Crise e recuperação, perdas e lucros, inovação e obsolência, fracasso e sucesso são fatos conhecidos da realidade econômica. Momentos desfavoráveis resultam em esforços para recuperação do equilíbrio. Os de ascensão geram esperança de crescimento e sucesso.

A rotina de Sísifo, nome do meio de milhares de empresários que empurram as dificuldades morro acima, sofreu um acréscimo surpreendente. Um ser invisível apareceu do nada, veloz e furioso, a contaminar sua esperança e sua labuta de equilibrar os períodos de tempestade e de bonança.

Surpreendentemente, abre-se um amplo cenário caótico, bem ao gosto de oportunistas e predadores. Sobre milhares de tumbas pelejam os detentores de patentes ligadas à produção de vacinas e medicamentos, enquanto mercenários põem-se a disputar verbas emergenciais, liberadas sem restrições. É o começo do pior que há.

Mas as agruras e o descontrole também se tornam desafios para heróis e desbravadores. A compensar, protagonistas da área da saúde demonstram admirável empatia pelos semelhantes, ao passo que empreendedores se mobilizam para criar e produzir soluções antes tidas como impossíveis. É o começo do que há de melhor.

O quadro é substancialmente crítico, em todos os setores e cenários, pela ausência de lideranças legítimas, carência de competência técnica e científica e quase total escassez de dados e informações para subsidiar decisões. São causas do visível descontrole, dos incidentes e das disputas contínuas, tudo a conflitar com os interesses de cidadãos, grupos sociais e comunidades que procuram preservar sua existência, desorientados, ora expostos, ora em prisão domiciliar.

O que fazer? Aplainar o morro para levar o peso adiante, sem que ele despenque implacavelmente. Como fazer? Será pela vivência, experiência própria, e pela convivência, aprendizado mútuo, que a luta pela vida será vencida.

Empresário, seu nome do meio é Sísifo.