1. A sociedade civil deseja ser ouvida e exige mais diálogo com os representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário, por meio de canais tradicionais, de manifestações nas ruas ou praticando “ativismo de poltrona” na internet.
2. Setores da sociedade passaram a exercer um controle maior sobre o comportamento dos políticos e, em especial, dos candidatos em campanha eleitoral.
3. A mídia põe em relevo os direitos e os interesses dos eleitores, colocando em segundo plano os assuntos pautados pelos candidatos, tornando-se instrumento de promoção da cidadania.
4. As empresas privadas investem em políticas de relacionamento - tais como os serviços de atendimento ao consumidor (SAC), ouvidoria e marketing de relacionamento com o cliente (CRM) – servindo de referência aos 3 poderes.
5. Novas tecnologias tornam a informação instantânea - possibilitando imediata obtenção, tratamento, análise, interpretação, busca de resposta e encaminhamento de solução – e estão disponíveis para aperfeiçoar as relações entre governantes e governados.



A pesquisa é um canal de ligação da população com o  governo, com as empresas e com os meios de comunicação.
A pesquisa revela o que as pessoas pensam sobre produtos, serviços, política e até sobre a internet e programas de rádio ou televisão.
A pesquisa ajuda a saber mais e a conhecer melhor. E o político, o empresário ou comunicador bem informado pode decidir e agir corretamente. 
E respeitando a vontade da maioria
Acompanhe pelos meios de comunicação os resultados das pesquisas. Você ficará sabendo o que os cidadãos pensam sobre os assuntos mais importantes da cidade, do estado e do país.
Pesquisa de opinião e mercado: informações para uma vida melhor.
Sua opinião tem peso. Pesquisa? Responda.


Prêmio Nobel de Medicina de 2013, o bioquímico Randy Schekman, faz uma advertência que pode ser estendida para os meios de comunicação de massa. Afirma que as revistas científicas “de luxo” - como a Nature, Science e equivalentes - publicam tanto resultados de pesquisas de extrema importância como das que apenas geram repercussão, ou seja, as de impacto mediático. Sabendo o que os leitores apreciam os editores tendem a atendê-los nos interesses que estão na moda. A divulgação científica, assim, não foge das regras do mercado, situação ruim para a ciência que tende a supervalorizar indistintamente os trabalhos publicados nessas revistas altamente conceituadas. No mesmo caminho, a mídia de massa está utilizando as constatações das pesquisas como forma de ganhar atenção e ampliar a audiência, acenando com grandes números, polêmicas e revelações provocativas. Provas disso serão acumuladas neste ano eleitoral. 



Como é formada a opinião pública e seus impactos nas prioridades da nação. Esse foi o principal foco da palestra do sociólogo Rogério Bonilha, diretor geral do Instituto Bonilha de Pesquisa de Opinião e Mercado, ministrada na Universidade da Indústria (Unindus), e que teve como tema "A opinião pública e as prioridades nacionais, regionais e comunitárias". Bonilha falou a empresários em mais uma etapa do Programa Líderes Empresariais na Política, realizado pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e Unindus. 

De acordo com o sociólogo, a opinião pública é formada por imagens e sentimentos que são valorizados gradual e coletivamente. É um pensamento compartilhado que se desenvolve pela interação de dois sistemas: o pedagógico e o da comunicação. "Para influenciar a opinião coletiva e, daí, buscar atendimento às prioridades de uma nação, como saúde, educação, segurança, é preciso agir através do sistema pedagógico, não no sentido da educação formal, mas sim na criação, assimilação e disseminação de ideias", afirma. Já o sistema de comunicação, segundo ele, é complementar ao pedagógico e composto pelos meios por onde a informação é transmitida. Seja boca a boca, seja pelas vias informacionais, de radiodifusão, televisivas ou virtuais. É um dos grandes responsáveis pela construção da opinião pública. 


Bonilha defende que a difusão de pontos de vista deve ser feita paulatinamente, de modo a explorar de forma cognitiva a receptividade dos indivíduos. Ele compara a opinião pública com as religiões que são formadas por proposições compartilhadas por unanimidade  em determinados grupos sociais. Na composição desse pensamento coletivo, diz o sociólogo, as ideias passaram por um ritual de aprendizagem e de difusão conceitual. "Se nós queremos espalhar pela sociedade pensamentos ou ideologias, é preciso trilhar por esse processo de ensino e aprendizagem que, muitas vezes, é moroso", afirma Bonilha. Para ele, é preciso ter uma visão holística da sociedade e trabalhar os grupos de acordo com os subsistemas sociais existentes. "Se existe uma intenção de transmitir e de condicionar pensamentos, formar crenças para que com base nelas as pessoas ajam conforme um plano é preciso criar uma consciência favorável nesse grupo, um consenso em determinados assuntos para que se tenha um comportamento, uma prática, uma ação na sequencia", diz. 

Bonilha afirma que a opinião pública espontânea é a mais comum, porém mais volúvel. É sustentada por indivíduos que, mesmo tendo opiniões divergentes, agem de acordo com a inclinação dominante. Um exemplo citado pelo palestrante é a pesquisa eleitoral. "Quando se pergunta a um cidadão - quem tem a maior chance de ganhar a eleição - ele aponta um candidato que não é, necessariamente, aquele em quem ele votará. Por que ele responde isso? Porque aprendeu informalmente, com a opinião pública, que determinado candidato desfruta de maior probabilidade de vencer", explica. 

