A disseminação dos grupos focais online é crescente não apenas em razão do impacto viral. Há vantagens, cada vez mais percebidas, em comparação com o método tradicional. A primeira é a da conveniência: as pessoas participam de discussões sobre mercado, política e qualquer outro assunto sem saírem de casa. Anteriormente, precisavam alcançar um local de reunião, especial ou improvisado em uma sala de hotel, nem sempre próximo.  Frio, chuva e horário eram dificuldades adicionais. Hoje é possível recrutar participantes provenientes de locais bem distantes, sem problema. A tecnologia os aproxima, evitando perda de tempo e atrasos. 

REPRESENTATIVIDADE
Quando seria possível realizar um grupo de discussão, por exemplo, com produtores rurais de diferentes locais?  Tornou-se fácil a reunião de moradores de meia dúzia de cidades de uma região metropolitana, para discutir sua integração. Assim como equilibrar a presença de representantes de bairros equidistantes de uma cidade. E trazer à mesa virtual membros das classes altas, com menor disponibilidade para esse tipo de pesquisa. 

AMBIENTES: FÍSICO X VIRTUAL
As salas de dinâmica grupal eram conhecidas pelos espelhos, através dos quais técnicos e contratantes da pesquisa observavam, ocultos, o andamento da reunião. Com a evolução, basta o envio de um link para liberar o acompanhamento de onde estiverem sem perda de conforto.
Ao longo de décadas de uso de espelhos, descobriu-se que eles criam um ambiente padronizado, artificial e estranho, onde os participantes são inseridos. A espontaneidade, ponto crucial da metodologia qualitativa, reduz-se e até constrangimento é gerado. Essas reações ao ambiente de laboratório deixam de acontecer quando o convidado encontra-se acomodado no seu próprio território.

CUIDADOS
A internet pode provocar desvantagem, conforme o provedor ou a região. A deficiência da internet pode interferir no andamento da sessão. O ideal é que o participante disponha de acesso com qualidade razoável e um bom notebook, embora possa usar um celular atualizado. A falta de alfabetização digital não é mais problema. A maioria da população já aprendeu a conversar por meio de recursos digitais e manipula vídeos.  Muitos conhecem a educação à distância e vários trabalham em home office. Esses já sabem que o local para reuniões deve ser silencioso, sem interferências. 

QUEM PESQUISA, SABE
O Instituto Bonilha planeja e executa pesquisas quantitativas e qualitativas com o objetivo de conhecer e  compreender cientificamente os fatos e as tendências da realidade social, política e econômica. Utiliza métodos e técnicas clássicas associadas às  contemporâneas. Pergunte: contato360@bonilha.com.br

Pesquisas qualitativas (profundidade) diferem das quantitativas (extensão), mas se complementam na descoberta de caminhos para o sucesso (insights).