam na velocidade da luz, as formas consolidadas de ouvir as pessoas ainda são as mais confiáveis, em que pesem as técnicas, ainda experimentais  que começam a surgir para decifrar e categorizar as mensagens da nova Torre Eletrônica de Babel.

Não vim para explicar, vim para confundir. Chacrinha diria o mesmo sobre a Internet?