Que as redes sociais estão criando espaço para o surgimento de ondas comportamentais é fato verificado e consumado. O problema é quando elas servem para imantar a escumalha, a gentalha, a ralé, que se une e usa dessas ferramentas para a difamação inconsequente, para acusações torpes e sem fundamentos, para o xingamento vil e irresponsável.

Mas o que pasma e escancara é a total ausência de valores de parte desse público que, educados formalmente, sob a égide de títulos e graduações, egressos de instituições reconhecidas, se expressa como horda. A educação não se traduz só de conceitos formais, mas de valores morais que passam longe desses internautas; escondidos sob uma carapaça de civilidade, diploma emoldurado na parede, currículos bem diagramados, querem ver-se atuando em empresas ou organizações respeitáveis.

No mundo do trabalho, as corporações encontram-se cada vez mais atentas, investigativas e seletivas, na contratação, quanto ao passado e o presente dos seus futuros talentos. E o braço da lei, aos poucos, ganha forma digital, ingressando, se necessário, em verdadeiras caçadas virtuais a esses roles predatórios.

O problema não é ela: é o veneno.