A pergunta do século passado tenta ainda sobreviver: “se as
eleições fossem hoje e se estes fossem os candidatos, em quem você votaria?”. A resposta do eleitor, desconfiado do como nunca, é: “ responderei sua
pergunta, porém...”.
Eleitores brasileiros buscaram as vias públicas e as vias
digitais para uma exigir grande mudança. Querem tudo diferente, não concordam
mais com as práticas em uso para fazer política, administrar o país,
representar e tratar o cidadão.
A multidão parece ter-se calado, para o alívio de muitos. Afastou-se
fisicamente das avenidas, mas não voltou atrás em seus anseios de ver
por terra os cenários anacrônicos, afastar do palco para os mesmos políticos e calar as mesmas
vozes anunciadoras de antiquadas propostas nunca cumpridas. A mensagem que disse “basta”
foi claramente passada.
Essa cortina que se fechou é transparente. Atrás dela os
vultos dos cidadãos que sabem da sua força estão à espreita, observam e avaliam
as paisagens que se desenham a sua frente e estão prontos para dar o próximo
passo.
Dentro do novo panorama, como as pesquisas irão esclarecer
o que será de 2014? A sistemática de avaliação atualmente utilizada também foi
soterrada aos pés das passeatas. O alerta está no ar: para novos tempos, novas técnicas. Chegou finalmente a hora dos indicadores de
preferência, do big data, do neuromarketing, dos caçadores de tendências, do design thinking e de
outros recursos para desvendar a mente dos eleitores. Previsão, agora, só com
inovação.