Um instituto de pesquisa deve atuar como um banco. Se
sair por aí, revelando o saldo de cada correntista a toda hora, perde a
credibilidade. A política está em descrédito e infelizmente, por extensão, as
pesquisas eleitorais correm o mesmo risco. Podem sofrer desgastes desastrosos
até 2014, perdendo a oportunidade de ajudar os eleitores a fazer suas escolhas.
De agora em diante, é fácil imaginar, as boas pesquisas serão
raras. Em tempos difíceis e de transição, as técnicas que asseguram previsões
melhores são guardadas a sete chaves. A mudança na política forçou modificações
na forma de aplicar entrevistas, fazer análises e traçar prognósticos.
Os eleitores não podem ser privados do acesso aos
resultados das pesquisas e, ideal seria, se pudessem confiar mais nos
institutos. Por sua vez, estes têm o dever de captar as reais tendências do
quadro eleitoral responsavelmente, ou seja, por meio de procedimentos
atualizados e inovadores.
O impasse que afetará a divulgação, o consumo dos
resultados e a própria imagem da pesquisa eleitoral é o fato dos eleitores estarem
“viciados” na “corrida de cavalos”, mas duvidando sobre a posição verdadeira de
cada um dos candidatos. E os institutos, pelo jeito, continuarão a produzir
material para as apostas dos eleitores nesta forma de jogo.
Boas pesquisas eleitorais serão raras. |