O maior problema da pesquisa sobre as mulheres, lançada pelo IPEA, não foi a troca de gráficos. Foi o viés metodológico. A amostra não representa adequadamente a população brasileira. Os homens estão sub-amostrados (apenas um terço dos entrevistados) e as mulher sobre-amostradas (dois terços). Há excesso de representantes da terceira. idade e de evangélicos. Poucos com curso superior. A distribuição geográfica dos amostrados também não é a ideal.

Some-se outros pontos obscuros, inclusive a presença de questões da pesquisa My Word, das Nações Unidas, cujos resultados permanecem ocultos. A própria redação das questões, relativas às mulheres e a preconceitos, por vezes, chega a ser grotesca. O fato é que, desde o início da divulgação, estranhamos os números obtidos em comparação com os de outra pesquisa, realizada em Curitiba, cidade ainda um tanto quanto conservadora - veja em http://tinyurl.com/kdnhhnb