Na palestra o sociólogo menciona que a história registra inúmeras tentativas de se fazer a modificação dos comportamentos através da influência que a mídia exerce sobre os indivíduos. No entanto, os resultados podem não ocorrer da forma esperada. "Os grupos dominantes acham que simplesmente através da veiculação de matérias ou da propaganda é possível mudar a opinião pública. Isso é um engano", diz. As técnicas de comunicação e marketing são imprescindíveis para isso, mas o contexto, as tendências e os personagens não devem ser desconsiderados. Essas iniciativas apresentam resultados melhores quando há suporte e embasamento em pesquisas. 

Ele considera a pesquisa um caminho para estudo das opiniões, sem o que se torna impossível influenciar positivamente os comportamentos da sociedade."Para impactar a sociedade precisamos saber qual é o perfil dos públicos mais sensíveis a serem sensibilizados. É preciso investigar as opiniões compartilhadas, as crenças, os debates em curso, as dimensões e alcance cultural desses públicos", diz. Somente por meio do direcionamento das ideias embasadas nos imperativos sociais seria possível sair do quadro atual por que passa a sociedade em que as prioridades se confundem. O sociólogo complementa: "quando a opinião coletiva é conquistada, é factível que uma comunidade ou uma nação em que imperam ações desnecessárias em detrimento das prioritárias, reverta o quadro e assuma uma democracia real e não somente a democracia do voto".




Exceto uns míseros percentuais positivos eventuais, a tensa realidade da indústria marca negativamente a performance da economia como um todo. Sua reduzida competitividade é consequência de fatores bem conhecidos. Três deles somam peso suficiente para puxar para baixo os resultados de empresas industriais independentemente do porte, da época da fundação e do ramo de atividade. São eles: a formação dos atuais gestores, seu tempo de empresa e sua faixa etária. Este comentário restringe-se ao Sul brasileiro.

Avaliações que fizemos em 2011 revelaram que três quartos dos cargos dos setores administrativos e de recursos humanos, na indústria, são ocupados por egressos de cursos superiores que ainda não completaram 40 anos e que possuem menos de cinco anos de experiência nas empresas onde trabalham. Profissionais com capacitação genérica e precária, egressos de universidades ou faculdades que ocupam posições baixíssimas nos rankings nacionais e mundiais, são os executivos que comandam ou dividem responsabilidades pelos destinos da indústria sulista.

A vivência cotidiana dos processos industriais não compensa as deficiências do aprendizado formal. A razão para isso é simples: os ambientes de trabalho se caracterizam, comumente, pelo nível reduzido de incorporação tecnológica, baixa produção, gestão ineficiente, pouca preocupação com a qualidade e, menos ainda, com a inovação.

No contexto internacional, ao contrário, a indústria vem se tornando cada vez mais apta a enfrentar disputas acirradas de mercado, com quadros qualificados para acompanhar a crescente complexidade da atividade e inserir-se na tendência globalizante.

Quanto ao fator cronológico, recém-saídos da juventude e acumulando curto período de empresa, não se pode dizer que os atuais gestores componham quadros experientes e competitivos.

Os números comprovam a existência de uma combinação imperfeita: baixa qualificação e pouca experiência que não são compensadas pelos ambientes de trabalho industrial. Neles predominam índices modestos de exigência e práticas produtivas convencionais.

Algum plano para amparar a indústria do Sul?



O início do cumprimento das sentenças dos condenados do Mensalão provocou um aumento, nas últimas semanas, da quantidade de eleitores interessados no caso. Atualmente, 87% acompanham o desenrolar da situação, segundo pesquisa do Instituto Bonilha/Brasil. 
Conheça os resultados e comente: http://tinyurl.com/mtrkfle
Em setembro, a decisão do STF de aceitar os embargos ficou conhecida por um terço dos entrevistados. Mas as recentes determinações relativas às prisões dos condenados tornou-se conhecida por quase todos os eleitores, segundo a pesquisa de novembro (92%).
Em setembro, 84% dos entrevistados aguardavam uma decisão do STF que mantivesse as condenações, rejeitando a admissão de novos recursos. Em razão disso, 72% dos entrevistados discordavam totalmente da decisão que contrariava suas expectativas. O novo quadro detectado pela pesquisa revela um resultado significativamente inverso: aprovação das prisões por 76% dos respondentes.
Em setembro, 55% dos entrevistados declaravam que o povo brasileiro sentia-se revoltado com a decisão do STF de aceitar novos recursos. Outros 33% afirmavam que o sentimento dos brasileiros era de frustração. A maioria dos entrevistados, agora, considera que os eleitores estão satisfeitos com o novo rumo do caso (60%).
Em setembro era muito forte a impressão de que a decisão do STF de aceitar os embargos seguia um viés político, visão atenuada após 15 de novembro com as novas medidas. A imagem do STF acentuadamente negativa em setembro, assim, inverteu-se radicalmente, recuperando-se em poucas semanas, até o final de novembro.
Ainda há pessimismo quanto ao término do Caso Mensalão no que tange às penas. O ceticismo dos eleitores persiste elevado ainda em novembro: 43% acreditam que elas não serão cumpridas e 34% observam que serão reduzidas.
De acordo com os eleitores ouvidos pelo Instituto Bonilha, as eleições poderão serão impactadas pelo episódio. 
Veja detalhes na versão integral da pesquisa apresentada em PDF: http://tinyurl.com/mtrkfle